-Quarto 270

Relembrando a primeira mensagem :

-Este quarto está registrado no nome de Mayuzumi Kaori.

* Continuava a beija-lo romanticamente, sentindo aquela mão tremula na nuca. Ele é um cara fofo. Não era um cara de atitude, badass e tudo mais, mas o jeito tímido e todo nervoso dele a deixava tão feliz... De um certo modo era até engraçado. É, namorar com ele não seria um problema. Mas uma vida? Será? Olhava para os olhos dele, sorrindo largamente do seu jeito meigo de sempre. Ouvir aquilo deixava a jovem tão feliz, pensar no fato de ter alguém que realmente gosta de si como é a deixa voando por dentro. *
- Keisuke-kun... Temos que ir para a aula.
* É, não queria isso. Mas é o que deveria ser feito. Logo, desferiu um pequeno selinho nos lábios dele e voltou a sorrir meigamente para o mesmo. *
- Gosto muito de você, Kei-kun.

- E-Eu também gosto muito de você, Kaori-chan... e sim, devemos mesmo ir para a aula...

* Corou bastante diante das palavras dela, é, aquilo realmente mexeu com ela. Se levantou devagar e arrumo suas roubas, mais uma vez, tentava recuperar a postura. Já de pé, ele ajudou a garota a levantar, e logo os dois estavam de pé. Deu um sorriso besta à ela, e colocando a mão na cabeça, este ria. *

- Ahn, você tem aula do que agora?

* Ele com a mão na própria cabeça e rindo daquele jeito deixava a garota extremamente boba. Ele era um garoto tão gentil, tão meio e fofo que quase vomitara arco-íris. Levantava-se e arrumava um teco suas roupas e um teco seu cabelo, já que não ligava para isso. Pegava uma banana numa das sacolas de seu quarto e logo começava a comer, levando três bombons dentro da mochila que usa usar para levar os materiais. Claro, colocava tal mochila preta e vermelha nas costas. *
- E-eu acho que é de Artes... E eu odeio Artes... Não vou fazer nada. hehe. Vamos?

- Bem, não tenho ideia do que eu tenho de aula agora. Bem, ao primeiro A eu vou! Então... vamos, né.

* Pegava também sua mochila que tinha deixado no quarto de Kaori desde ontem mais cedo, quando ele foi até lá e tal. Pegou-a e colocou nas costas, de modo simples. Logo abria a porta para Kaori, mas antes dela sair, ele a puxou pelo braço e deu-lhe um selinho, logo após ficando um teco corado. *

- S-Só pra você não esquecer de mim durante o dia...

* Andava em direção a porta e achava super cavalheiro da parte dele abrir a porta para ela, dando uma pequena risadinha por isso. Oh... Realmente não esperava aquele selinho, mas o retribuía o selinho, voltando a sorrir para ele. *
-Nem se eu quisesse eu conseguiria tirar você da minha cabeça, seu bobo. Mas, ei, vamos nos encontrar depois da aula? *Dizia enquanto saia do quarto. *

* Kain abre a porta com cuidado, não sabia se havia alguém dentro do quarto e tal, assim que viu que não havia ninguém, resolveu entrar. Tendo o Best Nose IRS, soube assim que entrou que o moleque que apanhou passou a noite ali, mas fazer o quê? Kain não iria culpar ninguém por isso, não agora com a cabeça fria pelo menos. Enfim, andou até a cama e lá deixou a caixinha de bombons em forma de coração que acabara de comprar, com um pequeno bilhete em cima escrito "Hope you like it". Então saiu dali. *

* Passou feito um raio nos corredores e foda-se. Chegou no quarto, trancou a porta e jogou a bolsa na cama, tratando logo de pegar seus bombons e comendo vários deles. Realmente, queria muito ver Keisuke. Sabia que tinha furado o almoço com ele, mas já o conhecia o suficiente para saber que ele nem ligaria para isso. Agora, deitada na cama, a ruiva virou-se para o lado da mesinha enquanto deliciava-se com os bombons, até que percebeu que tinha algo diferente naquele objeto. Levantou-se e deixou seus bombons de lado, na cama, e foi até a mesinha, pegando aquela outra caixa de bombons, com aquele bilhetinhos. Abria um largo sorriso, dando uma pequena risadinha, e logo tratava de abraçar fortemente aquela caixa de bombons. *
[Ele lembrou que amo chocolates... eu te amo tanto, Nii-sama...]
* Tá bom. A ruiva colocou os chocolates na mesinha, guardou o bilhete num pequeno fichário onde guardava coisas importantes para si, e foi para o banheiro, fazendo o que não fazia a muito tempo: Se arrumando. Arrumou todo o uniforme, o cabelo, e até passou um pouco de maquiagem, e assim, saiu do seu quarto, a procura de qualquer pessoa. *

* Oi, eu sou a Leticia e não lembra aonde foi parar com a Kaori, e então eu vou fingir que ela esteve aqui o tempo todo. Dormindo como um anjo por um dia inteirinho, Kaori finalmente acorda, se espreguiçando toda. Estica seus braços e pernas, enquanto soltava um gemido de "relaxamento" bem alto. Se levantava e ia diretamente ao banheiro, tomando um belo de um banho, escovando seus dentes e arrumando seus cabelos. Tá, era Kaori, então não se arrumou tão bem assim, mas sei lá. Dessa vez não colocou seu uniforme rotineiro, colocou um short jeans e uma camiseta branca, e uma simples sapatilha preta, e assim, foi para frente de seu espelho. *

- Hoje eu posso me arrumar para o Kei-kun de novo.

* E assim, Kaori pegou suas maquiagens, e quando pensou em passar alguma coisa, a pequena parou. Por algum motivo, seu coraçãozinho estava apertado para caramba. A imagem de Kain apareceu em sua cabeça novamente, e a ruivinha tremeu. Será que, mesmo depois de ter se decidido, a pequena ainda estava balançada? E assim, já que tinha se arrumado um pouco e não queria "perder a viagem", Kaori resolveu pensar por aí, indo para os portões da academia. *

* Ia na frente do professor para que pudesse abrir a porta, e assim o fez com muita dificuldade já que mal enxergava a fechadura. Não fazia força alguma para abrir a porta, mas quase caia para frente por causa da bebida, dando algumas risadas logo em seguida. A cama não estava arrumada já que não a arrumara antes de sair. Logo apontava para a cama. *

- Coloca ela lá, Yukio.

-"Yukio"? Omae naaa...

*Dando uma risada interessante ao ouvir seu nome sendo pronunciado por uma primeiranista sem nenhum honorífico sequer, ele logo entrou como ela indicara e, com seus braços já começando a ficarem cansados de verdade, colocou Anna até que com cuidadinho em cima da cama, torcendo pra que ela não acordasse naquela situação. Imagina, acordar em um quarto que não é o seu com um cara em cima de você te ajeitando no colchão? Tenso até umas horas. Depois de deixá-la lá, virou-se uma outra vez pra Kaori e perguntou mais uma vez, só pra ter certeza se a ideia errada era errada mesmo ou se o vanderlei ta disfarçado (?).*

-Então? Qual é a grande ideia, agora?

* Kaori pensava por um momento e não. Mesmo bêbada, os jeito de Kaori falou mais alto e ela finalmente se lembrou de Keisuke. Seu coração ficara bem apertadinho com isso tudo e a ruivinha quase começara a chorar na frente do professor. Era uma bêbada bem emotiva, afinal. Assim, Kaori saiu correndo para fora do quarto, mas antes que ficasse muito longe do mesmo, virou-se para trás e gritou para o professor. *

- GOMEN, YUKIO-SENSEI.

* Ele poderia pensar que ela estava fugindo por ser bobinha, mas somente queria encontrar seu namorado, seguindo para o quarto do mesmo. Claro, dando umas cambaleadas hora ou outra. *

*Yukio sorri. Imaginara que hora ou outra isso aconteceria, e por isso acabara perguntando se "é isso mesmo que você quer?" de várias formas diferentes durante todo o percurso do bar até em casa. Quase passara a mão na cabeça de Kaori, só não fizera isso porque ela saíra correndo, de fato. Bom, agora que Anna já estava dormindo apropriadamente em uma cama, Yukio a cobriu com a coberta que estava sobre a cama de Kaori mesmo, e então esticara seu corpo mais uma vez, como se espreguiçasse-se. Saiu do quarto de Kaori, fechando a porta mas obviamente deixando-a destrancada, afinal não tinha a chave e não queria prender a dona do quarto pra fora nem a hóspede adormecida pra dentro.*

*Morta*

*Anna vai lentamente abrindo seus olhos. Suas pálpebras pareciam pesar centenas de quilos, e sua cabeça doía como o inferno. Meio tonta, vai se erguendo até ficar sentada na cama onde dormira. Seus reflexos estavam lentos e ela não lembrava de nada que fizera na noite anterior. Sua última lembrança era a de vagar triste pelas ruas da área comercial até resolver entrar num bar... É claro. Havia bebido até cair. Felizmente não acordada jogava numa sarjeta qualquer, alguém a trouxera até ali, provavelmente. Mas quem? Não reconhecia aquele quarto... E nem havia percebido ainda que não estava sozinha ali.*

Onde... eu estou...?

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