Almoxarifado Interno

-Sala onde são guardados todos os materiais usados para os serviços variados da academia, como materiais de limpeza, segurança, materiais para aulas, etc.

*Hora de fazer um post decente né rç. Chegou ali e pegou o material de limpeza necessário para começar seu trabalho, então saiu da sala e trancou a porta.*

*Um cheiro se espalha por ali... Era um cheiro realmente bom, incitava o paladar de qualquer pessoa, como se uma combinação da fragrância de alguns tipos de alimentos já conhecidos estivessem se juntando num único lugar, formando uma nova e suprema categoria de carne... Não era possível distinguir do que exatamente era o cheiro, mas era possível saber da onde... Ele vinha diretamente do Lago que ficava ao centro da floresta.

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*Kiryu abre a porta do almoxarifado, coloca Chidori lá dentro, entra e fecha a porta, mas fica segurando a maçaneta para que ninguém mais entre. O professor perfura Chidori com seus olhos. O assunto se revelou muito mais grave do que ele tinha pensado no início.*

- Qual delas você está atrás? Tyrfing? Dáinsleif? Nothung? Não me diga que está procurando Gram!

*Kiryu pergunta com bastante seriedade. Nenhuma daquelas espadas seria algo para se brincar. Ele estava realmente preocupado com Chidori, afinal, a garota estava se intrometendo em algo que não deveria ser perturbado.*

- Já fazem muitos anos desde que todas as Espadas Demoníacas caíram em sono profundo, e o mundo está muito bem sem elas por aí causando desastres. Você tem noção do que está correndo atrás? Da morte encarnada!

-Primeiro de tudo, nunca mais me segure daquele jeito, entendeu? Não me interessa que seja um professor!

*Chidori deixou seus olhos amarelos e cheios de raiva intimidando o professor. Logo depois se acalmando e continuando sua fala.*

- Segundo, se sabe tanto sobre ela como não pode notar a presença de uma delas? E terceiro e mais importante, minha família cuida disso desde os primórdios, você deve se lembrar do sobrenome Sakurai. Eu não sou nenhuma leiga no assunto já cuidei de tudo nas missões em que fui encarregada.

*Chidori suspira e se acalma mais um pouco. Aquele professor era maluco, não havia por que tanto desespero, ao menos ela era acostumada a isso, vai ver por isso não se assustou tanto. Apenas cumpria o que tinha que cumprir.*

- Vou direto ao assunto. Lance, não tem nenhuma delas, e sim Arondight! Há algum tempo nosso clã vem sentindo esta força e procurando por todo lugar e eis que ela veio parar aqui na Academia. Meu avô me mandou em uma missão para descobrir seu portador e se ele ou ela é capaz de controlar, caso contrário devo destruí-la ou levá-la para o templo.

*Chidori ficou aguardando as próximas perguntas do sensei e a reação do mesmo que estava tão desesperado.*

- ARONDIGHT!? VOCÊ DISSE ARONDIGHT!?

*Kiryu berrou, colocando suas duas mãos na cabeça e começando a correr em círculos, em volta de Chidori. Agora tinha tudo ido pro meio do inferno. De todas as Espadas Demoníacas, tinha que ser logo Arondight? Logo aquela que uma vez foi uma Espada Sagrada? O desespero de Kiryu atingiu seu limite máximo, o professor já não sabia o que fazer. Qualquer uma das outras poderia ser superada com um forte poder Sagrado, mas isso não era nada contra Arondight.*

- Agora fodeu! Fodeu mesmo! Arondight era uma Espada Sagrada que pôde rivalizar a própria Excalibur! Coisas que normalmente afetam Espadas Demoníacas sequer fazem cócegas nela entendeu!?

*Kiryu para de correr e segura Chidori pelos ombros, balançando a menina enquanto grita desesperadamente.*

- Izanagi nos ajude! Ah droga! Izanagi é um Deus de Luz! Então Izanami nos ajude! Mas Arondight tem uma vantagem contra ela também! É o Armagedon!!!

*Chidori se irrita com a reação excessiva e ridícula do professor, ok podia até ser um pouco engraçada, e dá com o joelho na parte íntima do mesmo que a estava chacoalhando. Ela se ajeita e pigarreia um pouco e volta a falar.*

-Você poderia se acalmar por favor? Lance é forte e por isso não vai acontecer nenhum Armagedon. Como eu estava dizendo antes, vim verificar se ele é capaz mesmo de suportá-la ou não, além disso, olhando para aquele idiota que tem medo de mulher, ele é meio que incapaz de fazer mal a alguém daqui.

*Chidori ficou falando com um expressão séria, aquela reação sim a tinha tirado do sério.*

- Até que isso o torna fofo, mas enfim, vou avaliá-lo e com a personalidade dele só posso fazer isso me tornando inimiga dele. O que por sinal foi muito fácil de conseguir. Se eu achar que ele não pode suportar devo destruí-la e somente consigo isso se eu me destruir também. Claro que isso não seria feito aqui, mas sim lá no templo, que é minha casa.

*Chidori se abaixou ao nível do professor caído depois da joelhada que levou.*

-Espero que o senhor não atrapalhe e se comporte, não há oque temer. Vocês meros mortais que nunca lidaram com isso são tão desesperados. Nunca falhei em minhas missões sensei, e não quero falhar agora.

*Ela ficou sorrindo e olhando para o professor, ela estava acocorada na frente dele e não se importava nem um pouco de estar com a saia do uniforme e que ele a estivesse vendo.*

- Chidori, não é assim tão simples...

*Kiryu se sentou, encostando suas cotas na parede. A pancada tinha doído um bocado. Estava claro agora que Chidori podia até ser determinada e confiante, mas realmente não sabia com o que estava lidando. Dava para perceber isso quando ela falava de Arondight como se fosse uma espada como as outras Espadas Demoníacas. Uma espada que já esteve dos dois lados da moeda, sem fraquezas, criada para rivalizar a Excalibur, afim de manter Arthur sempre humilde e aumentar ainda mais o poder dos Cavaleiros do Antigo Código.*

- Arondight não pode ser destruída, você saberia disso se tivesse pesquisado. Você sinceramente acha que já não tentaram? Merlim, um dos magos mais poderosos que a história se lembra falhou ao tentar, os Sakurai também falharam, pergunte sobre a verdade para qualquer pessoa honesta em sua família. O que você está fazendo é como tentar pegar fumaça com as mãos.

*Kiryu continuou sentado, tentando colocar um pouco de bom senso na cabeça da garota. Que tipo de mentiras teriam contado para ela? Que tipo de informações teriam omitido? Ninguém que conhecesse de verdade aquela espada estaria tão confiante assim, achando que tudo seria tão simples de se resolver.*

- Lance parece ser um bom rapaz, se ele não for capaz de controlar aquela espada, tire-a dele e a traga para mim. Vamos dar um jeito de selá-la até que alguém digno possa usá-la. Vamos evitar que mais sangue seja derramado em nome das Espadas Demoníacas.

*Chidori viu a expressão do professor mudar. Eles estariam falando sério agora, o que a deixava mais confortável também. Ele achava mesmo que os Sakurais eram burros? Óbvio que sabiam com o que lidavam, até demais. Chidori odiava esta única parte, mas não podia mudá-la.*

-Ah...*Suspirou.*

- Sensei, nós não somos idiotas, sabemos de tudo isso, conhecemos a história e é por conhecê-la que dizemos isso.

*Chidori se recostou na parede e deixou seu corpo escorregar pela mesma até ela se sentar no chão com as pernas abraçadas.*

- Sensei, eu tenho um propósito desde que nasci, fui treinada e criada para isso. Confesso que fui muito mimada e tudo por um único motivo.

*A medida que Chidori ia falando ela ia mudando sua expressão antes irônica e divertida, para uma expressão séria, sozinha.*

- Arondight não tem brechas, não tem defeitos, e é por isso que selá-la é a melhor forma de contê-la, mas seu último selo foi quebrado e todos sabem o caos que ela já causou. Se Lance não puder controlá-la o recipiente para selá-la serei eu. Ficarei com ela selada em mim, além de eu mesma ficar selada, de modo que ninguém consiga usá-la novamente. É quase como destruí-la e me matar.

*Chidori ficou olhando para o chão, rodando no chão um graveto que havia achado no chão da sala em que estavam. Aquilo era triste para Chidori, ela sempre viveu sabendo disso, e sempre a fizeram muito feliz, mas ela nunca pensou que este dia realmente chegaria. Ela continuava agindo como sempre, mas morria de medo por dentro, estava assustada.*

- Arondight escolhe seus donos, por assim dizer, mas depois de várias e várias pesquisas descobrimos isso em documentos antigos. Apenas nunca foi feito por que o recipiente morreu antes do tempo.

*Chidori se calou depois disso ficando em silêncio.*

- Espere um minuto... Arondight escolheu Lance? Ele não a pegou sem permissão ou coisa do tipo? Ela realmente o escolheu?

*Kiryu se limitou a perguntar apenas aquilo, a resposta de Chidori selaria seu destino para sempre. Se Arondight tivesse o escolhido, a situação era totalmente diferente.*

- Eu não sei e é por isso que estou aqui. Dias antes de chegar aqui sentimos uma forte energia, a energia de Arondight e ela não era nem um pouco agradável. Pensamos no pior claro e depois foi que descobri que ela possuía um usuário e a energia continua a mesma assustadora de sempre, aquele toque sombrio, mas estava mais fraca.

*Chidori ficou pensando em como o professor era um pouco frio. Ele nem se importara de que se algo desse errado ela quem morria. Mas enfim, era normal ele estar "empolgado" com algo novo para ele.*

- Lance deve lutar todo dia contra Aron, isso é fato. Mesmo se controlá-la nunca será totalmente. Mas desde que ele consiga contê-la para não causar nenhum desastre está de bom tamanho.

- Então finalmente aconteceu...

*Kiryu respirou aliviado, tanto pela sua aluna quanto pela situação em si. O professor se levantou e ofereceu sua mão para ajudar a garota a se levantar. Ela deveria enfrentar Arondight de qualquer maneira, mas Kiryu estava com um bom pressentimento. A presença sombria estava mais fraca... O ódio da espada estava mais fraco.*

- Posso te adiantar uma coisa. Você não será usada como selo para Arondight, pode ficar tranquila. E aconselho que você faça logo o que tem que ser feito.

*Kiryu então abre a porta do Almoxarifado, fazendo sinal para que Chidori saísse primeiro.*

*Chidori aceita a ajuda de Kiryu e segura em sua mão para se levantar. Ela tinha essa mesma impressão, mas depois do outro dia em que sentiu aquela força de novo, ela se assustou. Ela iria esperar para ver o que aconteceria. Ela passou pela porta primeiro.*

-Obrigada sensei. Mas tudo no seu tempo.

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