Pronto-Socorro

-Local onde são tratados os pacientes com maior emergência, em consultas rápidas para serem rapidamente cuidados.

Com licença, temos um aluno ferido, precisamos de atendimento agora!

*Diz Hansha assim que entra com Kaori, ambos carregando Keisuke. Estava sério e falara em tom bem audível. Deixava Keisuke em uma das camas do pronto-socorro enquanto deixava seus cuidados para as enfermeiras de plantão.*

Venha comigo.

*Dirigiu-se agora para Kaori, já puxando-a pela mão para algum canto com bancos para sentar, visto que provavelmente ela estaria emocionalmente abalada demais. Ele respirou, segurou-a pelos ombros de leve e olhou-a diretamente nos olhos.*

Eu sou Dareno Hansha, do segundo ano. Eu preciso que você se acalme e me diga exatamente o que aconteceu.

* Via toda aquela atenção do garoto e realmente não parecia ser só curiosidade. Ele parecia realmente preocupado com ambos e aquilo a dispôs a falar tudo. Sentada ao lado dele, tentava fixar o olhar nos olhos dele, mas dando piscadas longas para as lágrimas caírem. *
- Eu me machuquei hoje e sujei o corredor de sangue e o Keisuke viu, ai ele foi ver se eu estava bem e acabamos fazendo amizade e vimos que temos o gosto por bebidas em comum... ai saímos para comprar bebidas. Tomamos uns goles e tal, acabamos ficando meio altos e como nos atraímos fisicamente, bom... Já imagina o que quase aconteceu. Mas ai tudo passou e ficamos tranquilos, mas eu estava triste porque tenho um irmão na academia que eu amo, mas ele nunca se interessou por mim... ai eu comecei a perguntar para ele se eu era atraente e, bem...
* Assim a jovem levava as próprias mãos para os botões do blazer, finalmente fechando os botões. *
- Deve imaginar as coisas que perguntei para ele. Só que ai, esse meu irmão foi atrás de mim e viu a cena e enlouqueceu, achou coisa errada e bateu pra caralho no Keisuke... Perdi a única pessoa que eu amo no mundo e fiz um garoto apanhar pra caralho no mesmo dia... eu me odeio...
* Ao terminar de contar a história de um modo meio confuso, a jovem encostava a cabeça sobre o peito do rapaz, procurando algum conforto com ele. Voltava a chorar desesperadamente. *
- Eu espero que o Keisuke-kun não me odeie...

*Hansha fica meio sem reação quando a garota recosta sobre ele, mas era compreensível. Ele então envolveu ela em seus braços, dando um confortável abraço para que ela ao menos não ficasse desolada.*

Calma, está tudo bem agora...

*Apesar da situação dramática, sua expressão ainda era séria. Acariciava a cabeça da garota, apenas tentando confortá-la.*

Mas essa atitude do seu irmão... Tch.

* Sentia o abraço do rapaz e até que a acalmava um pouco. Parava com o escândalo mas ainda continuava a chorar. Abraçava-o fortemente, ainda com o rosto no peito do rapaz. *
- Eu fiquei com tanta vergonha... Eu sei, eu sei... o Kain Nii-sama me vê como uma bebezinha, mas... Eu não sou... Aquilo me constrangeu tanto... Sei lá...

Já passou, já passou...

*Hansha continuava consolando-a do jeito que podia.*

Eu sei que foi duro, mas você precisa se recompor agora. Keisuke-kun não gostaria de ver você chorando agora... Aqui, tome.

*O rapaz tirava de seu bolso um lenço (hu3) e dava para Kaori enxugar suas lágrimas. Era o máximo que poderia fazer por ela agora.*

Escuta... Parece que o Keisuke-kun já foi transferido para um quarto. Porque você não vai vê-lo? Acho que ele ficará feliz com sua presença.

* A jovem pegava o lenço e enxugava as lágrimas. Realmente ele estava certo, pensava. Respirava profundamente e conseguia fazer, aos poucos, com que a frequência de lágrimas diminuísse. *
- Obrigada, Hansha-senpai... Você está certo. Bom, vou lá. Obrigada meeeeesmo. Estou te devendo uma!
* Assim, a jovem dava as costas a ele e seguia em direção ao quarto onde Keisuke estava. *

Não foi nada. Apenas fiz o que é certo.

*Hansha despedia-se da garota, esperando ela sair do local antes de se levantar. Tentou arrumar sua camisa como pode com batidinhas, visto que estava amassada e meio molhada por causa de Kaori. Caminhou por fim até a saída da ala hospitalar. Pouco antes de cruzar a porta, sua expressão séria repentinamente mudou para um sorriso pra lá de macabro, que Hansha logo eliminou para uma outra neutra.*

[Fufufu... Perfeito.]

* Logo ao entrar na enfermaria, este foi atendido por algumas enfermeiras e um médico (npcs são OPs). Assim, repousava sua amada na cama, dando-lhe um pequeno beijo na testa. Após isto, Naoyuki explicou a situação aos médicos, esperando que entendessem completamente o caso como um "acidente". É claro que ele não iria comentar NADA sobre o que realmente teria acontecido, queria que aquilo passasse... quieto, por enquanto. Então, deixando Keiko sobre os cuidados deles, agora este se sentava, explicando a dor do chute como uma pancada básica, outro acidente. Uma enfermeira apenas deu-lhe um remédio, explicando que este daria um teco de sono mas logo melhoraria. Após algum tempo ali esperando, uma enfermeira veio lhe avisar que pelo menos, Keiko estava bem. Tinha uma costela quebrada e alguns machucados pelo corpo, mas nada muito preocupante. Logo ela seria movida para o quarto, e então, Naoyuki esperou o chamado de alguma enfermeira para poder ver sua garotinha. *

*Kurisu chega no Pronto-Socorro, ela levanta uma sobrancelha, já tinha uma boa quantidade de pessoas lá. Na verdade, como ela esteve sumida durante um bom tempo (E coloca bom tempo nisso) estava um pouco perdida ali ainda, não sabia com que equipe ela trabalhava ou qualquer coisa assim, provavelmente devia ter uma enfermeira ali em algum lugar.*

Uhum... Bem, vamos ver o que temos por aqui...

*Ela vestiu seu jaleco branco e abotoou os botões. Provavelmente ela logo teria alguma coisa para fazer por ali, por isso resolve dar uma olhada onde as coisas eram guardadas, que medicamentos eles tinham ali e etc.*

Ah... Esse lugar está tão organizado que se alguma coisa ficar fora do lugar COM CERTEZA terá sido culpa minha...

*Kurisu fecha com cuidado um armário de remédios do pronto-socorro. Ela dá uma olhada no local e percebe que estava bem vazio por ali, pelo menos por enquanto. Senta-se em uma cadeira de rodinhas e a empurra até uma das paredes, encostando-a lá. Ela olha um pouco ao redor, aquele lugar havia mudado muito desde a época que estudara lá, primeiramente nem existia Ala Hospitalar, era apenas uma enfermaria. Kurisu fica nostálgica, recordando-se um pouco da época que estudou ali na academia.*

Saudades de tacar fogo nesse lugar...

*Ok... Mas enfim, ela sentia saudades de outra coisas também. Sua época de Academia tinha sido bem divertida e bem sem limites, com certeza.*

(YOSHIPON TÁ DE VOLTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA <3)

(SURPRESA! EU VOLTEI!)

*Quando a garota chega à porta do Pronto Socorro, vê sua mãe sentada do outro lado da sala, mas sua mente não parecia estar ali. Arashi, então, guarda seu biscoito e entra na sala, indo em direção a mulher.*

Hum, mãe?

*Kurisu estava completamente entretida em seus pensamentos, lembrando-se da vez que quase arruinou o Festival Escolar. Aquela vez tinha sido muito épica, com certeza. Mas enfim, logo ela escuta uma voz familiar e volta pra realidade, olhando pra frente, vendo sua filha comendo um pacotinho de biscoitos.*

Arashi? Eu estava distraída, há quanto tempo está aí?

*Ela diz, enquanto levantava-se de sua cadeira, indo para perto de sua filha, agachando-se perto dela e sorrindo.*

Eu estava preocupada em chegar aqui, mas... Esse lugar está às moscas... E você? Está precisando de algo?

Ah, não muito tempo.

*Arashi para no meio da sala enquanto sua mãe vem em sua direção.*

Não, err, é que não entendi o que você falou enquanto eu estava no banho e vim perguntar se era algo importante. Mas agora acho que não era nada demais, ehehe.

*Olhando para sua mãe a menina abre um sorriso malévolo e coloca a mão em seu queixo, em um gesto pensativo, obviamente preparada para implicar com Kurisu.*

E o que a senhora estava pensando pra ficar tão distraída, hein?

Hum? Eu só disse que estava vindo para cá, que não podia esperar... Mas tudo bem, gostei da sua visita!

*Kurisu sorri para sua filha, mas logo repara naquela face maligna que a menina expressava. Era como se fosse uma outra pessoa, mas Kurisu sabia bem como era sua filha, apesar daquela expressão ter sido uma boa novidade.*

Onde você aprendeu a fazer essa cara? e.e

*Provavelmente com você mesma, Kurisu. Mas enfim, ela não iria ficar dando voltas para responder sua filha. Faz um leve cafuné na cabeça da menina e logo se coloca a falar.*

Lembra que eu te contei uma vez que eu estudei nessa academia? Isso foi bem antes de você e eu nos encontrarmos! Foram bons tempos...

*Kurisu ergue-se, pois estava agachada até agora e vai caminhando até uma das macas vazias, colocando as mãos na grade das mesmas. Ela solta uma risadinha.*

Eu era a garota mais encapetada que essa instituição já viu! Sério, quando eu era adolescente eu não queria nada com nada, só sabia arrumar confusão... E tacar fogo nas coisas... Meu hobby era infernizar a presidente do conselho estudantil!

*Isso fora uma época bem antes de Kotone e Kurisu tornarem-se amigas, antes era quase como gato e rato, Kurisu aprontava, o Conselho aparecia e a confusão estava implantada. Ela então vira-se de volta para sua filha.*

Eu estava me lembrando daquela época! Foi incrível! Mas teve um outro momento da minha vida que foi melhor...

*Após já ter tido o efeito que precisava, a garota volta a sorrir normalmente e começa a mexer em seu próprio cabelo com a mão que antes estava em seu queixo, sem nem mesmo perceber o gesto, uma mania que havia adquirido fazia tempos. Seus olhos percorrem então o resto da sala.*

Hum... É, e é sempre bom fazer uma visitinha aqui sem precisar de cuidados médicos...

*Quando sua mãe começa a andar, ela a segue até uma das macas e se senta nela, com um sorriso maior ainda no rosto. Kurisu já havia contado várias dessas histórias para sua filha e a garota invejava um pouco a diversão que sua mãe teve quando era da sua idade.*

Quem diria que sua filha seria quietinha, estudiosa e obediente como eu, né? Ehehe!

*Sua expressão então muda para uma de curiosidade quando a ruiva comenta sobre o outro momento de sua vida e Arashi começa a prestar mais atenção na conversa.*

E qual foi esse outro momento, mãe?

Eu sei que você adora vir atrás de mim, pode falar! Hahahaha

*Kurisu solta uma risadinha brincando com sua filha, colocando um sorrisinho debochado no rosto. Ela olha Arashi ajeitar o cabelo e logo depois sentar-se na maca, enquanto escutava pacientemente o que a ruiva falava. Eis que a menina fala a respeito da diferença das duas.*

Não é? Mas não tem nada de errado nisso, minha querida! Na verdade, eu era muito inconsequente naquela época, não queria saber de nada... Tem que estudar mesmo! Se não vai se ver comigo depois! Há!

*Algumas vezes ela gostava de bancar a durona, mas ela confiava em Arashi, que sempre fora muito responsável. Kurisu realmente teve muita sorte por Arashi ser tranquila daquela forma, se não provavelmente o fim da sua faculdade teria sido muito mais difícil do que tinha sido. Mas eram águas passadas agora. Ela escuta a pergunta de sua filha.*

Bem... Uma vez eu visitei certo lugar...

*Kurisu apoia suas mãos na maca, uma de cada lado das coxas de Arashi, que estava sentada ali. Ela abaixa sua cabeça deixando seu rosto em frente ao de Arashi, olhando em seus olhinhos.*

E nesse lugar eu encontrei uma princesinha... Ela era tão fofa que eu não aguentei e peguei pra mim!

*Agora ela sobe suas mãos pela lateral do tronco de Arashi e vai fazendo cócegas nela!*

* Chegava ali, e via Kaori num canto, totalmente brava, realmente... ela tinha um porque. Mas... bem, Keisuke foi se aproximando dela, e então, a abraçou por trás. Queria... deixá-la tranquila, de alguma forma... mesmo não sabendo como. Deveria ter sido frustrante para ela, tanto para ela, quanto para Naoyuki. É meio chato mesmo ver outra pessoa fazendo carinhos em seu amado, mesmo que por fins curativos. *

- Amor, fique tranquila. Eu não senti nada por ela, você sabe que você... você é única... minha única. Por favor, não fique brava comigo, meu amor... por favor, eu te amo...

* Ele era homem, poxa. Apesar de uma tábua, a paciente era mulher e com certeza ele sentiu algo por ela, nem que seja o mínimo de atração possível. Ele a viu seminua... e, se o professor sentiu atração pela ruiva, por que Keisuke não sentiria pela baixinha mal-encarada? Recebia o abraço dele, mas permanecia brava e de braços cruzados. *
- Eu sei que sentiu. Você até ficou suando por isso. Eu vi nos seus olhos! Pervertido!

- Amor, pare com isto... Eu fiquei suado pelo medo de machucar a garota, você ao menos viu o estado dela?! Pare de ser tão ciumenta...

* A apertava ainda mais naquele abraço besta. Com certeza, ele não teria mentido para ela. Bem.. talvez tinha ficado um teco suado por causa do corpo da guria nua em suas mãos, o corpo ainda quente dos machucados, mas... não fora aquilo que o desgastou mentalmente e muito menos fisicamente. O medo de machucar a garota que já estava praticamente morrida (q) naquela maca, o assustava. Não sentira atração nenhuma por Keiko, talvez até o contrário. Keisuke sempre vê as pessoas pelo lado de dentro delas, e a primeira impressão que Keisuke teve de Keiko foi que ela era uma arrogante fodida do caralho. Bem... realmente, tudo que ele queria de verdade agora era que Kaori acreditasse no que ele estava falando, porque é verdade. A única pessoa até hoje que Keisuke conseguiu sentir atração por foi Kaori, e por mais ninguém. E olha que ele já tentou. E de alguma forma esta atração tinha virado um amor inconfundível, nunca dantes sentido pelo garoto. *

*Kyo chega no pronto-socorro com Kaoru, ainda "abraçando" o braço esquerdo. A dor já havia diminuído consideravelmente, mas ainda era forte. Ele se aproxima do balcão, entrega seus documentos e pega sua senha, sentando-se e aguardando o atendimento*

*A professora chega até o pronto-socorro, praticamente apertando o braço de Kyo. O que ela pensava? Que fazendo isso ela mesma iria parar com a dor? Bom, de qualquer forma, Kaoru percebeu o que estava fazendo e soltou o braço do jovem com todo cuidado, sentando-se ao lado dele. Minutos depois, ambos são chamados por uma enfermeira em direção a uma sala próxima dali. Kaoru se levanta rapidamente, levando ambas as mãos até o braço de Kyo, dessa vez, tomando o máximo de cuidado ao segurá-lo e caminhar com o jovem. Kaoru estava ao lado de Kyo prestando atenção em tudo, procurando ajudar o máximo possível. No entanto.. ainda iria discutir com ele sobre os modos de se tratar uma pessoa.*

- ... Tsc.
* Talvez a ruivinha só estivesse com esse ciúmes todo por causa de seus sentimentos ocultos. Ainda não estava 100% crente que isso era amor, e se não fosse, iria sentir atração por outras pessoas fácil. Mas... ele não era desse jeito. Ele estava apaixonado e mostrava isso a cada segundo que se passava, mas ainda sim, tinha medo. Ele era o homem ideal para a ruiva: Carinhoso, atencioso, amoroso, compreensivo, mimador e "faz tudo", mas não queria vê-lo como isso, queria ama-lo completamente. E... mesmo quando isso acontecer, ela iria ser ciumenta de qualquer jeito. Era o jeito dela. *
- Eu não gostei dela. Não gaste mais suas pomadas com ela! Já o professor é bem legal...