Kuroike

Relembrando a primeira mensagem :

-Imenso lago com águas avermelhadas. Chamam de "Lago Negro" pois muitas existem histórias macabras a seu respeito.
-Fica no centro da grande Floresta da Academia.

-Eu sei o segredo de vocês, "Senpai".

*Ela já tinha percebido que "Senpai" era só um apelido ao invés de um honorífico, e usara isso para falar em tom provocativo mesmo, propositalmente. Não dava pra ver por causa das vendas, mas seu olhar era firme na direção dele, sério, penetrante, poderia perfurá-lo apenas com os olhos. Largou o braço dele não com simplicidade, mas empurrando-o na direção contrária, como se tivesse certa raiva do garoto. Realmente se sentia uma incompetente, simplesmente por ter sido notada. Isso era absolutamente imperdoável, não pelo garoto, mas por ela que fora incapaz de se esconder direito. Pelo menos era isso que passava na sua cabeça.*

-Então quer dizer que existem algumas "exceções" nas regras dessa academia, é? Eu realmente não acredito que seja algo correto vocês usarem seus poderes desse jeito que fizeram. O que será que eu farei com essa informação, hein? Hmmm...

*Temos um caso de chantagem aqui, Percival.*

Pode fazer o que quiser, lol.

*Respondeu com a maior simplicidade do mundo, como se aquilo realmente não fosse nada. Fica massageando seu pulso do braço que fora agarrado com a mão oposta. Aquela garota tinha realmente uma boa pegada.*

A gente pode ter feito algo "contra as regras" aqui, mas não fizemos nada de "errado". Se quiser contar pra alguém, vá em frente, tu tá no seu direito afinal. Isso não vai impedir a gente. Smile

*Kenshin, apesar do tom um pouco mais sério, continua extremamente calmo, transmitindo total segurança em cada palavra.*

Ou, se tu quiser, tu pode se juntar a gente pra fazer mais coisas "erradas" que não são erradas. Ou tu pode simplesmente ignorar tudo e ir viver tua vida. Tu que sabe. ;D

-Pelo que li nas tais "regras" que você não se importa tanto, o uso de Youki pode resultar em expulsão. Você não poderia mais passar sua adorável juventude com esses amigos caso saísse daqui.

*Rio dá um suspiro decepcionada, como se tivesse achado aquele cara ali totalmente sem graça. Ela realmente achava que teria algum certo desafio com o homem que conseguira sentir sua presença totalmente oculta... Mas pelo jeito não aconteceria nada assim.*

-Cuidado com o que você diz.

Hahahahaha xD

*Kenshin realmente riu ao ouvir sobre a expulsão. Começo a suspeitar que ele tenha um parafuso a menos.*

Tem razão, isso seria ruim, mas eu daria um jeito...

*Ele pôs sua mão direita sob o queixo, refletindo um pouco.*

Eu não me importo muito com isso, mas não quero ferrar meus amigos também. Ok, tu venceu, moça. Tem alguma coisa que eu possa fazer para que tu não conte pra mais ninguém sobre nossas "coisas erradas"?

-Nada. Só não me irrite. Se eu sentir necessidade, posso usar isso contra você.

*E desapareceu dali com um salto, se tornando uma sombra e sumindo totalmente daquele lugar. Fora direto para o seu quarto, pá.*

Fique a vontade. hehe

*Com mais um cliente satisfeito, sqn, Kenshin também sai dali para os dormitórios. Andando, naturalmente. Não era um ninja boladão igual a mina lá.*

*Saindo d'O Bucaneiro, partiu para a academia diretão pra caramba.*

*Mizuyo saiu do Bucaneiro naquela noite após a primeira atividade em conjunto do grupo, acompanhada de Mugen. A dupla foi caminhando ao redor do lago, lentamente.*

-Gomen, Matsubara-san... Conversamos pouco hoje, não é? Como tem estado?

*Mugen andava lentamente ao lado de Mizuyo ao redor do lago negro. Lago bonito, aliás. Nunca tinha ido lá. Sem delongas, ele responde-a.*

-N-não p-precisa se preocupar muito com isso, Yukiiro-san, você não tem obrigação de me ajudar...

*Diz ele, tentando ser educado. Mas aí então responde a segunda pergunta dela.*

-Tenho tido muita dor de cabeça... Fico tentando me lembrar de alguma coisa mas não me lembro de nada... As únicas memórias que eu tenho são do primeiro dia em que eu estava deitado na rua e fui acolhido pelo Tanabe-sensei, e aí muitas coisas aconteceram no meu primeiro dia. Foi um longo dia...

*De acordo com a frequência dos posts que o OFF faz, esse é o segundo dia dele. -q*

*Chie sai do bucaneiro e fica parada olhando o lago e os arredores por um bom tempo... Nota que Mizuyo está andando com Mugen, novo integrante do grupo, assim como ela e não acha que isso tenha nada de mais... Continua observando o lago, um pouco presa em seus pensamentos... Andava divagando bastante... Ela então aproxima-se do lago e agacha, observa a coloração diferenciada do lago e resolve coletar uma amostra. Coloca a mão por dentro de sua capa que, sim, ela usava, e com um truquezinho simples, invoca um frasco de vidro reto, abrindo-o e o mergulhando numa parte rasa do lago... Depois de tampá-lo ele simplesmente desaparece de suas mãos... Truque relativamente simples que Chie aprendera a fazer para guardar seus pertences... Era similar à uma invocação de uma criatura... Como o frasco "contratado" está no mesmo plano que eles, Chie não gasta basicamente mana nenhuma... Desinvocando-o em sequencia. Permanece ali um tempo mais observando as plantas locais que aparentemente não diferem do que ela já conhece.*

-Né, Matsubara-san... Isso se passou pela minha cabeça esses dias, mas...

*Mizuyo não sabia se falava aquilo ou não. O problema é que agora que tinha começado, teria que terminar ou provavelmente o garoto ficaria bem frustrado... Mas a verdade é que era algo que ela tinha imaginado, do nada, e que provavelmente causaria um mindfuck na cabeça dele. Só dificultaria as coisas, na verdade... É, Mizuyo, você precisa fechar mais essa boca. Tava tudo muito bem até agora pouco.*

-Eu não acredito que você tenha vindo parar aqui por nada. E como somos todos pessoas "não-humanas"... passou pela minha cabeça a possibilidade da sua vida simplesmente ter começado naquele momento. Digo... Será que você foi algo "criado" já com essa aparência e conhecimento básico que tem e mandado pra cá por algum propósito? Faria sentido simplesmente não ter um passado, se for isso.

*Ok, agora ele foi pego de surpresa. Não esperava que o fato de simplesmente deixar de ajudá-lo tivesse passado pela cabeça dela. Olha para ela com um olhar meio inseguro, como se estivesse com medo. Não passava de um favor que um amigo seria capaz de fazer para um outro amigo... Mas esse "favor"... Era diferente. Era somente descobrir todo o passado do amiguinho, todo o resto de sua vida, todos os seus 14 anos antes de entrar na academia, naquela escola gigantesca. Quanto a próxima fala dela, ele concorda, mesmo um pouco "receoso".*

-Eu... também penso assim. Mas... Não sei não... Se for assim... Eu sou uma máquina? Tipo um robô?

*Ainda olhando para ela e ainda mais confuso, a dor na cabeça dela aumenta. Tudo o intrigava, tudo o deixava curioso. E para ele, até agora, as pessoas ali eram humanas, cada uma com seus poderes. Lá vem mais uma coisa que o deixa perdido em seus pensamentos. Uma pessoa sem memórias é realmente difícil de se lidar...*

-Não-humanos? Nós não somos humanos? Não somos só humanos com poderes?!

*Aumentava gradativamente o tom de voz a cada pergunta, cujo aumento é diretamente proporcional com o nível de curiosidade. Mizuyo precisará de paciência, de muita paciência... Ele era capaz de acreditar que todos fossem humanos com poderes, mesmo isso não sendo nem um pouco lógico ou sequer fazendo sentido. Mugen acreditava em tudo, na esperança de que fosse verdade e de que o ajudasse a descobrir quem ele realmente é.*

-O conceito de "ser humano" não envolve ter poderes paranormais, pra início de conversa, Matsubara-san... ^^'

*Mizuyo tinha exatamente essa carinha bonitinha de dois circunflexos com uma gotinha fofa do lado da testa ^ que eu acabei de colocar na fala dela. Era um sinal de que mesmo sendo difícil de lidar, ela realmente tinha paciência e estava com toda a boa vontade do mundo querendo ajudá-lo. Não é só porque o problema pode se ampliar que ela quebraria uma promessa. Muito pelo contrário: quanto maior o problema, maior o esforço que ela vai ter que fazer pra cumprir o que tinha dito logo quando os dois se conheceram.*

-Eu não diria "máquina"... Mas algo como um... "Homúnculo", talvez. Aliás, você sabe ao menos o que você é, Matsubara-san? Digo, a raça, sua descendência, de onde vieram seus poderes paranormais.

-... Entendo...

*Mugen estava olhando para ela. Ela fez aquela carinha bonitinha e ele se confortou mais um pouco. Estava se cansando rapidamente de fazer tantas perguntas toda vez que recebia algumas... E de não encontrar nenhuma resposta, também. Ainda caminhando ao lado de Mizuyo, olha para o chão, para os lados, para frente... Bota as mãos nos bolsos da calça. Cada palavra nova que saía da boca dela parecia mais uma coisa - ou melhor, um universo de coisas - a se descobrir.*

-O que... eu sou?

*Essa pergunta dela o fez despertar algo dentro da mente. Nesse momento, Mugen estendeu sua mão direita em frente ao seu rosto e olhou bem para ela. Por uns dois segundos, a cor da pele da sua mão toda mudou, mas depois rapidamente voltou ao normal, como se fosse apenas uma ilusão. Mas não era. O que aconteceu foi o seguinte: a cor da pele da sua mão se tornou, por dois segundos, a cor da pele da mão de Washino Tanabe, seu primeiro copiado. Óbvio que isso não aconteceu de acordo com a vontade dele, foi algo completamente inesperado. Ele tomou um susto também. Depois dessa acontecimento, ele fechou sua mão direita lentamente, ainda na mesma posição. Veio a voz de Tanabe falando em sua cabeça: "(...)doppelganger(...).*

-Doppel... ganger...

*Disse, olhando para sua mão.*

(t.r.e.t.a)

(eu juro que imaginei a voz do Nabeshin falando isso)

*Mizuyo ficou parada olhando para ele enquanto ele não parecia se sentir muito bem. Mugen, olhando para suas mãos que pareciam mudar de forma e de cor por breves momentos, não dava a impressão de quem estava no melhor dos seus momentos... mas também não aparentava alguém que gostaria de ser incomodado. Quando ele finalmente para de olhar para as mãos, aparentando voltar ao "normal", Mizuyo suspira, séria. O que acontecera ali e o que ele dissera faziam total sentido. E, ainda por cima, era algo perigoso. A história de Mugen acabara de ficar um pouco mais tenebrosa agora.*

-Um Doppelganger, é? Não me espanta você ter algum problema de memória, sabendo disso. E mais uma vez vem na minha cabeça aquele negócio de ser perigoso saber o que houve no seu passado. Você está bem?

TO

*Mugen não estava se sentindo mal de verdade, ele só estava muito confuso. Ele não sabia bem o que havia acontecido ali, aquela hora. Nem o porquê daquilo. Olha para o rosto dela com uma cara meio confusa, como se não tivesse entendido o que acabou de acontecer ali.*

-Sim, eu estou bem. Na medida do possível, né... Eu só não entendo. Não entendo isso que aconteceu com a minha mão agora... Por que minha mão mudou de cor? O que é um Homúnculo que você falou? E o que é... Doppelganger?

*Ainda bem que ele tinha alguém para ajudá-lo nesse momento tão difícil. Ele buscava em Mizuyo a resposta para todas aquelas perguntas.*

-Ara ara, vamos lá, uma coisa de cada vez.

*Ser bombardeado de perguntas é uma coisa normal na sua vida quando você é uma maga com uma inteligência milenar guardada em sua alma e em sua mente, mas cada uma devia ser feita em sua devida hora. Tudo de uma vez dessa maneira era realmente complicado, ela nem sabia exatamente por onde começar. Então respirou fundo, continuou andando devagar, ainda acompanhado de Mugen, enquanto pegava pergunta por pergunta para ir respondendo.*

-Um homúnculo é uma criatura viva com inteligência ou raciocínio próprio, normalmente gerada a partir de alquimia ou magia. Doppelgänger é uma raça de Youkais... Aliás, de demônios nascida no Ocidente, pra ser mais exata na região dos países nórdicos, e tem o poder de se transformar naqueles que já tocaram. Sua mão se transformou do nada porque você é um Doppelgänger.

*Respondido?*

-Gomen...

*Bombardear a colega de perguntas é uma coisa normal na sua vida quando você é um garoto de 15 anos muito humilde e não tem memórias... Não sabe de onde veio, porque estava ali, e blá blá blá, aquela história que todo mundo já sabe (menos ele mesmo). Daqui a pouco eles completariam uma volta no lago se pá, ou chegariam perto de Chie que estava ali examinando plantas também.*

-Sou ka... Então eu sou esse... demônio que se transforma naqueles que eu toco. Entendi...

*Passa um clique (?). Mugen tira uma importante conclusão!*

[Era a mão do Tanabe-sensei!]

*Agora Mugen estava preocupado com ela. Não deveria, mas conseguia de verdade se preocupar com ela. Se ele era um Doppelganger (vou botar trema não fera), ela não teria medo de ser encostada por ele alguma hora, sem querer? Ah, respondido sim! =D*

[Será que ela não tem medo de ser... copiada por mim? Não! Eu nunca farei isso com ela!]

-Yukiiro-san... Isso já aconteceu comigo uma vez. Eu me transformei no meio dos corredores dos dormitórios em uma pessoa que eu encostei sem querer, agora tudo faz sentido!

*Sorri. Quem visse até pensaria que ele era bipolar ou algo do tipo, mas fica feliz de verdade por encontrar a explicação de alguma coisa que aconteceu na sua vida! Muito feliz!!!!!!!!! Começa a rir do nada.*

-Hahahahah, nossa! Como é bom entender alguma coisa que aconteceu comigo! ~~Xô sensação de inchaço!~~

(POST Nº 100! /O/)

-Hai.

*Mizuyo apenas concorda, deixando aquela conclusão ser o suficiente por aquela noite bombardeada de questões respondidas na vida de Mugen. Claro, apesar de várias questões já estarem esclarecidas, elas não eram nem metade do que precisava ser esclarecido de verdade. Mas Mizuyo sentia... Não, ela SABIA que só com aquela informação ela já estava um imenso passo mais próxima de descobrir a verdade que tanto queria e tanto temia encontrar. Então, parando de caminhar de novo ao lado de uma trilha de terra por entre a floresta, Mizuyo vira-se mais uma vez ao amigo com o mesmo sorriso de sempre, mostrando que mesmo sendo atolada de perguntas, não perdera a paciência em momento algum.*

-Jaa... Acho melhor irmos nessa, então. Daqui a pouco fica bem tarde, e essa floresta é bem suspeita nesse horário.

-Vamos lá! ^^

*Faz essa cara, ainda sorrindo. Aquela garota é uma bênção na vida dele. Mugen também temia saber a verdade... Mas o sentimento de querer saber era maior. Aliás, por nada conhecer, tudo temia (fisolofei). Esperava ela ir na frente para segui-la. Ele ainda não conhecia muito bem o lugar. Se bem que era uma trilha né, era só ir até o fim dela talvez...*

*Foi até bom ter esperado, porque como tá rolando uma cena na floresta, eu não quero celsar. Então os dois foram andando dali direto para os Arredores mesmo, porque Arredores é a redores, ou seja, ao redor de tudo, então foda-se.*

* Chegava ao Kuroike, observando o grande lago. Tinham algumas pessoas ali, mas Arisato não ligava para isto: ia direto à ponta do lago, se sentando ali. Observava as águas turvas dançando como uma grande bailarina ao vento, fazendo pequenas ondas no lago que normalmente era estático. Ficava brincando com a água, com seu dedo indicador, enquanto esbanjava um sorriso aberto pela brincadeira boba que fazia. Era seu primeiro dia na academia, e já tinha ido conhecer o lugar que mais ansiava em ver. Era... maravilhoso. Amante da água, achava muito bonito a dança de luzes que a lua fazia com a água, e ficava ali, maravilhado. Observava cada movimento da água, cada peixe que subia do lago para a superfície. *

*Finalmente Kodama saiu do Bucaneiro, voltando para a Floresta.*

*Finalmente Chie passa o tempo que queria ter passado por ali, olha todo o tipo de planta por ali que consegue e vai para a academia... Pois é... Não é como se ela quisesse dormir.*

*Hikari chega ao Kuroike não andando, não correndo, mais sim trotando. Apesar de não informado em posts anteriores ela havia pego sua mochila quando saiu da Academia de Boxe e colocado seus fones de ouvido enquanto se aproximava do Kuroike. Então vai trotando por todo aquele lugar até se deparar com um garoto na ponta do lago, brincando com a água, sorrindo. Ela simplesmente não consegue se mover de forma alguma! Era a primeira vez que via e achava uma pessoa qualquer tão... bonita. Além de beleza o mesmo tinha um físico legal e um lindo, bobo até, sorriso no rosto. Parecia tão inocente, tão gente boa. Como aquele era o dia das exceções, Hikari logo resolve se aproximar do mesmo e tentar interagir. Então, calmamente e um pouquinho corada até, ela vai chegando perto de Yamada Satoshi, com pequenos passos. Assim que consegue se aproximar ela, então, respira fundo e resolve tentar iniciar um diálogo.*

- Errr... Esse lu-lugar é tão bo-bo-bonito, não é me-me-mesmo? hahaha...

*Simplesmente não conseguia agir normalmente naquele momento. Seu coração acelerava um pouco e sua mente ficava em branco. Talvez ela estivesse encarando algo que temia, que nunca achou que iria acontecer consigo... talvez Takeyama Hikari estivesse se apaixonando...*