UTI: Quarto 001

-Um dos quartos de UTI da Ala Hospitalar.

*Enquanto caminhava para o quarto ele olha para o corte na cabeça da moça, na lateral da testa próximo a orelha pegando uma pequena parte no cabelo, coloca um pano cobrindo o ferimento, não pressiona muito, pois não sabia se ela havia fraturado alguma coisa, mas pelo corte e inchaço não parecia. Ele chega à sala enquanto colocava luvas, pede que uma enfermeira prendesse o cabelo dela desobstruindo o local do ferimento, em seguida limpa em volta dele, e analisa melhor o corte, felizmente nenhuma fratura visível, então rapidamente ele começa a estancar o sangramento e suturar o corte, era de tamanho considerável para um corte na cabeça, pede para que uma das enfermeiras verifique os documentos da moça para saber que era sua paciente, em seguida pede que ela verificasse os dados da moça no sistema. A moça estava anêmica, muito pálida a julgar pelas feridas perdeu muito sangue, ele pede para que trouxessem uma bolsa de sangue, enquanto ele faz alguns cortes na roupa da Kori, tirando-as deixando a moça de lingerie, aquela roupa molhada de suor e sangue poderiam causar um choque na moça, em seguida começa examinava o resto do corpo da mesma, verificando alguns cortes, arranhões e hematomas, começa a cuidar dos mesmos. Assim que a enfermeira ele começa a transfusão de sangue, e continua a cuidar dos ferimentos dela, logo que todos os machucados estavam limpos e com seus devidos curativos, ele pede que uma das enfermeiras tire o restante da roupa da moça e coloque um daqueles roupões/aventais de hospital. Apenas fica monitorando os sinais vitais da moça, que felizmente parecia estar se recuperando muito bem, possivelmente ela acordaria em pouco tempo.*

*Algumas horas se passam até Kori começar a acordar, a transfusão estava fazendo um efeito benéfico para a moça, fazendo aumentando o volume de sangue, aumenta perfusão de O2 nos tecidos, acelerando a regeneração e a cicatrização de seu corpo. A primeiro momento a moça não abre os olhos, geme de dor, seu corpo inteiro doía e sua cabeça latejava, ela mexe os braços vagarosam, sente e sente que tinha alguma coisa presa em seu braço, ela leva a mão do braço livre para a cabeça, só aqui começa a abrir os olhos, a luz ofusca os olhos, então com a mesma mão ela tampa os olhos, depois que os olhos acostumam com a claridade ela vê que estava em uma sala de UTI do hospital, ela lembrava que tinha ido até a recepção e agora estava lá, tinha desmaiado? Vê uma bolsa de sangue, estavam fazendo transfusão nela, lembra de ter visto a camisa que usava vermelha de sangue, eita Kori, sempre desastrada, mais uma vez no hospital! A visão agora estava 100%, mas mantinha os olhos serrados por causa da dor, olha mais um pouco na sala e vê que tinha um médico ali a monitorando, por algum motivo o coração daquela moça bate mais rápido, podia só ser o seu corpo trabalhando para se recuperar, ou outra coisa. Kori fala com um tom baixo, por causa das dores que sentia.*

- O senhor tem algo para dor?

*Yukito percebe que a moça começa a se mexer, parecia recobrar sua consciência, então ele se aproxima dela, espera a moça abrir os olhos e depois disso, ela diz estar com dor, isso era um bom sinal, afinal estava recobrando seus sentidos, ele chega perto da moça e sorri, segurando a mão dela começa a medir a pressão dela, nota que estava um pouco acelerada o que deixa ele um pouco surpreso, provavelmente pela dor que ela sentia, ele olha na ficha médica dela para ver se a moça tinha alguma alergia a algum medicamento.*

- Claro que sim, só um minuto.

*Ele vai rapidamente buscar um medicamento para a moça e ao voltar nota que ela estava corada, toda aquela palidez havia passado, olha para a bolsa de sangue e nota que já tinha acabado, então ele a retira e coloca um soro com o medicamento para aliviar a dor da moça, se posiciona ao lado dela olhando nos olhos dela diz.*

- Ishikawa Kori certo? O que aconteceu com a senhorita para ter tantos ferimentos?

*Kori olha melhor para o médico e tem uma reação um tanto entranha para uma paciente com dor.*

- Você tem heterocromia, sendo um olho amarelo. Sabia que você é raro?

*A moça para de falar, suspirando de dor e colocando a mão na cabeça, sente pontos e curativos, não foi muito difícil de ligar aquilo com a dor latejante e o desmaio e pela extensão que os pontos percorria, o corte foi grande, justificando a anemia.*

- Desculpe-me, sou professora de biologia e fico fascinada com tudo dessa área.

*Ao sentir as mãos do médico em seu pulso e ver o sorriso do mesmo, o coração da moça fica palpitante, ela nunca tinha sentindo aquilo antes, então imaginava ser seu corpo se recuperando, reagindo a tanta dor. Depois de aferei sua pulsação o rapaz vai atras de remédio para dor, quando volta a bolsa de sangue já tinha acabado, ela já estava com seu volume de sangue estabilizado, o médico tira a bolsa, colocando soro com a medicação, por a medicação estar sendo manipulada via intravenosa, Kori sente minutos depois o efeito do remédio, já se sentindo muito melhor, repousa as mãos em cima do abdomen, já que a mesma estava deitada, estava extremamente aliviada por não mais sentir dor. O médico posiciona ao lado de sua cama, olhando em seus olhos, O.K. o que era tudo aquilo a moça estava sentido? Kori não sabia.*

- Certo. Estava correndo na floresta, me exercitando e enrosquei em uma raiz que estava fora do solo e sai rolando... Só vi os cortes nos braços, então vim correndo para o hospital apenas para limpa-los, mas acho que foi bem pior que isso, não?

*A moça estava se referindo ao corte na cabeça, na hora ela não sentira por esta com o corpo quente.*

*O rapaz fica um pouco surpreso, com a reação da moça, apesar de não ser algo difícil de notar, normalmente as pessoas não são tão diretas e falam da sua heterocromia, assim tão na cara, ele sorri e diz.*

- Não se preocupe com isso já aconteceu...

*Mal ela poderia saber que aquilo estava relacionado com sua descendência youkai. Depois de ouvir a historia sobre o acidente dela, poderia ter sido algo bem pior, mas ela teve uma ação rápida.*

- Sim esse seu corte na sua cabeça apesar de não ser profundo foi grande, você perdeu muito sangue pelos seus cortes, sua pressão diminuiu e você acabou desmaiando. Sabe a senhorita teve sorte de ter conseguido chegar tão longe.

*Faz uma pequena pausa, pegando a ficha da moça e dando uma olhada, em seguida ele olha o soro, estava na metade, e o medicamento parecia fazer efeito na moça, então ele volta para ela e diz.*

- Assim que a senhorita estiver melhor vamos fazer alguns exames, para saber se você não fraturou nada ou se não aconteceu alguma coisa mais séria, ok?

*Kori percebeu o rapaz ficando um pouco surpreso com sua reação inicial em relação aos olhos do doutor, ficando um pouco encabulada, mas ele começa a falar para não se preocupar, a moça abre um suave sorriso. Balança suavemente a cabeça positivamente ao escutar o doutor explicando sobre seu corte, Kori suspira.*

- Creio que o senhor ira me ver com frequência aqui, sou muito desastradas e estou sempre me machucando. O estranho que me saio bem em esportes, mas é me distrair por um minuto que me machuco ou derrubo algo. Foi o que aconteceu dessa vez, estava correndo a quase uma hora, me distrai um minuto com alguns alunos que estavam pelas redondezas e abri minha cabeça.

*A moça solta uma leve risada, fazia tempo que não se machucava tão feio como agora. Balança positivamente com a cabeça com o que o rapaz disse, ela já conhecia todo o procedimento e exames necessários de cor.*

- Me mantendo com os analgésicos eu ficarei ótima. Já me machuquei muito e de certa forma me acostumei com a dor, mas dessa vez não deu para aguentar.

*Volta a abrir o sorriso suave, estava achando aquilo engraçado, tinha se arrebentado no chão, aberto a cabeça bem no feriado. Que sorte hein! Ela sabia desde o começo que não estava com as suas roupas e estava com aquele roupão de hospital, olha para o médico e fala com o mesmo.*

- O senhor sabe onde foi parar as minhas roupas? Preciso de meu celular que estava no bolso da calça.

*Ela precisava ligar para Kenta avisando que o encontro deles tinha que ser adiado, pois hoje ela não sairia do hospital, ao receber o celular lembra que não tinha o celular do rapaz, sabia que o hospital tinha ficha de todos os funcionários e o médico ali poderia lhe ajudar.*

- Se o senhor não se importar, preciso de uma ajuda. Combinei com um amigo de encontra-lo hoje, mas sei que hoje não saio daqui. Poderia ver a ficha dele e pegar o número de celular do mesmo para mim? Ele se chama Kawamura Kenta, professor de Química. Por favor.

*Fica um pouco assustado com o tal histórico da moça, não queria vê-la outras vezes nessa situação, preferia que se fosse encontrá-la seria fora daquele hospital.*

- Espero que possa te ver outras vezes, mas fora daqui... Não precisa me chamar de senhor, não sou tão velho assim, meu nome é Nakayama Yukito.

*Não percebe que aquilo que ele havia falado poderia ser uma cantada ou um convite para sair com a moça. Então a moça percebe que não estava com sua roupa e pede o seu celular, precisava ligar para uma pessoa e avisar que estava ali.*

-Bom sinto em lhe dizer que suas roupas não estão mais aqui, porém seus pertences estão guardados... Espere um momento.

*Ele vai até a recepção, pede o celular da moça, volta para o quarto e diz.*

-Desculpe a intromissão, mas eu precisaria saber qual a sua relação com o professor, bem temos algumas normas aqui e eu não posso passar dados pessoais para outras pessoas. Se não se importar eu posso pedir para uma enfermeira ligar para ele avisando que a senhorita esta aqui. Mas aqui está o seu celular.

*Entrega o celular para a moça e fica esperando a resposta dela.*

*Kori não leva a frase de Yukito para outro lado, como se tivesse dado uma cantada ou a chamando para sair, afinal ela era besta para essas coisas, Kenta quase esfregando na cara dela e ela nem percebeu.*

- Olha doutor, me conheço a 25 anos, vamos nos encontrar fora do hospital, claro. Mas com certeza voltarei aqui. Não com machucados como esse [Espero], mas para limpar um arranhãozinho aqui, outro ali.

*Escuta sobre as suas roupas e lembra de uma aluna de emergência que assistiu em um cursinho que fez, provavelmente eles estavam no lixo agora. Enquanto Yukito saia para pegar seu celular a moça faz um comentário, rindo suavemente.*

- Já tenho poucas camisas e calças e perdia as melhores que tinha.

*Yukito volta com seu celular, mas lhe informa que se Kenta não fosse nada dela, não poderia entregar o que ela queria, ela pega seu celular, o colocando do lado do corpo.*

- Ele é apenas um amigo, mas combinamos de nos encontrar hoje. Imagino que ser amigo não basta para você me entregar o número dele, então por favor poderia pedir para alguma enfermeira avisa-lo que estou aqui.

*Yukito fica um pouco sem graça por ter "estragado" a roupa da moça, então ele fica imaginando como compensá-la, talvez ele a convidasse para ir comprar algo com ela, mas achou melhor não fazer isso, ela poderia achar que ele estava querendo alguma coisa com ela, não seria esse o motivo, então ele fica pensando parecendo um pouco distraído, até que a moça pedindo que ele ligue para o professor avisando que ela estava ali, ele sorri e diz.*

- Está certo, irei pedir para alguém informá-lo... Bom se me der licença, irei marcar alguns exames para você fazer, daqui a pouco virá uma pessoa para te acompanhar, assim que terminar-los eu volto para conferir certo? Até daqui apouco senhorita Ishikawa.

*Sai do quarto da UTI e volta para a recepção.*

*O médico parecia distraído, até que começa a explicar algumas coisas para Kori, a mesma fica balançando a cabeça positivamente com tudo que ele diz. Minutos depois de Yukito sair, uma enfermeira chega acompanhando Kori para vários exames diferentes, ela ainda não gostava de ficar andando com aquele roupão de hospital, mostrava seu bumbum e aquilo era constrangedor, então ela anda a todo momento segurando atrás, para não aparecer. Primeiro ela vai fazer uma radiografia da cabeça e do braço, logo depois um eletromiograma e por fim uma ressonância magnética, a moça já conhecia todos esses procedimentos muito bem, fizera eles mais de 5 vezes em sua vida, mais vezes que uma pessoa faria em sua vida inteira até a morte, mas para uma moça desastrada, aquilo era necessário. O hospital estava vazio, então os procedimentos foram rápidos, logo Kori estava de volta para o quarto, deitasse na cama, pega seu celular e manda uma mensagem para seu pai e sua mãe, sempre que ela sofria algo, tinha que avisar eles, a resposta deles não foi de surpresa, só pediram para se concentrar mais no que estava fazendo para não ir para o hospital de novo. Depois disso, a moça deixa o celular do seu lado, ligando a TV com o controle remoto, fica trocando de canal sem parar, mania herdade de seu pai, até que deixou nos desenhos, estava passando Bob Esponja Calça Quadrada, Kori era uma criança ainda, amava desenho e se divertia com eles, não gostava de jornal, porque em sua opinião só passava tragédia, parecia que o mundo era feito de tragédias, coisa que não é verdade, e a aquela hora da manhã não passa filme, então ficou ali se divertindo com o Bob.

*Depois de um tempo Yukito recebe todos os resultados dos testes ele da uma breve analisada e não acha nada de anormal, então ele vai até o quarto a onde estava a Kori, bate na porta pedindo licença e entra com os resultados não mão, acaba sorrindo, não iria imaginar que aquela moça estaria assistindo desenhos, enfim ele se aproxima da moça e diz.*

- Bom pelo resultado dos exames, está tudo ótimo com a senhorita, não houve nenhuma fratura ou contusão mais seria, apenas uma leve torção no seu punho...

*Ele vai até o armário ao lado e pega uma daquelas luvas com tala e vai até a Kori.*

-Com licença.

*Ele pega na mão dela e cuidadosamente coloca a luva prendendo-a bem.*

-Não está muito apertado, ou está?

*Espera a moça responder, em seguida diz.*

- Bom se a senhorita quiser ficar mais um pouco aqui por precaução sinta-se a vontade, pode pedir para que uma enfermeira traga algo para você comer, mas caso queria sair e descansar em outro lugar também está à seu critério.

*Por fim ele pega uma bloco de papel e a nota alguns procedimentos para a moça.*

- Caso tenha dores tome esse remédio aqui, é importante que você repouse por hoje, apesar de não ter sido grave a senhorita bateu a cabeça, e feriu algumas partes do corpo, aplique também um pouco de gelo nessas áreas. Se precisar de mais alguma coisa pode falar, está bem senhorita Ishikawa Kori?

*Fica mais um pouco esperando pela resposta da jovem professora.*

*Estava acabando de assistir As Três Espiãs Demais quando Yukito entra no quarto pedindo licença, ela cora um pouco ao ver que o medico sorrindo pela cena dela assistindo desenho, ele se aproxima com os resultados na mão, falando que tinha dado tudo certo, menos o punho que teve uma leve torção, ela não sentia a dor por estar dopada com remédios para dor, mas se no exame saiu isso, porque era verdade. Ele vai até o armário pegando uma munhequeira com tala, pede licença e pega na mão da moça pondo a luva, seu coração volta a bater um pouco mais rápido novamente sentindo aquele toque, agora ela não entendi do porque estar daquele jeito, apenas fica o olhando fixamente.*

- Não está não, está bom.

*Em seguida o médico começa a falar algumas coisas, ela tinha batido a cabeça e estava com pontos no local, ela sabia muito bem os procedimentos, então decide ficar lá aquele dia e no outro iria para o quarto.*

- Se não se importar vou ficar por aqui hoje, sei quanto é grave bater a cabeça como eu bati e meus pais iriam vir aqui só para me por de volta no hospital se eu saísse. Amanhã cedo prometo ir embora.

*Ela ri suavemente de novo, mas era verdade, pela batida na cabeça, os pais dela iriam lá só para leva-la de volta para o hospital. Por fim Yukito pega um bloco e papel e anota algumas coisas, a explicando enquanto escrevia, Kori pega o papel e coloca junto com seu celular.*

- Sim, está bem. Obrigada.

Ishikawa-san!

*É o que brada logo que entra no quarto, ofegante. Vê que ela estava numa cama com a cabeça enfaixada, e um homem de jaleco de pé ao lado dela, provavelmente um médico ou enfermeiro, mas não liga muito para ele. Estava muito preocupado com o estado de Kori.*

O que aconteceu com você?

*Pergunta enquanto se aproxima da cama, parando ao lado de Yukito. Sua expressão era visivelmente de preocupação e aflição.*

*Fica feliz com a resposta da moça parecia ter um pouco de juízo e resolve ficar um pouco mais por lá.*

- Não se preocupe não há problema nenhum em ficar por aqui, bom vou pedir para que lhe sirvam algo para comer, caso precise de mais alguma coisa só apertar aquele botão ali que uma enfermeira irá vir para lhe atender. Por hora apenas descanse.

*Ele pega a coberta que estava dobrada na ponta da cama e puxa cobrindo as pernas da moça, em seguida ele se vira e nota um rapaz chegando, parecia que era o tal professor amigo da moça, então ele ignora o médico e fala com ela, apesar disso Yukito fala com toda calma e tranquilidade, gostaria de manter aquela paz no quarto.*

- Acalme-se rapaz, ela não corre nenhum risco, apenas precisa descansar, agora se me dão licença deixarei os dois a sós para conversar...

*Sai do quarto e vai em direção a recepção mais uma vez.*

*Ela tem juízo e de sobra, só é desastrada `-´. Yukito fala que não tem problema de ficar ali, ela concorda em tudo que ele diz, ele vai até a ponta da cama, onde o coberto estava dobrado e cobre as pernas da moça. Logo em seguida Kenta chega todo afogado, falando alto o nome dela, Kori se assusta um pouco, o médico pede para Kenta se acalmar, que ela não corria risco, apenas precisava descansar e o médico sei do quarto. Ela olha para o rapaz, ele estava visivelmente preocupado e aflito.*

- Se acalme Kawamura-kun. Eu estou bem. Acordei cedo e fui correr na floresta, me distrai, enrosquei em uma raiz que estava para fora do solo e sai rolando.

*A moça cora com a situação.*

- Desculpa por não sairmos hoje... E desculpa por ontem...

*Logo em seguida uma enfermeira entra no quarto com uma bandeja, nela tinha caldo verde, suco de saquinho de laranja, uma gelatina de framboesa e os talheres. Ela o põe em uma mesinha e ajuda Kori a se sentar, coloca a bandeja na cama e sai.*

(Desculpa mesmo pelo atraso =.=)

*Kenta fica mais aliviado quando o médico confirma que ela estava bem.*

Não tem do que se desculpar, Ishikawa-san. Isso não foi sua culpa...

*Queria poder fazer algo pela moça, mas sabia que era melhor deixar este assunto para os médicos e enfermeiros do local. Kenta puxa uma cadeira e se senta próximo a cama de Kori, para conversar melhor com ela.*

O que aconteceu exatamente, Ishikawa-san?

*A moça estava comendo quando escuta a pergunta de Kenta, ela para de comer e olha para ele, com o que o rapaz quis dizer com "O que aconteceu exatamente"? Ela já tinha explicado o que tinha acontecido, porque ele não acreditou? Ele pensa que Kori esta mentindo? Porque? A moça o olha confusa e um pouco chateada.*

- Eu acordei cedo, me arrumei e fui correr na floresta, corri por mais ou menos uma hora, escutei vozes e quando olhei eram alunos. Nesse momento que me distrai com os alunos me enrosquei na raiz de uma arvore que estava para fora do solo e cai. Não percebi o corte na cabeça, mas vim para o hospital para limpar os cortes no braço, desmaiei com a perca de sangue e acordei já trocada, limpa e com o corte na cabeça fechada. Foi isso.

*Kori olha para frente, fingindo assistir TV e volta a comer.*

Entendi... Eu entrei em pânico na hora e mal ouvi o que estavam falando, agora que estou mais calmo é que compreendi. Me desculpe.

*Kenta percebeu que fizera uma pergunta desnecessária e que provavelmente chateara a moça. Meio encabulado, ele decide tentar animar um pouco as coisas, mesmo sem saber se daria certo.*

Bem, esse foi o pior tropeço que eu já ouvi falar, hahaha...

- Tudo bem.

*E volta a sorrir para o rapaz, não era de se impressionar a preocupação do mesmo, Kori quase rachou a cabeça no chão. Ri com Kenta, realmente, seu tombo foi feio.*

- Melhor ir se acostumando, sempre me machuco. Sou o desastre em pessoa hahaha Mas realmente, esse tombo foi feito.

*Logo que Kori termina de falar seu celular toca, era uma mensagem de sua mãe perguntando como ela estava, a moça rapidamente a responde dizendo que estava bem, mas passaria a noite no hospital.*

Hahaha, então vou ter muito trabalho.

*O rapaz deixa seu sorriso desaparecer aos poucos. Não havia muito mais que ele pudesse fazer ali. Ela agora estava em boas mãos, por isso achou melhor não incomodá-la mais.*

Bem... *Disse, se levantando* Vou te deixar descansar agora, Ishikawa-san. Tente dormir um pouco, lhe fará bem... Ah, e qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, é só ligar pra mim que eu virei o mais rápido possível, ok?

*Kori ficou boiando e olha para o rapaz confusa mais feliz... Vai entender essa mistura de sentimentos.*

- Por que você vai ter muito trabalho?

*Tempo depois o sorriso do rapaz desaparece ao poucos e ele vai se levantando, falando algumas coisas.*

- Não precisa se preocupar Kawamura-kun... Vou ficar assistindo os dese... *Kori percebe que ficaria com cara de infantil dizendo que assistiria desenho, então ela tenta fazer uma cara de "pessoa séria".* - Digo, as noticias do dia... Depois vou descansar...

*Mentira! Ela vai assistir noticia nenhuma, ela detesta assistir jornal, em sua opinião, só passa tragédia nesses programas. Logo em seguida ela acaba de comer, empurrando a bandeja para longe, e colocando as mãos na barriga, estava ótima a comida do hospital.*

* Entrava no quarto após bater na porta umas duas vezes. Percebia que havia outro professor ali, mas ele parecia de saída. Dava mais uma lida por cima nos relatórios e se aproximava da professora com um sorriso bem receptivo e meigo. *

- Desculpa se eu atrapalhei em alguma coisa, mas eu precisava ver como a professora aqui estava.

* E após uma pequena risadinha, colocava a pasta em cima de uma mesinha e se aproximava da professora, notando que ela, com certeza, já está bem melhor e bem cuidada. *

- Como isso aconteceu, Ishikawa-san? Ah, sou Okamoto Shizuka, médica daqui. Prazer.

(Vocês não deviam esperar eu postar, sério.)

*Kenta ri com o comentário de Kori, percebendo suas reais intenções sobre o que assistir. Por fim, despediu-se da professora e também da médica que chegava ali, saindo do quarto e do hospital.*

(Mas eu esperei '-')
*Vê Kenta saindo e uma médica entrando, antes de responder a médica, Kori acena para o rapaz, essa era a pior parte para a moça, repetir para todo mundo o que tinha acontecido, ela realmente não gostava de fazer isso.*

[Acho que vou fazer folhetos e distribuir na academia... Isso, boa ideia... Preciso de um lápis e um papel para começar a fazer...]

*A moça para de pensar por um momento, parecia que a surgiu a luz.*

[No relatório tem o que aconteceu, tenho certeza que o médico com heterocromia escreveu, então posso pedir o relatório emprestado e tirar xerox... Se tem no relatório, então porque essa doutora está perguntando, mesmo?]

*Kori suspira, realmente ela não gostava de repetir o que aconteceu, mas repete, dessa vez, e fala exatamente o que falou para Kenta.*

- Eu acordei cedo, me arrumei e fui correr na floresta, corri por mais ou menos uma hora, escutei vozes e quando olhei eram alunos. Nesse momento que me distrai com os alunos me enrosquei na raiz de uma arvore que estava para fora do solo e cai. Não percebi o corte na cabeça, mas vim para o hospital para limpar os cortes no braço, desmaiei com a perca de sangue e acordei já trocada, limpa e com o corte na cabeça fechada. Foi isso. Ah e prazer doutora, Okamoto-san.

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