-Quarto 140

-Este quarto está registrado no nome de Hiiragi Miho.

*Miho chega no seu quarto, tranca a porta e tira os sapatos, jogando-os num canto qualquer. Assustada e revoltada ao mesmo tempo, a garota queria saber o que a fornicação havia acontecido na noite anterior que ela não se lembrava de NADA. Ela não bebera, não se drogara, não estava com ninguém. A última coisa que ela lembrava era de sair da sala de aula no dia anterior, que fora o último letivo no seu primeiro ano e não tivera porcaria nenhuma além de atividades extras de clubes, e ela passara esse tempo todo lutando boxe. Lembrava-se do sol se ponto, lembrava-se de estar caminhando na direção dos dormitórios e... BLAMPO, de repente suas memórias escurecem e se tornam totalmente embaçadas, só retornando na hora que ela acordou no almoxarifado externo, trancada, sendo resgatada pelo tiozão random responsável pelo local.*

-Preciso ter certeza de TUDO!

*Miho então tira suas roupas por completo, fecha as janelas e cortinas e, de pé, no meio do quarto, nua, começa a tocar seu corpo inteiro. Parecia estar tudo "certinho e no lugar", ou seja, ninguém abusou de Miho ou lhe maltratou. Parece que fizeram aquilo só pela piada mesmo, deixando uma garota num lugar escuro sozinha e... Porra, que tipo de senso de humor é esse!? Jogar uma garota sozinha e sem memórias em um canto escuro e minúsculo por uma noite inteira, trancada!? Cerrando os punhos, Miho abriu o seu armário e pegou roupas íntimas novas, vestindo-as, e depois colocando da mesma forma desleixada de sempre, o seu uniforme agora com a gravatinha de segundanista. Deixando os cabelos soltos como sempre, Miho pegou sua mochila, deixou preparada e ficou por lá preparando algo pra comer. Estava com fome... mais que o normal.*

*Depois de matar a ~~larica~~ fome que a assombrava, Miho joga a sua maleta com quase nada dentro nas costas e sai do quarto após calçar seus sapatos, desleixada, deixando-os parcialmente desamarrados. Tranca a porta após sair.*

*Miho retorna para o seu quarto depois de um dia realmente conturbado. Dormira no jardim enquanto o evento mais importante do início de ano acontecia, fora perturbada por uma infinidade de pessoas durante a tarde, inclusive o professor de Artes, Mizuiro Yukio. Discutira com meio mundo, fora matar a fome na cafeteria e estourara a fuça de dois vermezinhos metidos a gente. Satisfeita com o resultado das brigas, ela apenas se preocupava na punição que Hansha poderia levá-la a ter no dia seguinte levando-a para a diretoria ou algo do tipo. Foi tomar banho, saiu cheirosinha parecendo até menininha fofinha, vestindo um pijaminha cor de rosa com coelhinhos pretinhos. Já tinha comido Katsudon o suficiente na cafeteria a poucos minutos, então simplesmente escovou os dentes, apagou as luzes e, tacando o "foda-se" para os problemas que poderiam ser acarretados daqueles últimos eventos, capotou no seu colchão envolta de edredons macios.*

*Miho acorda com a maior preguiça do mundo e se levanta com vontade de deitar de novo. Alguma coisa, no entanto, parecia forçá-la a querer ir para a aula naquele primeiro dia. Vai que coisas acontecem de forma mais interessante, não é? A garota então se arruma da mesma forma desleixada como sempre, deixa seus imensos cabelos soltos e, sem comer nada, calças suas botas e joga sua maleta nas costas, saindo do quarto logo depois.*

*Miho entra no quarto e deixa a porta aberta para Kain. Seu quarto estava uma bagunça, com coisas aleatórias jogadas sobre tudo, inclusive roupas, uniformes e até peças íntimas. Não se importando uma singela foda com isso, ela entrou no lugar apenas abrindo o espaço necessário entre a porta e sua cama.*

-Se quiser comer ou beber alguma coisa se vira. A geladeira tá ali.

* Entrou nem ligando pra bagunça, normalmente seu quarto também é uma zona, até pior que essa de vez em quando, só não tá assim agora porque ele não teve tempo de arrumar as coisas direito. Como dito no post do corredor, Kain não fechou a porta, então só foi até uma parte mais "livre" de bagunça do chão, e ali se sentou. O mais legal é que ambos ainda não haviam se apresentado, so. *

- Kain Verbeuren, by the way. 2-A.

* Apoiando seu cotovelo sobre um dos joelhos, deixou sua cabeça praticamente deitada em sua mão, meio que olhando pro nada, até que BUUUUUUURRRRPPPPP, le wild roncada de estômago monstra appears. *

- ... Não sou mal educado o bastante pra abrir a geladeira, 'cê podia ser um pouco mais grata e me dar alguma coisa pra comer.

* Não é tão mal educado, já falando de forma mal educada, tendi isso aí. *

-Folgado.

*Você faz o cara sair da rotina noturna dele pra ir pro seu quarto porque você teve medinho de dormir sozinha depois de um sonzinho de fantasma bizarro e o folgado é ele por te pedir pra lhe servir algo como anfitriã. Entendi isso também.*

*Miho vai até a geladeira e pega um pacotão de queijo. Abre o freezer e pega hambúrgueres congelados. Joga numa frigideira que devia estar lá a uns quatro dias de tanto óleo já endurecido, frita por uns dois minutos e joga em duas fatias de pão de forma, com o queijo já derretido. Havia acabado de fazer dois X-Búrgueres bem escrotos, mas o suficiente para matar a fome. BTW não estavam nem um pouco ruins de gosto, muito pelo contrário. Ela sempre foi uma negação na cozinha, mas para coisas básicas ela sempre foi ótima por causa da sua praticidade.*

-E não ~~chora não, puta~~ reclama.

*Serve o ruivo, dando uma mordida absurda no seu sandubão também. Só não era mais cracudo que o Kissanduba do budengas, mas isso é um outro detalhe que não precisa ser citado aqui agora, e tal.*

-Hiiragi Miho.

* Resolveu ficar quieto sobre o "folgado" de Miho, sabia que se retrucasse poderia acabar começando uma discussão daquelas bem gostosas de se participar, mas sua fome era tão grande e o sono também estava vindo com tudo, que Kain apenas relevou e ficou esperando o hamburguão sair logo. O cheiro tava mo bom e pá, o que fazia seu estômago roncar ainda mais, até que Miho o entrega aquela parada no pão que não parecia ser muito comestível. Com um pé atrás pra comer aquilo lá, o ruivo ficou esperando ela dar pelo menos uma mordida no dela e não morrer. *

- Então... quer me contar o que te deixou tão cagada assim?

* Ficou olhando para ela, esperando uma resposta, até que viu que a mesma não morreu depois de dar uma dentada monstra no hamburgão, então fez o mesmo. O gosto e a aparência realmente não condiziam. *

*Miho fecha a porta finalmente, que estava aberta até agora. Já terminava de comer o seu sanduíche quando o ruivo então pergunta o motivo pelo qual ela estava com tanto medo assim. Ela não sabia exatamente como explicar, afinal de contas era algo totalmente bizarro para ela que ela de fato não fazia ideia do que se tratava. Sentou-se sobre sua cama então em uma postura que parecia mais de moleque do que o próprio ruivo estava naquele momento.*

-Eu tava lá no átrio, perto daquela estátua velha do coroa gagá que já morreu. De repente, do nada, a gente ouviu um grito bizarro enquanto um vento começou a rodear tudo lá. O vento me gelou até a espinha, com certeza tem algo bizarro por lá. Agora to com medo de vir o capiroto do inferno e puxar meu pé pro limbo do mal.

* Até o final da história de Miho, Kain já tinha comido o hamburgão bolado inteiro, mas não deixou de prestar atenção nas palavras da garota. Como ainda não conhecia o átrio, não sabia da estátua que ela falava sobre, não sabia se era um lugar fechado ou se tinha algum sistema de som que poderia ter feito esse barulho todo, então foi na onda de Miho e passou a achar que realmente era um fantasma. *

- Levando em conta o que a academia é e pro que ela serve, não acho que seja muito difícil ela ser inteiramente mal assombrada...

* Soltou um arrotão maneiro depois do que disse e se deitou ali no chão mesmo, fechando os olhos quase que ao mesmo tempo em que sua cabeça toca o chão, e bocejou. *

- Well, whatever, eu tô aqui com você, não precisa mais se preocupar. Se alguma coisa aparecer, a gente queima até não sobrar mais nada. Se importa se eu te chamar de Miho?

-Eh? M... Me chama do que quiser, não ligo.

*Ela não sabia se se espantava mais com o arrotão ou com o fato dele estar quase dormindo ali no chão mesmo. Tocando o foda-se - afinal agora se ela fosse pro inferno pelo menos não ia mais sozinha - ela foi até o banheiro, trocou suas roupas para um pijama todo preto com estampas de cenourinhas, apagou as luzes e deitou na cama. Realmente não tava nem aí pro cara dormir no chão.*

-Bem... Obrigada. Se alguma merda acontecer, amanhã a gente acorda no inferno e divide uma cerveja com satanás.

*E virou para o canto visando dormir.*

* O sono tava tão grande que Kain nem se ligou que Miho trocou de roupa e apagou a luz de começo, um tempo depois que tudo ficou em silêncio, o ruivo se deu por conta de que estava quase dormindo ali no chão mesmo, Miho aparentemente não estava nem aí e pretendia deixá-lo lá, mas não, já basta ter saído de seu quarto, ir cuidar de uma estranha despeitada e ser desrespeitado, ele realmente NÃO iria dormir no chão. *

- ... Ow, cê não pretende me deixar dormindo no chão mesmo né?

-Cê tá vendo outro colchão por aqui? O que pretende que eu faça?

*Miho realmente não tinha um pingo de sensibilidade para esse tipo de coisa. Semancol sdds.*

- That's not gonna happen.

* Já ia se levantando enquanto falava, não tava nem aí se ela iria falar merda, chegou perto da cama empurrou Miho de modo grosso e também se deitou na cama, ficando de braços cruzados ali ao lado dela. *

- Eu NÃO vou dormir no chão.

-O-OOY! O QUE CÊ PENSA QUE TÁ F~~

*Empurrada pro canto e de repente tendo um cara ruivo aleatório com cara de mal e braços cruzados sobre o mesmo colchão, Miho se espanta a ponto de ficar sentada na cama por quase uns dois minutos em silêncio. Estava estupefata que alguém pudesse fazer tal coisa. E o pior: ela não confiava nesse cara nem pra dormir no chão dela, talvez, pois acabara de conhecê-lo. Ele ainda queria dormir na sua cama JUNTO com ela!? Ah... Então a gente tem que ser dócil, já que ele parece ser bravo.*

-Então vai tomar no seu cú!

*E saiu da cama, levando o edredom consigo. Deitou-se no chão mesmo, usando umas roupas aleatórias pra fazer de travesseiro. "Você fica com o colchão, mas eu fico com a coberta!". Não é como se o corpo dela fosse frágil pra acordar com torcicolo depois de algumas horinhas no chão, também.*

* Ficou de boa lá no meio tempo em que Miho ficou sentada na cama, o ruivo parecia realmente não ligar pro que ela faria, até que aquele "Então vai tomar no seu cú!" é solto, Kain ficou tão espantado quanto ela a momentos atrás, não sabia se começava a rir ou se xingava Miho de volta, então ficou lá, tentando segurar o riso. Resolveu nem responder pra evitar mais xingamentos alheios, e não era como se fosse passar frio sem um edredom ou algo parecido, então simplesmente fechou os olhos e tentou dormir pelo menos um pouco, visto que logo amanheceria. *

* Por algum motivo desconhecido, Kain acabou acordando mais cedo do que o normal apesar de ter dormido bem, fato realmente estranho principalmente pro rei da soneca. Viu que já havia amanhecido e que era melhor sair de lá logo, Miho provavelmente não teria tanto medo sob a luz do sol mesmo. O ruivo então se levantou e com todo o cuidado do mundo, pegou Miho no colo, fazendo o máximo para não acordá-la, e então a largou na cama. Sim, delinquentes irlandeses também sabem ser cavalheiros de vez em quando. Então saiu de lá completamente em silêncio, indo direto pro seu quarto. *

*Miho acordou de repente no seu quarto, com a porta fechada, sozinha, com o sol batendo na cara e em cima da sua cama. Achou aquilo bizarro. Deu um salto e olhou pra tudo quanto é lado, não encontrando Kain em lugar algum. Percebendo que fora deixada sozinha, só não reclama porque voltara para a cama. Porém, exatamente por estar na cama, todo o sono que tivera no chão desconfortável parecia se acumular naquele momento. Ela fechou as cortinas, fazendo o quarto voltar a ficar escurinho e jogou o maior foda-se da sua vida para a aula da manhã. #Partiu dormir mais.*

*Miho acordou... As quatro e quarenta da tarde. Perdera todas as aulas do dia, mas olha pra cara dela de quem tá ligando: '-'. Ou seja, ela não está. Levantou-se descansada, espreguiçando bastante, indo até a cozinha e almoçando ali mesmo, com a roupa que estava dormindo, sem se importar nem um pouco com coisas triviais. Tomou um copão de água e entrou no banho. Ficaria ali por alguns bons minutos... Talvez faça alguma coisa no horário de clubes ou a noite.*

*Horáro de clubes, fim de tarde, e ela já estava entediada, quase dormindo de novo. Então vestiu um bermudão meio largo, que nela ficava igualzinho um calção de lutador de boxe, uma camiseta branca normal, sem mangas, e calçou um par de tênis, mantendo seus cabelos presos em um rabo de cavalo. Saiu dali e deixou a porta trancada.*

*Miho chega no seu quarto. Tira os sapatos, solta a ponta dos cabelos, joga suas coisas na cama e tranca a porta. Logo depois disso, tira suas roupas e vai ao banho, demorando bastante naquela ducha fresca.*

-Menina esquisita...

*Pensa ela, a respeito de Miki. Se aquela novata realmente quer ter uma relação de amizade com Miho, das duas uma: ou ela se acostuma com a brutalidade natural de Miho ou Miho muda para se adequar à fofura de Miki... E a segunda opção é praticamente impossível.*

*Não demorou muito após o término do banho de Miho para ela se vestir com um shortinho e uma blusinha, tudo azulzinho, bem folgado e confortável para dormir. Tomou um copão de leite puro - afinal como rezava a lenda, ela queria que certas coisas ali naquele corpo "crescessem" - e secou os cabelos com um secador que tinha guardado. Escovou-os e logo depois apagou as luzes, voando para a cama e apagando de vez. Dormia tão bem que talvez fosse ser bem difícil de acordar amanhã.*

*Miho acordou cedo naquela manhã, por incrível que pareça. Espreguiçou-se por minutos, achando que poderia voltar a dormir, mas seus olhos não se fechavam mais. É, algo nela a fez perder o sono. Levantou-se, tirou os pijamas e jogou em cima da cama desarrumada mesma, vestindo seu uniforme logo depois. Deu uma ajeitada rápida nos cabelos, comeu um pão com manteiga e tomou um copão de leite puro... de novo. Escovou seus dentes, pegou a mochila sem nem saber que materiais tinha ali dentro naquele momento, jogou nas costas e saiu, mantendo a porta trancada.*

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