Kuroike

Relembrando a primeira mensagem :

-Imenso lago com águas avermelhadas. Chamam de "Lago Negro" pois muitas existem histórias macabras a seu respeito.
-Fica no centro da grande Floresta da Academia.

-E você acha que eu não entendi ? Aparências enganam meu amigo, eu sei muito bem disso. E sim eu sei que você sabe, mas e eles ? Como eles se importassem com um magrelo, alto, com uma máscara esquisita?. Bem eu me importaria, afinal um esquisitão com uma máscara mais estranha ainda, sinal que coisa boa não é. E não sou mesmo.

*Riu com o comentário que fez de si mesmo, não havia desgrudado a faca do peito do médico nem por um segundo, ele o olhava com um sorriso no rosto,até que fingiu uma cara de indignação e fez uma voz levemente afetada, porém ainda distorcida.*

-Porque me olha assim? Nem parece que somos os mesmos de algum tempinho atrás. Nem parecemos amigos mais!

*Ele riu de leve novamente, dessa vez desencostando a faca de caça do peito dele e dirigindo sua atenção a mais alguns pedaços de carne, ele pegou alguns pedaços e os atacou como se nada tivesse acontecido. Os pedaços estavam caindo perto do outro lado do lago. Ele foi até uma árvore e cravou a faca de caça lá.*

-Tentarei seguir seu plano, ser bonzinho, não chamar a atenção e...foda-se.

*Então, se aproximou por trás de Hideki e quando estava perto o suficiente dele, chutou sua perna, o derrubando e rapidamente, com uma das mãos segurou o topo da cabeça dele, já com a outra mão ele o segurou pelo queixo, como se fosse quebrar seu pescoço, porém o não fez.Apenas o segurou firme enquanto ria.* (A off não sabe descrever muito bem essa pose, então entendam que era uma pose que servia pra quebrar o pescoço do cara. -Q)

-Se eu quisesse te matar... Bem espero que tenha entendido. Perna, cabeça, queixo, a vida da pessoa em suas mãos.

*E o soltou, caminhou até a árvore onde a faca de caça estava e a pegou, logo após ''acenando'' para os dois com ela.*

-Caso queira continuar o jogo, peça para Shizuka jogar com você, ou se preferir, digamos que você tenha ganhado, até a próxima.

*Voltou a colocar sua máscara e sumiu entre as árvores.*

- Problema deles se não sabem ou não ligam, não concorda? Também pouco me importo com qualquer um deles ou, na verdade, pouco me importo com qualquer coisa. Certamente que boa coisa não é, mas é isso o que eu acho divertido. Ser bonzinho não tem graça nenhuma.

*Voltou a sorrir daquele modo bastante irônico que fazia normalmente e quando Hayato o questionou sobre a "amizade" deles, não se aguentou e começou a gargalhar muito alto. Amizade era uma palavra tão fora de contexto entre esses dois que chegava a ser engraçado. Mas, de qualquer maneira, melhor que fosse uma amizade por conveniência ao médico.*

- Mas é claro que somos amigos ainda. Sou tão seu amigo que te conseguirei algo que você precisa. Amanhã passe lá no hospital e me procure que te mostrarei o que é.

*Apenas o observava, tirando a faca de seu peito, jogando mais pedaços de carne no lago, cravando a faca na árvore. Prestou atenção em tudo, não desviava os olhos do rapaz um segundo sequer. Até ele resolver lhe fazer essa "surpresa" que convenhamos que foi um pouquinho desagradável para o médico. Mas ele continuou não movendo um músculo. Se mover e resistir era para quem tinha medo de morrer, o que ele não tinha. E manteve o sorriso o tempo todo, como se nada estivesse acontecendo com ele.*

- Certo, entendi. É um bom golpe, talvez ele seja útil para aplicar em alguém que se queira matar. Certamente vou me lembrar disso.

*Foi solto e logo depois Hayato foi embora, sumindo entre as árvores da floresta. Assim que desapareceu de sua vista, o sorriso de Hideki desapareceu na hora, ficandocom uma cara muito séria e "morta", como se expressasse "Pronto, fim do show, agora chega de fingir." Se levantou do chão, foi até a margem, pegou o saco preto com o que restava da "munição", amarrou firme a ponta e também uma pedra um grande para fazer peso e afundar logo. Fez todas as bonecas sumirem ,menos Alina, que manipulou para que pegasse o saco preto e fosse até o meio do lago, jogando-o ali e terminando de vez com aquilo.*

- Pronto, fim da enrolação. Vamos voltar para o hospital.

*Disse para Shizuka que ainda encarava tudo aquilo sem reagir muito. Hideki arrumou o cabelo, deixando tudo alinhado novamente, deu umas batidas em sua roupa para tirar a sujeira e o amassado e pronto, estava impecável como deveria. Andou até Shizuka e, pegando ela pelo pulso, a puxou pela floresta a caminho de volta ao hospital.*

*Do meio de toda a escuridão que tomava conta da floresta, Hideki surge, chegando ao Kuroike. A Floresta e o Lago com certeza já eram seus lugares favoritos na academia, obviamente a noite, que era quando sentia aquele lugar ser tomado por uma energia muito sombria, mas que era bastante confortável para o nosso querido médico maluco. Ele não queria ir para o seu quarto, seria muito fácil de ser encontrado, então pensou em se embrenhar pela floresta e ir para um lugar mais inesperado. Talvez um grande navio que apareceu no meio do lago, o qual sabia que pertencia a um tal de clube pirata que foi formado na academia. Aquele navio, agora com toda essa ambientação sinistra, um céu avermelhado e cheio de relâmpagos, e com um misterioso acontecimento que parecia ter congelado a todos pela academia, parecia perfeitamente um navio fantasma, completamente vazio. Hideki se aproximou da embarcação, ouvia-se apenas o ranger da madeira e um leve assobio que as frestas nas janelas e portas geravam. Nesse momento parecia o lugar perfeito para ficar sozinho, se concentrando em suas pesquisas. A porta estava trancada como era de se esperar, mas Hideki dava seu jeito, fazia seus truques, e não demorou muito para conseguir abrir a passagem e entrar no Bucaneiro.

*Antes de sair do Bucaneiro, Hideki observa bem os arredores do lago, verificando se não havia ninguém que pudesse vê-lo ou aborda-lo. Tudo limpo, o médico sai do barco e cruza as margens do lago, se embrenhando na Grande Floresta e desaparecendo por entre as árvores.*

*Novamente foi cauteloso antes de aparecer nas margens do lago, queria evitar ao máximo ser visto zanzando por ali. Depois de verificar que estava tudo limpo, ele sai da escuridão da floresta e anda apressado até o Bucaneiro, entrando na embarcação sem demora.*