Biblioteca

-Grande biblioteca bem organizada e equipada com livros e materiais de vários tipos.
-Fica no primeiro andar da academia, mais isolada, para ser silenciosa.

*Kotone entra na Biblioteca apesar de estar precisando ir para o Auditório Nobre para a Cerimônia d Abertura. Percebera que a Biblioteca era um dos lugares que estavam um bocado diferentes, com algumas prateleiras novas, mesas reformadas e cortinas mais escuras do que as antigas. Claro, isso sem contar no acervo de livros que obviamente era maior do que o de quatro anos atrás. Vendo que estava sozinha ali, acabou por pegar um livro aleatório sobre Cinema, lembrando-se de Keita. Sentando-se sobre uma cadeira qualquer, recostou-se por alguns minutos e acabou mergulhando completamente no conteúdo daquele livro.*

*Imersa naquele livro tão aleatório para ela, Kotone resolve finalmente olhar o relógio do seu celular, dando um salto da cadeira. Levanta-se de sopetão, causando até um baque opaco na biblioteca inteira, ecoando, agradecendo ao acaso por não ter ninguém lá graças ao evento para o qual ELA, a diretora, estava atrasada. Deixando o livro ali em cima mesmo, Kotone pega sua bolsa e sai correndo dali, com pressa.*

- Nossa.. Que silêncio esquisito..

*Era estranho para Kirara estar em uma biblioteca aquela hora da noite. O lugar estava completamente vazio e escuro, e parecia até um pouco sombrio devido ao silêncio que pairava ali. Kirara então fecha a porta atrás de si e acende algumas luzes, só para conseguir se localizar.*

- Bom... Não vou demorar muito mesmo.

*Entretanto, ao começar a procurar alguns livros para ler, Kirara se vê frente a uma porção de relíqueas. Livros de todos os temas e versões de valores inestimáveis.*

[Raças sombrias e sua descendência... Drows e o mundo dos elfos... Ah! Encontrei!]

*Kirara então pega um livro da prateleira com o título: Passado e presente - Mulheres da neve e suas lendas. Era um livro raro o qual Kirara procurava a muitos meses. Ao pegar o mesmo, a garota se dirige á uma das mesas para "apenas folheá-lo". Mas acaba ficando ali, sozinha e presa entre as páginas do livro, sob um silêncio total.*

*Akemi chega na biblioteca. Era uma grande sala e apenas algumas lâmpadas estavam acessas*

[Acho que posso me encrencar se for pega na biblioteca a essa hora da noite....melhor apagar as luzes...]

*Akemi então apaga as luzes e entra na biblioteca, retirando seu tapa-olho para poder enxergar no escuro. Como seu olho direito não brilhava, apenas alguém que pudesse enxergar no escuro conseguiria notá-lo*

[Bom....como eu já nasci com esse olho canino esmeralda....não acho que seja considerada como uma habilidade. É mais como...uma deficiência. Mas é melhor eu tomar cuidado.]

*Akemi então caminha calmamente por entre as prateleiras até finalmente pegar um mangá random de comédia e se senta em uma cadeira, lendo-o e dando risadas baixas, mas que podiam ser ouvidas por toda a biblioteca devido ao eco*

- Ahhhhhh!! *Grita Kirara, ao perceber que alguém apagara a luz da biblioteca*

*Não sabendo quem poderia estar ali com ela, Kirara fecha o livro calmamente e se levanta com o livro em mãos, indo em direção á algumas risadas que ouvia não muito longe de onde estava.*

[De quem são essas risadas?! Quem estaria aqui a uma hora dessas?!]

*Ao chegar próximo de uma sombra que estava sentada em uma mesa, Kirara levanta o livro logo acima da cabeça, pronta para jogar na cabeça do "ser desconhecido"*

*Enquanto lia, Akemi se vira e vê uma garota com um livro acima da cabeça. Podia ver a garota claramente, mas aquela pose ameaçadora acabou por assustar Akemi*

-AAAAAAAHHHH, O FANTASMA ASSASSINO DA BIBLIOTECA!!!!!! POR FAVOR NÃO ME MATE! ONII-SAAAAAN.....UHAAAAAA.....

*Akemi se ajoelha no chão, com a cabeça para cima, chorando alto e com a boca aberta*

- Mas o que...??!

*Kirara, paralizada com o livro acima da cabeça, se vê frente a uma garota de cabelos escuros, mais ou menos do seu tamanho, que chorava e gritava em desespero a sua frente.*

- Uma ... aluna? Ei! *Diz Kirara, ao colocar o livro sobre a mesa rapidamente e se agacha até ficar frente a frente com a garota, colocando suas mãos sobre os ombros da mesma.* Relaxa... Desculpe se te assustei.. Está tudo bem?

*Pergunta Kirara ainda em meio aquela escuridão. Ainda não enxergava nada no meio daquilo tudo mas, o soluçar daquela desconhecida fez o coração de Kirara se derreter e se preencher de culpa ao mesmo tempo.*

-AAAAHHH, EU TÔ COM MEDO.......

*Akemi então desaba nos braços de Kirara, abraçando-a levemente e encostando sua cabeça no ombro dela, dando pequenos soluços enquanto ainda chorava um pouco*

-Onee-chan...me ajuda.....eu tô com medo....

[Ka...Kawaii...]

*Kirara não sabia o que fazer naquela situação. Aparentemente, uma desconhecida simplesmente se jogou sobre ela e a abraçou enquanto ainda chorava um pouco. Mas, o que fazer nessa situação?*

[Posso levar uma grande bronca por isso mas... Acho que é necessário pra ela se acalmar...]

*Kirara então faz com que a garota se deite um pouco sobre o seu braço e, enchendo um pouco os seus pulmões, assopra um ar gelado sobre o rosto da garota, fazendo seus músculso relaxarem.*

- Agora diga-me: Qual o seu nome? Quer que eu te leve até seu onii-chan? De que sala ele é?

-Yu....Yu....Yukimura..Akemi...

*Akemi então fica com uma expressão mais tranquila e serena. Então, ainda de joelhos, sai dos braços de Kirara, ficando de frente com ela, enxugando as lágrimas com o braço*

-Muito obrigada onee-chan.

- De nada. *Sorri Kirara, ao responder a garota.* Sou Nerisaga Kirara. Muito prazer em conhecer você. *Diz Kirara, enquanto curva-se em cumprimento*

- Yukimura Akemi? Que lindo nome! Mas... Espera ai! Você disse Yukimura?! *Kirara então lembra-se de relançe de sua visita ao terraço onde encontrou um aluno apoiado na beirada. O aluno era do segundo ano, assim como ela, então, seria fácil encontrá-lo ali. Mesmo que Kirara ainda estivesse chateada pelo modo como a tratara.*

- Eu conheço seu irmão! Falei com ele a pouco tempo! Ele é do segundo ano mas... não sei onde ele está agora. Se eu tivesse ao menos perguntado... Mas pela hora, acredito que ele esteja no quarto já.

*Assim que Kirara diz sobre o ano de seu irmão, Akemi a olha com uma cara confusa*

-Segundo? Não...meu irmão é do terceiro. Mas...se você o conhece, então ele realmente está aqui. Onee-chan...como meu irmão está?

*Akemi olha nos olhos de Kirara com um brilho no olhar. Finalmente sabia com certeza sobre o paradeiro de seu irmão. O seu tão esperado reencontro finalmente se aproximava*

*Pelo modo como Akemi falava, Kirara percebeu que a mesma provavelmente não via o irmão a algum tempo. Comovida pela situação da garota que só queria veê-lo novamente, Kirara responde olhando atentamente para Akemi:*

- Bom.. Ele não é de falar muito. E também.. não me tratou muito bem. Mas, ouvi dizer que na porta dos dormitórios há uma identificação com o nome do aluno o qual o quarto pertence. Podemos procurá-lo na ala dos segundaristas se quiser. Ou então: podemos sair dessa escuridão... Eu... Nã...Não gosto do escuro...

*Diz Kirara, com um certo receio de ficar ali, naquela escuridão. Ainda sentia uma certa tristeza ao lembrar-se de sua passagem pelo terraço mas, decidiu deixar o acontecimento de lado e focar em ajudar sua nova amiga.*

*Akemi, ao ouvir as palavras de sua senpai, se levanta sorridente*

-Esse não se parece com o meu irmão......Quer dizer...ele é meio quietão e tal, mas é super gente boa. Sempre se deu bem com todo mundo. Só se for por causa da.....Não...Bom...vamos sair daqui onee-chan. Meu irmão deve estar dormindo a essa hora...Amanhã nos encontramos. Para onde vamos agora onee-chan? Ah..algum problema em te chamar de onee-chan? Ou prefere Kirara-senpai?

*Akemi estende a mão para Kirara, guiando-a até a porta da biblioteca, mas antes de sair coloca seu tapa-olho, impedindo que Kirara visse seu olho esquerdo*

- Gente boa? Bom... Então alguma coisa deve ter acontecido para ele ficar daquela maneira. *Diz Kirara, pensativa. Aparentemente, por baixo daquele rosto inexpressível e daquele jeito solitário, Kyo guardava alguma coisa obscura que pretendia esconder de todos ali. Entretanto, Kirara se dispõe a saber a fundo sobre o que aconteceu e o porque aconteceu.*

- Ah, Kirara-chan está de bom tamanho Akemi-chan. Aliás, sou somente uma segundarista. Você também vai chegar lá um dia, pode acreditar. E, senpai? De modo algum... *Diz Kirara, rindo enquanto saía da biblioteca em direção aos corredores. Conversar com Akemi dava a ela uma sensação que a muito tempo não sentia: amizade e companheirismo.*

- Akemi-chan, está tarde. O que acha de descansarmos? Amanhã será nosso primeiro dia de aula! Posso te levar até seu dormitório, se desejar. *Pergunta Kirara, ao lado de Akemi.*

[Entretanto.. preciso fazer uma coisa antes de EU dormir...]

-Ok então. Vamos lá!

*Akemi então sai com Kirara para o corredor dos dormitórios*

*Aquela biblioteca sempre fora muito quieta... Exceto durante as noites. Nos fundos daquelas prateleiras, naquelas últimas estantes de livros, onde ninguém costuma ir pois tem apenas livros desinteressantes e velhos, é a origem de sons muito estranhos. Como se livros estivessem sendo pegos e colocados, mas sem ninguém por lá. O único som realmente audível era um som agudo, estridente e irritante, de unhas arranhando um vidro liso, como se alguém tentasse passar por algum tipo de janela. É por isso que ninguém vai para as últimas prateleiras da Biblioteca.*

*Kyo chega na biblioteca, caminhando por entre as estantes. Alguém aparentemente organizava os livros ao fundo e pelo som estridente, alguns galhos deviam estar arranhando as janelas. Kyo estava a procura de um livro sobre História. Por não encontrar um livro com conteúdo bom o bastante, o rapaz resolve consultar a pessoa nos fundos da biblioteca. Conforme se aproximava, o som agudo ia ficando cada vez mais alto, o que chegava a incomodar Kyo. Ele então finalmente chega até o local onde o som de livros estava vindo*

-Com licença... Preciso de um... Mas o quê?

*Para a surpresa de Kyo, não havia ninguém no local, estava sozinho na biblioteca. E mais estranho ainda, na sua frente havia uma janela, mas nada encostava-se nela, porém o som claramente vinha dali. Um pouco confuso, Kyo apenas resolve voltar para os corredores para falar com um dos dois homens ali perto. Talvez um deles soubesse do que aquilo se tratava*

*E lá estava Kyo novamente, desta vez acompanhado de um adulto. Provavelmente aquele homem saberia lidar com aquela situação. Ele então resolve explicar o ocorrido enquanto guiava Frank até o local*

-Sou Yukimura Kyo, 2-D. Vim até aqui procurar um livro sobre História. Como não encontrei nada, resolvi consultar alguém que eu pensava estar nos fundos da biblioteca, mas ao chegar.....

*Kyo então se vira, ficando de frente para Frank. Haviam chego ao local de onde os sons vinham*

-Foi isso o que encontrei... Nada... Apenas sons, mas nada nem ninguém que possa estar fazendo-os...

- 2-D?

*Era a sala que o professor maluco tinha falado. Depois talvez perguntasse ao garoto sobre os dois alunos que estava procurando.*

- Eu sou Frank e... que barulho irritante!!

*Falava do som vindo da janela, Frank então foi até lá, examinou a janela, abriu fechou e nada... era estranho, parecia não ter nada errado com aquela janela então o que acontecia ali? E os outros barulhos também não paravam.*

- Só pode ser alguma piada de mal gosto, essa academia pode ter de tudo. Não tem lógica nenhuma nisso além de ser alguém aprontando.

*O cérebro do Frank funciona na base da lógica, então a primeira coisa que ele faz em qualquer situação estranha é tentar achar uma explicação lógica. Se bem que aquele professor Segawa já conseguiu fugir das teorias do Frank.*

* Gin entrou na biblioteca a tempo de ouvir o começo dos estranhos barulhos no local, viu mais duas pessoas lá mas resolveu ignorá-las, queria mesmo é estudar sobre a academia e as plantas dos prédios, ver se tinha algum jeito fácil de se entrar na diretoria sem ser notado. Os dois caras pareciam estar procurando a origem dos barulhos irritantes, olhando a janela de forma equivocada, já que os sons não pareciam vir de lá e sim de dentro da biblioteca. Enfim, Gin foi se metendo por entre as estantes de livros, conseguindo ignorar completamente os barulhos com facilidade, afinal ficar ouvindo gritos de almas sendo torturadas no inferno por cinco fodendo anos o deixaram praticamente imune a sons irritantes. Pegou alguns livros sobre a história da academia e algumas plantas dos prédios e foi se sentar em uma mesa bem longe de onde os dois estavam, começando a ler completamente em silêncio. *

-Isso tudo é muito estranho...

*Ao notar que não havia nada nas janelas, Kyo resolve ir até o final das prateleiras do fundo, começando a tirar de seu lugar um livro de cada vez, folheando-os rapidamente, procurando dentro dos mesmos e também nas estantes por algo que talvez fosse a causa dos sons*

-Isso já está me irritando.... Vamos encontrar o que está fazendo isso... Nem que eu tenha que derrubar estante por estante.

*Fala para Frank, enquanto continua a puxar e folear livro por livro, colocando-os no chão um após o outro*

*Balança a cabeça de modo afirmativo, concordando com Kyo, e decide ajudar no que ele estava fazendo.*

- Eu também to ficando cheio desses barulhos. Olhas as estantes é uma boa. Você fica com as desse lado então, eu vou procurar naquele. Me avisa se achar qualquer coisa.

*Foi para as estantes do outro lado do corredor e começou a fazer o mesmo que Kyo, tirar livro por livro, olhar atentamente as estantes pra tentar achar de onde vinha aquele barulho todo.*

* Gin ficou um bom tempo estudando a história da academia e principalmente as plantas, acabando por descobrir algumas passagens que talvez ainda existam e salas que provavelmente não estão acessíveis agora, mas nada de realmente importante como uma passagem secreta para a diretoria de algum lugar random. Então se levantou e foi levar os livros no lugar, já procurando mais alguns que poderiam ser de certa ajuda. *

- Meh... Bem que eu podia tomar um pouco de café...

* Até que Gin para de fazer tudo que estava fazendo e arregala seus olhos, lembrando de algo muito importante: seu corpo estava sem um pingo de café desde que chegara na academia mais cedo. Agora com praticamente uma crise de abstinência, Gin não conseguia pensar em outra coisa além do gosto da café e a sensação da cafeina viajando por entre suas veias. *

- C-Café... quero café...

* Então botou todos os livros nas estantes o mais rápido possível e saiu da biblioteca praticamente correndo. *

- Caaaféééééé~