2º Ano: D

Relembrando a primeira mensagem :

-Sala de aula do Segundo ano D.

Professor Responsável: Shiranui Kiryu

Alunos desta classe:
-Asamura Saki
-Hasegawa Koushirou
-Ishida Ranmaru
-Kaeto Otoshi
-Kagemane Kisuke
-Lance Nightlake
-Mori Takeshi
-Murakami Hiroshi
-Murasaki Hana
-Segawa Riko
-Yukimura Kyo
-Zwei Odderschauk

*Zwei fica aliviado com o término daquela aula ridícula, se levanta e sai da sala enquanto massageia suas têmporas, tentando se acalmar ao menos um pouco.*

*Acabada a aula, Kyo simplesmente se levanta, pega suas coisas e sai da sala, indo para os corredores*

*Terminando suas anotações a jovem Mayu pega as suas coisas com um pequeno sorrisinho nos lábios e vai em direção a porta para sair da sala, até que se esquece oque ela deveria fazer agora, então o primeiro pensamento que cai em seu cérebro é Mamoru, Kodama, Kenshin e o clube pirata, antão a jovem professora abre a porta da sua sala com a mão direita segurando suas pastas abraçando-as com seu braço esquerdo e enfim sai da sala.*

*Kyo, sendo o primeiro a chegar, vai até seu lugar, a última carteira ao lado da parede, e fica lá sentado de braços cruzados estático, aguardando o professor chegar*

* Saki, depois de procurar pelo corredor inteiro, acha a sua sala. Ao entrar, percebe somente a presença de um garoto de braços cruzados, sentado próximo a parede. Observou rapidamente o lugar e decidiu de sentar na parede oposta a dele, na última carteira. Quieta, apenas apoiou o cotovelo na mesma e em seguida o queixo na palma da mão, distraindo-se com a visão da janela. *

*Com os olhos fechados e uma expressão corporal semelhante a de um cadáver, Koushirou adentra a sala. Anteriormente, quando estava indo em direção à mesma, não estava tão desanimado porém acabara de se recordar de que não teria aula com a linda professora de educação física... Agora era aula de artes com um tal de Mizuiro Yukio. Koushirou não se lembrava desse nome, porém parecia já ter escutado ele, ou visto a pessoa, em algum momento de sua vida. De qualquer forma, o rapaz dá uma rápida olhada ao redor da sala, inicialmente notando apenas, um para ser mais exato, rostos conhecidos ali. Com certa preguiça, ele vai andando pela sala a procura de um bom lugar e aproveita para dar uma segunda olhada em todo aquele local. E ai que a miséria cai sobre Asamura Saki... Koushirou avista a garota isolada, do outro lado do mundo (?) e lugares livres perto dela. Como é de se esperar desse maldito, rapidinho ele fica animado e senta-se exatamente ao lado da garota. Bota a mochila no chão e, de imediato, vira-se para Saki olhando-a com um sorriso cretino.*

- Bom dia! Desculpe a pergunta mas a senhorita é novata? Não me lembro de um rostinho tão bonito por aqui antes.

*As falas de Koushirou, juntamente com o tom de voz que o mesmo acabara de utilizar, eram desprezíveis e dignas de pena, sem sombra de dúvidas.*

* Imersa em seus pensamentos, Saki "viajava" pra muito longe daquela sala. Sentia a brisa que entrava pela janela naquela manhã, mas a única parte da garota que se mexia eram os fios de cabelo arroxeados, os quais dançavam com o vento. Entediada, estava quase que caindo no sono, até sentir uma presença vindo em sua direção e logo se sentando ao seu lado. Aquilo a despertou de fato, mas era algo muito insignificante para aparentar ter se importado. Continuou estática. Afinal, cada um senta onde quiser, não é? O real problema foi quando o loirinho, simpático e atrevido, puxou assunto com ela, tratando-a com um ar galante. Ao ouvir aquelas palavras, apenas fitou-o pelo canto dos olhos, já aparentando ser um tanto ranzinza. *

- Sim, sou novata. E essa cantada foi ridícula. Você realmente puxa assunto com garotas assim?

- Nossa, você é uma pessoa gentil. Eu realmente achei que levaria um tapão na cara ou coisa pior pelo que falei, haha.

*Rapidamente o sorriso cretino de Koushirou, juntamente com o tom de voz desprezível do mesmo, eram trocados por um tom mais feliz, acho que é esta a palavra, e um sorriso mais verdadeiro, feliz talvez. Bem, de fato ele achava que seria ignorado ou coisas bem piores que isto, então era este o motivo para ter mudado sua postura em frente à Saki. Agora, mais como um garoto normal, ele cruza seus braços e os coloca em cima da mesa, apoiando a cabeça por cima dos braços logo em seguida, com o rosto virado para Saki. Koushirou a olhava um pouco, pode-se dizer que era da cintura para cima, e ficava imaginando o que diabos uma garota bonita daquele jeito fazia completamente sozinha na sala de aula. Em sua opinião, pessoas bonitas sempre eram populares e conseguiam amigos facilmente, então por isto ele se perguntava aquilo. Aliás, além de tudo, Koushirou ainda pensava que ela tinha vindo com amigos para a Academia, afinal, nem todos querem ir para um local onde não se conhece absolutamente nada nem ninguém.*

- Geralmente eu puxo assunto com garotas falando coisas como "Ah, é um prazer te conhecer, sou Hasegawa Koushirou! Qual o seu nome? Quer sair para comer algo hoje a noite?". Qual o seu nome? Quer sair para comer algo?

*Suas falas são ditas em um tom bastante calmo, despreocupado e cômico, até, acima de tudo ele parecia querer divertir Saki, no momento. Também era notável que o mesmo tinha um pouco de "sensualidade" em seu tom de voz, se assim podemos dizer. Era mais que óbvio que ele estava tentando passar uma impressão de que queria conquistar aquela garota através de um misto de despreocupação e seriedade, se podemos assim dizer.*

- Eu sei que é um saco ser coberta de perguntas mas eu queria muito te perguntar uma coisa. Você está sozinha aqui na Academia? Ainda não fez nenhum amigo?

*Entre pela sala olhando para todos ali e nota que havia uma garota supostamente nova, sem ligar muito ele com toda a animação de um ser que passa uns dias sem dormir, levanta eu braço e diz baixo.*
-Yoooo~ ~.~
*Continua seu caminho até sua mesa e com o rosto encostado na mesa tenta tirar uma pequena soneca.*

*Yukio chega na ~~Marcelo~~ 2-D e, ao ver que alguns alunos já estavam por ali preparados, percebe também que outros batiam um papo desnecessauro. O loirinho de nome "~~Shinta Ayuzawa loco_joao~~ Hasegawa Koushirou", que btw não é nome de loiro e nem de gente alegre, é nome de moreno sério dark e tapado, dava algumas cantadinhas, ou algo do tipo. Yukio sente a vontade de falar algo como "virjão, se fode ae pra conseguir ppk, transei ontem", mas isso seria tão adulto quanto uma atitude digna de terceira série do fundamental (ou até menos, essas crianças de hoje em dia...), então simplesmente deu um sorriso interessante no rosto. O professor vestia um gorro preto com um grande X branco em cima, calças jeans pretas rasgadas em algumas partes cheias de cintos e rebites, com atenção para um colar de caveiras jogado em uma das laterais. Mas o que mais chamava atenção, além do seu allstar pichado, era sua camiseta regata preta escrita em branco bem grande a frase "I FUCK ON THE FIRST DATE". Não que ele ligasse para isso, mas finalmente "chegara" ali pra valer. Jogou suas coisas na mesa e elevou a voz para lhes chamar a atenção.*

-Já deu de pedreiragem, Koucchin. *Yukio não precisava conhecer uma pessoa para saber seu nome. Um mago daquela magnitude não tem dificuldade com as pequenas coisas da vida.* Bem-vindos de volta. Pra quem lembra de mim no ano passado, espero que tenhamos um bom ano letivo juntos a partir de agora... E pra quem não me conhece, é novato ou transferido, o prazer é de vocês: me chamo Mizuiro Yukio e dou aula de educação artística.

*Não foi a coisa mais fofinha e amigável de se falar. Mas fora, de fato, a coisa mais Yukio a se falar.*

-Antes de começarmos, eu gostaria de saber quem aqui tem interesse forte pelas artes ou relacionados. Os mais veteranos eu até lembro, mas vejo que tem muito rosto novo por aqui esse ano, então é bom perguntar.

- Pff, e eu tenho cara de quem sai batendo em estranhos? Por favor, né.

* Disse Saki num tom super sarcástico, tirando com a cara do garoto. Aquela conversa fiada era algo não muito comum para a ela, já que sempre preferiu ficar sozinha desde que se entende por gente. Mas, de fato, ele não a incomodava tanto assim. Só um pouquinho. Notava o quanto e como a olhava. Era praticamente o mesmo que escrever na testa com curtas palavras: "Te achei gostosa.". Esse estúpido pensamento fez com que a pálida garota desse um breve riso. Em seu rosto se formara por meros segundos o que as pessoas chamam de "sorriso", mas um daqueles bem tímidos. Ela simplesmente não sabe muito bem como sorrir, e prefere nem tentar. Foi algo bem natural e até surpreendente, afinal, é um evento bem raro de se acontecer.
Ao ouvir as palavras seguintes do loiro, tirou a mão que usava como apoio para o queixo em repouso, virando o rosto levemente para seu mais novo vizinho de carteira. Fitou-o nos olhos com uma feição irônica e por fim respondeu. *

- Asamura Saki. Sim, eu vim sozinha. Ah, e isso não é motivo pra você achar que eu, uma aparente fêmea indefesa e isolada, sairia com você. Ok?

* Assim que o fez, percebeu a presença de outro dois caras entrando na sala. Um aparentava ser de sua idade e o outro com certeza era o professor. Era bem óbvio pelo swag da pessoa. Saki não esperava que ele era quem lhe daria sua tão esperada aula de artes. Tá, tudo bem, o sujeito parece ser legal e tudo mais, porém bem diferente do que estava imaginando. O ouviu perguntar se alguém tinha interesse em artes, mas preferiu ficar quieta como de costume. Talvez com o tempo Yukio percebesse. Recolheu-se na carteira, voltando o olhar para a vista da janela, porém com ouvidos atentos ao que o professor viria a dizer em seguida. *

*Kyo estava quieto no seu canto, ouvindo involuntariamente a conversa entre Koushirou e Saki. Tudo aquilo era besteira demais a ponto de fazer Kyo desejar ser surdo. Mas não tinha o que fazer, teria que aguentar aquela besteira toda durante todo o ano. Por sorte, em pouco tempo o professor chega, pondo um fim naquela melação toda, se apresentando e logo após perguntando se alguém tinha interesse em artes. Como Kyo havia sido transferido, não teve contato com o sensei anteriormente, mas como não tinha tanto interesse assim pelas artes, ele resolve permanecer em silêncio, sinalizando sua negação á pergunta de Yukio*

*Koushirou fica um pouquinho corado após ver o sorriso de Saki, afinal, era um lindo sorriso que havia se formado de uma forma igualmente linda (?).*

- Olha, eu sou bonito, loiro, paciente e ainda pago sua comida, então não pense que desistirei tão facilmente, Asamura-san, afinal eu sei que tenho chances até o fim do ano.

*Fazia um joinha para Saki no final de sua fala. Koushirou, que ainda estava observando a garota é surpreendido com uma desgraça ~~gorda~~ que saiu de um inferno tão profundo que nem mesmo o tão temido Satamonho tem controle sobre aquele local... Sim, essa coisa ruim, praga, peste era Mizuiro Yukio! Pela voz daquele ser infernal Koushirou lembra do mesmo imediatamente. Ele simplesmente levanta-se da cadeira, com uma expressão de surpresa, e aponta o dedo para Yukio.*

- Você ainda dá aula aqui?! Achei que tinha ido em uma viagem através de todo o mundo em busca de modelos para suas pinturas eróticas, Yukyin!

*De onde diabos ele tirou Yukyin? Sei lá, só pensou em algo random e falou. Aliás, Koushirou duvidava bastante que Yukio lembraria deste loiro sem-graça, não tapado, não dark e muito menos loco_joao. De qualquer forma, depois de um tempinho, ele se senta e se arruma apropriadamente. Acabou de lembrar que tinha uma jovem senhorita ao seu lado, então não deveria falar ou fazer este tipo de coisa. Koushirou tira o caderno da mochila e o deixa aberto, olhando unica e exclusivamente para frente esperando as Yuky... Yukio falar ou fazer algo.*

*Yukio normalmente não se irritava com conversas alheias durante as suas aulas, afinal de contas educação artística não é aquela matéria que se precise de toda a atenção do mundo, cálculos ou coisas do tipo. Mas o que lhe irritara foi que ele chamou a atenção de Koushirou e de Saki ao mesmo tempo, e esta última nem sequer parecia ter notado a existência do mesmo. Adicionalmente, Koushirou continuara com as pedreiragens, também lhe ignorando, só tentando dar uma amenizada nesse aspecto ao virar-se para o professor e soltar uma daquelas. Yukio estava com uma fofíssima vontade de estuprar a família de Koushirou, fritar todos e dar os restos aos vira-latas, mas claro, ficaria apenas na vontade. Porque diferente de certas pessoas que te ignoram, este ser aqui tem boa índole e um coração puro.*

-Parei de procurar modelos depois que encontrei sua mãe, Koucchin. Posso começar a aula agora?

*Ou talvez não.*

*Hana deu uma rápida olhada para dentro da sala de aula, apenas para confirmar o que já sabia. Tinha tido uma visão um pouco antes de entrar no prédio, e já sabia quem estava em sua sala. Entrou sem falar com ninguém, sem pedir permissão ou se quer olhar para seu professor. Sentou-se ao lado das janelas, olhou firmemente para seu professor e abriu a boca por breves segundos.*

- Desculpe o atraso, não irá mais acontecer.

*E terminando sua frase, ficou estática em seu lugar, parecendo uma boneca de cera encarando Yukio.*

*Lance chegou até que rápido em sua sala, sem demonstrar sinais de fadiga, por menores que pudessem ser. O moreno parou na porta ao ver Yukio, e com uma sucinta observação percebeu que a aula ainda não tinha começado, graças aos céus.*

- Professor, perdoe meu atraso, ainda não me acostumei ao fuso-horário, tentarei não repetir isso.

*Lance colocou a mão direita, fechada, em seu peito esquerdo, levou sua mão esquerda para trás das costas e fez uma leve reverência. Logo depois seguiu para seu lugar de costume, que por acaso ou não, era bem em frente à garota pálida que ele tinha conhecido no dia anterior. Assim que se ajeitou, ficou esperando que o professor desse continuidade à aula.*

[Sem sinal do Zwei... Não sei se é melhor ou pior assim...]

-Hai hai, é nossa primeira aula juntos esse ano, não vou fazer cerimônia. Só tomem mais cuidado, ok, Hanyan e Britney?

*Eu não vou explicar o motivo pra chamar Lance de Britney de novo, se virem caso ainda não tenham intendido. Enfm, voltando para a narração normal, após aquilo Yukio resolveu deixar as respostas da classe pra lá, pois eles estavam mais interessados em transar verbalmente do que respondê-lo de forma apropriada. Ele então distribuiu papéis para todos os alunos, sem exceção. Aqueles papéis tinham, em uma listinha, todas as matérias que seriam abrangidas por ele naquele segundo ano, para que sirva como um Edegar, uma referência para não se perder nas matérias. Voltando ao quadro negro, escreve algumas coisas cheias de desenhos e informativos dinâmicos, ficando bem fácil de entender tudo.*

-Durante o primeiro ano, aqui na escola, nós estudamos os estilos artísticos desde a idade média até os mais modernos. Neste ano, como já chegamos nos tempos modernistas, iniciaremos estudos sobre o que a Arte pode ajudar em outros aspectos. Ou seja, ninguém é obrigado a ser pintor, certo? Mas todo mundo quer ser feliz. Vamos começar estudando as cores e suas misturas, com seus significados e, assim que entendermos melhor essa dinâmica, começaremos a tratar de uma coisa chamada Cromaterapia, ou o tratamento de certas coisas a partir do uso de imagens e cores. Alguém já viu, conhece ou sabe algo a mais sobre a Cromaterapia?

*Lance levantou a mão, já que por mais que não soubesse exatamente do que se tratava, já tinha ouvido sobre, e testemunhado os resultados dela. Depois do estrago mental e físico causado pela Guerra Youkai Européia, vários tipos de medicina tradicional, experimental e alternativa foram usados nos vários soldados afetados. O próprio Lance não escapou, porém, fora tratado com uma terapia com animais, e não com cores.*

- É a utilização das cores no tratamento de algumas doenças. Eu conheci alguns soldados que foram submetidos a Cromaterapia para superarem o pânico, mas eu não sei exatamente como ela funciona...

*Lance abaixou sua mão, esperando que Yukio retomasse a palavra ou que mais algum colega se pusesse a falar, esperando algum tipo de explicação sobre o que tinha sido feito com alguns de seus camaradas.*

-Não só doenças, mas até mesmo aspectos comportamentais e situações do dia-a-dia.

*Yukio pega giz de várias cores e começa a fazer várias listras verticais no quadro negro, como se desse um exemplo básico das cores. Elas se completavam, indo do rosa ao púrpura, do púrpura ao lilás, do lilás ao azul, do azul ao ciano, do ciano ao verde, do verde ao bege, do bege ao amarelo, do amarelo ao marrom, do marrom ao vinho, do vinho ao vermelho e do vermelho de volta ao rosa, passando por uma gama cromática progressiva. Era impressionante como ele conseguia fazer algo tão complexo e perfeito no quadro com apenas giz escolar.*

-Por exemplo: foi comprovado que se você pintar a parede do seu próprio quarto de azul, principalmente em tons mais claros, você diminui em 75% a chance de se estressar por motivos desnecessários naquele dia. Da mesma forma, o azul mais escuro ou forte pode causar moleza corporal ou preguiça, impedindo até que você se levante da cama em certas ocasiões. Pessoas com grandes objetivos em mente que precisam dar duro todo dia são praticamente proibidos, por terapeutas, a pintar suas paredes de azul. Alguém mais conhece algum significado ou efeito de cores aqui pra compartilhar conosco?

*Kyo realmente não entendia muito bem de artes, e muito menos de cromaterapia, apesar de ter ouvido sobre o efeito das cores no comportamento das pessoas. Quando Yukio começa a falar das cores das paredes de um quarto, várias coisas do seu passado vêm a sua mente, como seu quarto na infância ter um coloração azul clara. Para ele, parecia até mesmo que as cores em si podiam trazer de volta memórias deixadas de lado pelas pessoas. O jovem então resolve arriscar um comentário sobre o "poder" das cores*

-Uma vez eu ouvi.... Que redes de fast-food e restaurantes usam a cor vermelha porque ela induz à fome...

*Até então se mantinha caladão, fingindo que estava extremamente atento à aula, porém quem o conhecia pelo menos um pouquinho perceberia que, na verdade, aquele bom comportamento todo de Koushirou tinha como principal causa o fato dele estar extremamente focado em achar uma resposta para Yukio, que a pouco havia falado sobre estar usando a mãe de Koushirou como modelo e tudo mais. Infelizmente o loiro não dá conta de pensar em uma resposta boa suficiente para falar e não ser retrucada pelo professor, então acaba por desistir. E ai que ele ouve sobre o assunto da aula, a cromoterapia, e assim uma maldita pergunta lhe vem a cabeça, talvez uma pergunta extremamente simples e bem normal... Algo inesperado para um aluno bagunceiro e desinteressado demais como Koushirou.*

- Yukyin! Pode me dar um exemplo de como o amarelo é utilizado pra esse tipo de coisa?

*Deixava absurdamente claro que esta pergunta só foi feita pela coloração de seu cabelo... tenso.*

-Muito boa a sua observação, Kyon! *Responde Yukio para Kyo, apontando para ele como se tivesse achado interessante a tal levantada de assunto.* A cor vermelha é uma cor vibrante, que chama a atenção e a curiosidade da pessoa que olha. Assim como a cor amarela, Koucchin.

*Yukio então faz uma marca com giz branco nas cores amarela e vermelha que tinha feito antes no quadro negro, como se desse ênfase nelas neste exato momento. Fazia isso muito rápido, sem interromper nada da sua explicação, girando seu corpo nos momentos certos e olhando para os alunos, para o quadro e para a classe no geral sem perder a atenção ou o fio da meada.*

-As cores vermelha e amarela, juntas, são as que mais induzem o apetite. Aliás, para ser mais exato, elas não "causam" fome. Não é como se você fosse comer um hambúrguer e continuar com a barriga roncando só porque alguém tá te mostrando algo vermelho e amarelo sempre. Mas elas induzem a curiosidade e a atenção não só do seu cérebro, mas também de todo o organismo através dos impulsos elétricos que o próprio cérebro envia ao entrar em contato com as fortes vibrações. Outros exemplos de cores que vibram fortemente são o rosa-choque, o laranja e o violeta. Por outro lado, o amarelo sozinho, além da vibração, é uma cor animadora, que costuma ser ligada com a "fortuna e boa sorte". Isso acontece porque o amarelo simplesmente induz uma dinâmica mais forte na pessoa, dá a ela mais ânimo, mais vontade de completar os objetivos.

*Yukio então pega um blocão de folhas da sua mala e vai distribuindo para todos. As folhas tinham quadros pequenos com várias cores, e na frente de cada quadrinho, um campo grande para se escrever alguma coisa.*

-Vamos fazer assim: vou deixar com vocês uma atividade simples: vocês vão usar tudo o que vocês sabem sobre as cores - ou o que acham que sabem, não tem problema, não vai valer nota por enquanto - nesse papel, na frente de cada cor que está aí. Quem terminar hoje, beleza. Quem quiser, pode levar pra casa e me trazer na próxima aula. Vamos aproveitar a aula de hoje pra matar qualquer dúvida. Alguém tem alguma, por falar nisso?

* Como ler é o seu passatempo favorito, Saki com certeza já tinha lido algo sobre a tal "cromaterapia". Tinha alguns flashs na memória sobre o assunto, e se lembra bem do porquê de gostar tanto de roxo e azul. O primeiro porque remete ao "mistério", e o segundo porque também pode se referir a "frieza". Pronto, tá aí a definição da garota do Norte. Ouviu os exemplos dados por todos e atendeu à aula normalmente, cortando qualquer resquício do papo fiado ocorrido. Ao receber a segunda folha dada por Yukio, tornou a lê-la calmamente, procurando dúvidas ou coisas do tipo. No instante em que fitou os quadros coloridos com espaço para escrever algo, começou a pensar já com a lapiseira na mão. Odeia deixar tarefa para se fazer depois, o que a levou a dar início ao preenchimento das lacunas, dando preferência às duas cores antes citadas. *

*Ok, aquilo seria um problema. Lance não sabia nada sobre cores, nunca tinha estudado com muito afinco, sequer ele gostava de artes. O galês estreitou seus olhos, segurando a folha de papel com as duas mãos e bem próxima do rosto. Para facilitar um pouco a situação, a coisa não valia nota. Lance então apanhou uma caneta azul e começou a escrever o que cada cor despertava nele, pensando de duas a três vezes antes de escrever qualquer coisa.*

*Hana apanhou o papel e o encarou por alguns segundos, com a sua mesma expressão nula de sempre. Escreveu primeiro ao lado das cores que já tinham sido comentadas nas aulas, apenas para elimina-las logo. Escreveu apenas uma palavra em cada um dos campos, afinal, aquilo era mais que o suficiente para Hana. Por mais que uma cor pudesse ter vários significados, usos e feitos, apenas um bastava para a garota amnésica. Depois de breves segundos escrevendo em uma velocidade que poucos poderiam acompanhar, Hana ergueu sua mão direita.*

- Terminei. O que eu faço agora?

*Perguntou com a mão ainda erguida e encarando Yukio sem expressão alguma em sua face pálida.*