2º Ano: D

Relembrando a primeira mensagem :

-Sala de aula do Segundo ano D.

Professor Responsável: Shiranui Kiryu

Alunos desta classe:
-Asamura Saki
-Hasegawa Koushirou
-Ishida Ranmaru
-Kaeto Otoshi
-Kagemane Kisuke
-Lance Nightlake
-Mori Takeshi
-Murakami Hiroshi
-Murasaki Hana
-Segawa Riko
-Yukimura Kyo
-Zwei Odderschauk

-Kouiuhito wa itsumo aru naa...

*Resmunga Yukio para si mesmo, algo como "sempre tem essas pessoas assim..." enquanto dava uma coçada na cabeça e pegava a folha de Hanyan, dando uma olhada. Ela não tinha ido mal, mas a falta de descrição em cada campo fez com que fosse uma lição sucinta, porém incompleta. Pegou daquela forma mesmo, colocou em suas coisas para dar uma lida melhor depois, e virou-se mais uma vez para ela.*

-Por hoje era só isso, Hanyan. Daqui a pouco a aula termina, lhe peço um pouquinho de paciência até lá, ok? E pro resto do pessoal, não se preocupem: além de não valer nota, é só pra ver o que vocês já sabem ou já tem ideia. Ainda vamos falar sobre esse assunto muito mais vezes daqui pra frente!

* Ao terminar de preencher as lacunas da folha, deu uma rápida revisada no que havia escrito. As cores das quais mais demorou para descrever foram as chamadas "quentes", como amarelo e vermelho. Saki detesta cores desse tipo. Não as cores em si... mas a atenção que elas e suas derivadas chamam. Só pensar em alguém usando um puta boné amarelo já é assustadoramente feio. Bom, deixando isso de lado, Saki ergueu sua mão direita timidamente, dizendo algo em voz baixa. *

- Terminei também.

*Assim que pegou o papelzinho de Yukyin ele já sabia que estava completamente acabado. Koushirou tinha a noção de que aquela folha faria o inferno da sua vida, afinal, ele não tinha ideia da função de nenhuma outra cor a não ser as citadas aqui na sala. Pensa, MUITO seriamente aliás, em apenas escrever "batata" e "tô" em todos os espaços, porém isto iria sujar muito o nome "Koushirou" então ele acaba por não fazer. Estava para entregar tudo daquele jeito mesmo, mas uma voz angelical seguida de luzes (?) fala "Terminei também". Na cara dura ele cutuca Saki e olha seriamente para ela, um olhar pouco visto na face de muitos. Aliás, era tão sério que nem mesmo parecia um loiro idiota que a pouco estava tentando cantar aquela menina.*

- Asamura-san... Me passe as respostas por favor! Sou muito burro para fazer uma tarefa deste tipo.

*Era incrível o jeito que ele conseguia manter uma expressão ridícula de tão séria e falar em um tom de voz igualmente sério, porém mesmo assim falar algo tão bobo e idiota, como admitir sua própria imbecilidade (?). Imbecilidade que, aliás, nem existia. Koushirou era razoavelmente acima da média, talvez, tinha notas que lhe garantiam uma tranquilidade quanto à provas, porém a falta de interesse do mesmo naquela folha era muito chamativa e também era estupidamente gritante. Tenso.*

*Após receber a folha, Kyo ouve as explicações do sensei enquanto observava o papel. Já instruído sobre o que deveria ser feito, ele inicialmente preenche as características das cores que já haviam sido ditas. Já as outras, por não ter tido muito contato com as artes, ele apenas preenche com os significados das cores nas roupas da virada do ano, como vermelho indica amor, amarelo indica fortuna, branco indica paz etc.. Ao terminar, ele caminha até a frente e entrega a atividade a Yukio*

* Deu um salto na carteira ao ser cutucada pelo "vizinho". Sério, o que deu nele para se sentir na liberdade de cutucá-la? E pior: onde estava a cabeça dele quando pensou que ela passaria as respostas? "Hahaha", foi simplesmente isso que Saki disse. Odeia gente que se aproveita dos outros pra se dar bem, e já até se acostumou com as pessoas lhe pedindo respostas. Na escola antiga era a mesma coisa. Sem ao menos virar-se para Koushirou, murmurou. *

- Isso não é problema meu.

-HÁ!

*Foi a reação de Yukio, apontando e rindo para a cara de Koucchin quando o mesmo toma um "Sefodenegão" com palavras mais doces de Saki após ter pedido cola para ela. Yukio já passava por todos os alunos que terminavam e buscava seus exercícios prontos. Como ele comentara, aquilo não valia nota nem nada, era só pra ele testar pra ver o quanto cada um já sabia. Aquela era a primeira aula, ninguém era obrigado a saber nada, era só mais uma curiosidade do professor do que qualquer outra coisa.*

-Por hoje vamos ficar por aqui, pessoas. Espero que tenhamos mais boas aulas daqui pra frente, ok? Bom almoço, vejo vocês por aí.

*Yukio permanece na sala enquanto arruma suas coisas e guarda seus materiais em sua mala.*

- Mas, mas... T-T

*Tentava encontrar outras palavras para falar mas era inútil, apenas essa única vinha em sua mente. Então, com uma aura razoavelmente depressiva ao seu redor, Koushirou respira fundo e olha novamente a sua folha, apagando-a completamente em seguida. Agora pouco importava o valor dela, ele apenas queria acertar absolutamente tudo para obter uma vingança desnecessaura e sem lógica, aliás, além de querer provar seu valor (?) para Yukyin que acabou de rir daquele loiro dlç. Agora, um pouco concentrado, vai fazendo tudo com calma e paciência, visando os melhores resultados para aquela pequena atividade boba. Assim que termina guarda a folha dentro do caderno, pretendia conferir suas respostas mais tarde, e pega uns trocados na mochila. Koushirou estava com um pouco de fome, então, se levanta e vai indo até a saída da sala, porém logo ele para e volta para seu lugar. Sim, ele acabou de ter brilhantemente simples e comum ideia de chamar Saki para comer junto com o mesmo.*

- Então, Asamura-san... Eu, você, agora, comida, cantina e muito amor. Topa?

*Mostrando que não aprendeu sua lição, dá aquela piscadinha marota de quem tá maluco pra levar um tapa na cara. PLZ, DÊ UM TAPA NESTE INFELIZ.*

* Quando notou o fim da aula, Saki imediatamente começou a guardar seu material. Pôs as folhas dentro da partição da matéria de Artes em seu caderno, guardou a lapiseira no estojo, o próprio estojo... enfim, tudo. Por dentro, Saki segurava a IMENSA vontade de rir da cara do vizinho que, mais uma vez, foi zoado pelo professor cheio de swag. Com a bolsa pendurada no ombro esquerdo, a garota se levanta, de costas para Koushirou. Novamente aquele infeliz não desistia de pentelhar, e, ao ouvi-lo dizer seu sobrenome mais uma vez, Saki apertou fortemente os punhos. "Eu, você, agora, comida, cantina e muito amor." ecoou na cabeça da garota. Nem tentou mais se segurar. Antes que Koushirou pudesse pedir para ser estapeado, ela já havia socado a cara dele com a palma da mão bem aberta, marcando os cinco dedos em seu rosto. E a piscadinha? Ah, aquela piscadinha! Saki cerrou os dentes, dando-lhe um forte soco na região propriamente dita como "boca do estômago", em seguida arrastando-o pela orelha sala afora. *

- "Tapa", you mean. Vem, agora você vai pagar meu almoço, vizinho de carteira.

*Otoshi não tinha nenhuma ideia fixa sobre cores, mas sim, algo com qualquer outro. Descrever algo sobre cores foi um enorme sacrifício. tudo oque ele conseguiu pensar foi em "cores claras e escuras".Enquanto todos os seus colegas de classe já haviam entregado a lição, Otoshi ainda se complicava em preencher, dessa vez colocando os nomes das cores e algo que ele sentia ao olhar para elas. Ao olhar para o vermelho ele se lembrou vagamente do que aconteceu na noite passada. Passaram-se alguns minutos e ele caminhou até o professor e o entregou mesmo já estando atrasado....ou não.*

*Lance, embora um pouco desanimado por não ter feito a tarefa da maneira que desejava, decide deixar aquilo pra lá e continuar o dia, afinal, não se pode ganhar todas, mesmo sendo um dos seres mais competitivos do mundo. O galês se levanta de sua carteira, com seus materiais já guardados e com sua mochilas sobre o ombro direito, e se dirige até a Cafeteria. Aqueles minutinhos a mais de almoço eram mais que bem vindos.*

*Hana deu um suspiro súbito, deixando claro seu tédio para quem quisesse ver. Recolheu seus materiais sem muita pressa, guardou-os em sua maleta e se levantou da carteira, arrumando seus cabelos prateados que tinham bagunçado um pouco por conta do vento que passava pela janela. Ainda não conhecia muitas pessoas na Academia, então decidiu seguir Lance até onde quer que ele fosse. Hana não conseguiu prever muito bem para onde ele iria, algo um tanto raro de se acontecer.*

*Estapeado e humilhado, acabara de tomar uma surra para uma garota em uma sala cheia de gente, Koushirou, o segundanista quebrado em pedaços, é retirado da sala pela orelha, sendo arrastado vergonhosamente todo o caminho até a cantina/cafeteria.*

*Yukio já estava inchado, vermelho e até com algumas pontas do seu corpo, como orelhas, dedos e o nariz, quase azuis de falta de ar, de tanto que estava rindo. Parecia uma criança, caído no chão, com uma mão na barriga e a outra socando, com a parte externa no punho, o chão. Fazia barulho tanto enquanto rolava quanto com sua gargalhada em si, sonora, alta, ridícula, tipo um porco quando tá transando, mas não tá legal porque a porca é zoada, é terça-feira e não tem ninguém pra dançar Macy Grey sem camisa na sacada do sétimo andar. Depois de uns quatro minutos e meio, ele finalmente consegue se levantar, lacrimejando, chegando a babar e tendo leves espasmos do seu diafragma que o desobedecia de tanto que havia rido. Pegou suas coisas, guardou tudo na maleta, jogou nas costas e saiu dali andando até devagar, porque as pernas já estavam sem forças.*

*Lance correu o mais rápido que suas pernas permitiram para chegar logo em sua sala, e surpreendeu-se ao ver que não tinha mais ninguém ali além dele. Independente disso, ele tinha evitado um segundo atraso, e ficou bastante feliz com aquilo. Seguiu até sua carteira e se sentou, cruzando as pernas e aguardando que o restante dos alunos e o professor chegassem.*

*Hana teve que se superar para acompanhar o rimto de corrida do moreno. Realmente, ele tinha o fôlego de um búfalo para conseguir correr daquele jeito. A garota se sentou na carteira atrás dele, deu-lhe um belo cutucão no ombro e o encarou com sua expressão vazia de sempre.*

- Você faz alguma ideia de quem é aquela garota? Como pode se sentar e conversar com alguém que você sequer conhece?

*Kiryu chegou na sala, colocou sua cabeça para dentro para confirmar a presença de alguém, e se surpreendeu com a presença de apenas duas pessoas. Seriam as aulas da tarde sempre tão vazias até o fim do ano letivo? Kiryu deu um longo suspiro e adentrou na sala, visivelmente desanimado. Sentou-se em sua cadeira, colocou os dois pés em cima da mesa, cruzando-os, e abriu um pequeno portal por trás do móvel, de onde tirou um livro velho, em estado deplorável, e começou a ler mentalmente.*

*Depois de entregar a atividade para Yukio, Kyo havia retornado para seu lugar e ficara ali durante todo o intervalo, não sendo notado pelos outros. Nunca havia gostado de atenção, então para ele, não ser notado era uma coisa boa. Lance e Hana entraram assim que o período termina, assim como o professor, que após chegar, se senta e começa a ler. Ainda faltavam mais ou menos dois ou três alunos, então aparentemente a aula não começaria tão imediatamente*

*Boladão de pressa, Koushirou entra na sala ofegando, achando que tinha perdido bastante matéria. Para sua surpresa o professor estava apenas lendo um livro enquanto esperava mais alunos. Então, agora, calmamente vai até o seu lugar, sentando-se no mesmo, pegando seu caderno e colocando o mesmo em cima da mesa. E assim aguardou o início da aula, já pronto para anotar o que fosse necessáuro.*

*Lance se virou para encarar Hana, um tanto surpreso pela pergunta repentina da menina. Então ela o estava perseguindo? Aquilo era no mínimo incômodo, para não ser indelicado ou injusto com a garota.*

- Da mesma maneira que estou falando com você agora. Não há nada de errado em conversar com alguém.

*Lance disse poucas palavras, percebendo que o professor já estava na sala e esperando que a aula fosse começar logo. O rapaz se virou para frente e a apoiou seus cotovelos na carteira, estranhando um pouco a pose desleixada do homem de preto.*

*Hana ouviu atentamente as poucas palavras de Lance, sentindo algo que poderia ser indignação. Como ele poderia estar a comparando com aquela garota? Ok, ela também não era uma grande amiga íntima do galês, mas não é como se fosse como aquela loira. A garota tinha um ar estranho ao redor dela... Um ar predatório, como o de uma leoa espreitando um cervo.*

- Faça como quiser, avisado você está, e não só por minhas palavras.

*Sim, Hana já sabia sobre a voz que Lance tinha ouvido, mas resolveu se abster de qualquer comentário, já que o moreno parecia não querer conversar.*

*Kiryu da uamrápida olhada em seu relógio e decide não esperar mais. Deixa seu livro em cima da mesa, se levanta, vai até a lousa e escreve seu nome, juntamente com sua disciplina e o assunto do dia. Então, se vira para seus alunos, com ambas as mãos em seus bolsos, e começa a falar.*

- Meu nome é Shiranui Kiryu, seu novo professor de Defesa e Youki, dispenso apresentações. Durante este ano, nós aprenderemos sobre as funções intermediárias, ou secundárias, da Youki. São elas Canalização, Detecção e Manipulação, e começaremos hoje falando sobre Manipulação.

*Kiryu então vai até o fundo da sala, apenas para manter a "turma do fundão" alerta, e mater a si mesmo alerta também. Em seu tempo livre, o professor estava revisando o nome dos alunos daquela classe, e lembrou-se do rapaz que Sakurai Chidori havia comentado. Lance Nightlake, provavel mestre de Arondight. Kiryu deu uma rápida olhada para o rapaz, e tudo que conseguiu pensar foi que ele tinha a cara de um completo palerma.*

- Manipulação é a arte de modificar a Youki conforme desejamos e necessitamos, e é a única, de todas as funções, que tem uma certa dependência da raça do usuário. Por exemplo, uma Yuki Onna pode manipular a youki para que ela esfrie, e de origem ao gelo, mas não pode manipular sua youki para gerar fogo, ao contrário de um Ignis. É claro que como toda regra, existem excessões. Eu mesmo já encontrei algumas pessoas que apresentavam, de fato, habilidades um tanto incomuns para sua raça. O que determina nossas capacidades continua um mistério para os especialistas, e eu pessoalmente prefiro que permaneça assim. Mas gostaria muito de saber, qual a opinião de vocês? O que vocês acham que é responsável por limitar ou expandir nossos limites, quando se trata de Manipulação?

-Emoções... Dependendo da personalidade do "manipulador", emoções boas podem expandir seus limites, ou mesmo limitá-los. O mesmo vale para emoções más.

*Kyo se lembrara com aquela explicação de Kiryu, de seus treinamentos com seu pai durante sua infância, de quando era repreendido por chorar ou demonstrar qualquer tipo de fraqueza. Podia-se dizer que a Manipulação de Kyo podia ser expandida por meio da calma e serenidade, mesmo tendo um lado obscuro que o garoto fazia questão de ocultar*

*Koushirou estava tentando prestar atenção naquela aula porém não conseguia tirar da mente A PUTARIA QUE TÁ ROLANDO NO QUARTO 220 DA ALA OESTE, LEIAM PLZ, pois achava que estaria rolando DE TUDO lá, TUDO. Enfim, chacoalhando sua cabeça para os lados ele, bizarramente, consegue esquecer o que diabos poderia estar acontecendo naquela droga de quarto podendo assim pegar apenas algumas palavras do que Kiryuu disse. Aliás palavras bem interessantes, "...limitar ou expandir nossos limites...", era algo que realmente chamava sua atenção. Então, animadamente, ele levanta o braço para poder ter o direito de fala naquela sala, pelo menos por um pouco tempo.*

- Então, na minha opinião, tudo se trata de foco! O foco que você apresenta na hora de manipular seu Youki pode tanto lhe fazer "ultrapassar" os limites quando te limitar ainda mais.

*Prestando atenção em tudo que o professor falava, a mente de Lance é atingida com força por uma única palavra assim que o galês ouve a pergunta. De fato, aquela única palavra resumia tudo que em sua opinião poderia expandir ou diminuir os limites de um Youkai. Lance foi tomado por uma certa insegurança, e pensou por alguns instantes que não deveria falar. Aquela palavra, responsável por expandir seus limites, lhe trouxe lembranças bastante desagradáveis. Engolindo seu receio, Lance levanta sua mão direita, tremendo um pouco, quase que imperceptivelmente.*

- Treino... Quanto mais você treina um golpe ou uma magia, quanto mais você usa, quanto mais você se esforça, quanto mais essa habilidade se torna necessária, maiores serão os seus limites. Na minha humilde opinião, o segredo se chama "Treino".

*Lance então abaixa sua mão assim que termina de falar. Tinha sido tão sincero quanto seu coração permitia. Ele não sabia se aquilo valeria para todos, mas era o segredo dele, ao menos. Treinamento extensivo e constante, primeiramente por prazer, enquanto ainda vivia na Irlanda do Norte, e depois, já nos campos de batalha durante aquela maldita Guerra Youkai Européia, para poder sobreviver.*

*Kiryu ouve com bastante atenção tudo que seu alunos falam. Os três, Kyo, Koushirou e Lance, deram palpites exatos, completamente plausíveis, sobre o que poderia influenciar seus limites. Porém não pode deixar de perceber uma coisa em comum entre Kyo e Lance, e que pareceu faltar para Koushirou. Os dois morenos falaram com experiência, como se tivessem passado por situações em que tiveram que quebrar seus limites. Tão jovens e já conhecendo suas forças impulsoras... Aquilo era notável, sem dúvidas ambos iriam longe caso escolhessem seguir um caminho "tradicional" de um Youkai. Kiryu então voltou para a frente da sala, tirou seu sobre-tudo preto e o colocou em cima de sua cadeira, e se virou para seus alunos mais uma vez.*

- Os três estão certos. Especialistas têm muitas opiniões diferentes umas das outras, e as emoções, o foco, e o treino, foram várias vezes citados como fatores que influenciam em nossos limites em diversas referências literárias sobre o assunto. Mas não se esqueçam, uma andorinha não faz verão sozinha, e apenas uma força de impulsão não é o suficiente para fazer algo. Agora chega de teoria, vamos para a a parte prática.

*Kiryu então desabotoa seu colete, o retira e o coloca em cima de seu sobre-tudo. Também retira sua gravata e a deixa junto com as outras peças de roupa. Então, mexe em sua mala e retira dela uma luva de couro, com uma runa antiga gravada várias vezes por toda a sua área, e a veste em sua mão direita, logo depois subindo sua manga e fechando e abrindo sua mão umas três vezes.*

- Essa luva está marcada com a runa Algiz, o Alce, uma runa usada para encantamentos de Luz. Eu a usarei para lhes ensinar uma técnica de Manipulação chamada de "Balance Breaker", que como o próprio nome sugere, causa uma quebra de equilíbro temporária, resultando em efeitos bastante incomuns. Permitam-me demonstrar...

*Kiryu fechou sua mão direita e a ergueu até a altura dos olhos, que logo foram fechados. O professor então concentra toda sua energia na luva que começa a brilhar com uma luz branca. O brilho não era muito forte, nada além de um simples encantamento de iluminação. Ao atingir esse ponto, Kiryu passou a se concentrar na runa Algiz, e isso resultou em um aumento titânico na força da luz, que deixou de ser apenas uma fonte de iluminação, e passou a ser uma força purificadora. Algo que curava, exorcisava, danificava, iluminava e cegava ao mesmo tempo. Cinco efeitos contínuos e conjuntos em uma magia extremamente simples. Depois de exatos três segundos, a magia cessou, e a luva foi completamente destruída.*

- Tenho certeza que todos perceberam que, no início, se tratava de uma simples magia de iluminação, mas logo depois, tornou-se algo de certa forma impossível, uma magia cinco em um, para simplificar. Isso foi devido ao uso da runa Algiz, porém é possível conseguir esse efeito sem uma ajuda exterior. Isso é o Balance Breaker, uma técnica que quebra o equilíbrio, o limite de algo, dando-lhe efeitos poderosos por uma determinada quantidade de tempo.

*Kiryu é pego de surpresa pelo sinal sonoro que indicava o término das aulas daquele dia, então, veste seu colete, sua gravata e seu sobre-tudo rapidamente, deixando-os perfeitamente arrumados com grande velocidade e facilidade. Limpa a garganta com alguns pigarros e resolve encerrar tudo.*

- Estão liberados, tenham um bom resto de dia.

*E dizendo isso, resolveu ir até a cafeteria comer algo para saciar sua fome incômoda.*