-Quarto 320

-Este quarto está registrado no nome de Miyazaki Keiko.

* Abriu a porta do quarto com um pequeno chutinho, sem fazer muito barulho. Colocou as malas em cima da cama dela, e assim, se sentou numa cadeira que tinha ali, dando uma respirada um teco funda, após isso tossindo apenas uma vez. Virou seu olhar para ela, se levantando rapidamente. Não gostaria de incomodar a garota daquela forma, tipo, ela tinha acabado de chegar, com certeza Naoyuki não tentaria encher o saco dela mais do que já parecia incomodar, pela feição desta. *

- É aqui, Keiko. Sinta-se em casa, e novamente, bem vinda.

* Entrava no quarto e rapidamente retirava as malas da cama, colocando-as no canto do quarto. Estava surpresa por ser um quarto bem daorinha, mas não demonstrou isso de forma alguma. Ao vê-lo se sentar lá, Keiko se sentava na cama e mostrava uma feição de "WTF". *
[Quê? Ele está se convidando para ficar aqui? Pqp, que professor chato.]
* No fundo, no fundo, a morena só estava tentando se enganar. Ele não era chato, e talvez, mas só talvez, ela gostaria que ele ficasse lá fazendo companhia já que estava sem sono. *
- A-ahn... Valew.
* Agradecia tanto pelas malas quanto pelo desejo de boas vindas. Ficando um bom tempo sem dizer nada e, num impulso, dizia um tanto suavemente. *
- Fique aqui um pouco, Naoyuki-sensei. Creio que não está com sono e muito menos eu.
* Após dizer, a morena percebia que merda tinha feito e fazia um facepalm, mt bolada consigo mesma. Realmente queria conhecer mais o gentil professor, mas, né. É a Keiko. *

* Corou bastante ao ouvi-la, assim repousando novamente na cadeira, dando uma longa suspirada. Desabotoou seu terno, para ficar um teco mais tranquilo. Sim, com certeza, ele estava sem sono, pois dormiu praticamente a tarde toda e um teco da madrugada. Passou a fitar a garota por um tempo, ainda sem palavras sobre o doce e gentil pedido para ele ficar, mas com certeza, tinha concordado com aquilo. Após um tempo a olhando, este ajeitou a faixa em seu olho e passou a mão no outro, seguido de um sorriso para Keiko. Ela parecia uma boa garota... *

- Eu até posso ficar, Keiko. Mas tem certeza que não quer descansar, ou até... quer uma ajuda para arrumar algo por aqui?

* Ao ver o professor se sentando na cadeira novamente, fazia outro facepalm. Corava-se por completo ao vê-lo desabotoar seu terno, porque, né. Né. Sem graça por aquela situação, a jovem olhava para o lado e logo depois para as malas. Ouvia o que ele dizia, e assim, se levantava rapidamente. Corria para o banheiro e se olhava no espelho: Rosto ainda levemente avermelhado, ~mas nem era por causa da pancada~, cabelo bagunçado e roupa toda amassada. Arrumava-se por um tempo, passando até uma água no seu tããão amado cabelo. A beleza da jovem seria bem perceptível naquele momento, já que estava em quase seu melhor estado. Voltava para o quarto e, sem dizer nada, a morena jogava duas malas para ele, enquanto abria outras duas. *
- Coloque as roupas na gaveta que eu arrumo tudo aqui. Seja organizado.

* Ela realmente voltou linda daquele banheiro, ela praticamente virou outra pessoa, tipo, wtf, mas dane-se. Ao pegar a mala em mãos, ele começou a arrumar as roupas da garota, e não deixou de perceber algumas calcinhas ou sutiãs por ali, o que o deixou muito corado. Ele não poderia pensar em nada daquilo, porque caralho, ela tinha máximo o que, 17 anos? ~~(tá bom que não é estupro se ela não grita, risos)~~ então ele simplesmente se aguentou, apesar de algumas das calcinhas serem realmente um teco ousadas ou sexys pra caralho. Corou bastante, e logo fechou as gavetas, deixando as malas em um canto e voltou seu olhar à ela. *

- A-Acho que eu arrumei tudo, Miyazaki-san...

* Rapidamente começava a arrumar o quarto, colocando uns posters de jogos que gostava em sua parede. Logo pegava o seu abajurzinho roxo com seu nome, que mostrava um pouco mais de sua verdadeira personalidade. Colocava-o no criado mudo ao lado da cama, e logo começava a fazer isso com seus cremes e produtos para a pele. Pegava suas revistas em quadrinhos e colocava nas gavetas, fazendo o mesmo com seu notebook. Porém, quando ia começar a arrumar suas maquiagens, a jovem percebia que tinha algo estranho com o professor, e ao se virar para ele a jovem tivera um pequeno estalo em sua cabeça. Deixava as maquiagens caírem e corria em direção as gavetas, abrindo-as e percebendo que suas roupas íntimas estavam lá, perfeitamente arrumadas, assim corava-se por completo. Paralisava-se, ficando dura como uma pedra. Sua feição de susto e timidez era algo memorável e, para outros, muito engraçada. Naquela posição, um tanto curvada e com a mão sobre a gaveta, a jovem fazia seu tronco ficar reto e andava duramente, como se não tivesse articulações, para em direção ao banheiro. Com a mão ainda na posição da gaveta, a jovem abriu a porta e entrou no banheiro, trancando-o e se sentando sobre o vaso. Não conseguia se acalmar, muito menos pensar em algo. Estava mais sem graça do que nunca. *

* Com certeza ela ouvira a risada da Naoyuki de lá de dentro, caralho, a cara dela foi impagável! Ele voltava a se sentar na cadeira, dando um suspiro longo, e logo puxando de seu bolso um pequeno aparelho, que ele apenas verificou e colocou de novo no bolso, com bastante cuidado. Logo, decidiu se levantar, indo até a porta do banheiro onde Keiko estava. Ali, ele deu alguns tapinhas fracos na porta, para ver se ela saia. Mas logo, se encostou na porta, fechando os olhos e rindo um teco, antes de começar a falar. Caralho, que situação engraçada. *

- Keiko! Saia daí de uma vez! AWHUEAWHUEHAWUEHAWHEUAW

* Ouvia a risada dele, e aquilo fazia com que a garota ficasse ainda mais sem graça ainda. Ficava uns 5 minutos lá, trancada, enquanto tentava se acalmar. Numa suspirada, Keiko voltava para si, e mesmo sem graça, sua feição séria voltava. Levantava-se, e se dirigia a porta, dando uma ultima suspirada e abrindo-a. Pausa. Na sua mente, o tempo parava, e naquela pausa mínima, revirava os olhos mostrando frustração. *
- Ah. Beleza.
* Agora, com o tempo normal em sua mente, o motivo de sua frustração acontecia: O professor que estava apoiado sobre a porta começava a cair, e aquela situação passara em câmera lenta em sua cabeça. Ele caia para o lado de Keiko, assim, lentamente, a cabeça dele ia pousando-se sobre os seios, enquanto o peso se jogava contra si, e assim, começando a cair. Num impulso, Keiko abraçou o professor para que ele não se machucasse, mas isso nem ía acontecer, só que ela o fez sem nem pensar, e assim, com o tempo normal, ambos caiam no chão, ela de costas e batendo a cabeça no chão, e ele, bom, ele provavelmente caiu sobre algo macio. *
- I-Itai...

* Meh, não eram tão grandes assim. Mas o suficiente para "relaxar" a queda. E caralho, que queda mais tosca. Ouviu o impacto da cabeça dela com o chão, e ele não conseguiu se mover. Estava praticamente beijando os peitos da garota, por algum motivo, Naoyuki estava paralisado, não que fosse pela p00taria, não que fosse por nada, sei lá, ele tava envergonhado demais para se mover. Ele simplesmente ficou ali por um tempo, quando tremendo ele levantou sua cabeça, tentando encontrar os olhos de Keiko. Estava meio tonto, tremendo um teco, e parecia uma pimenta de metal. (q) *

- M-Miyazaki-san! Você está bem?!

* Não digo pelo tamanho, mas pelo o corpo em si, ele provavelmente estaria bem com isso. Ficava parada por um loooooongo tempo, e ao ouvir o que ele dizia, a jovem tentava fazer uma cara séria. Ficava de olhos fechados, ainda a abraça-lo sem motivo, a morena dava um longo suspiro enquanto uma vez ou outra, fazia uma feição de dor e soltava uns gemidinhos pelo mesmo. *
- Já disse pra me... me chamar de Keiko...
* Não estava com tanta vergonha assim, até porque nem se tocava como ele tinha caído. Somente aquela dor estava insuportável, mesmo que ela não demonstre, se transforme em um machucado muito feio, pode até estar sangrando, mas tentava ao máximo não mostrar aquilo. E até que, por dentro e beeeeem lá no fundo, Keiko estava se divertindo com a situação toda. *

* Rapidamente, após encontrar os olhos dela, este se levantou rapidamente, ficando de joelhos EXATAMENTE na frente dela, que estava com as pernas um teco abertas, um teco esticadas. Ele mal percebeu isto, mas com certeza tinha percebido o chão com algumas linhas vermelhas perto da cabeça dela. No primeiro dia da garota na academia e ela já tinha se machucado. Aê, que jeito legal de começar lá. Naoyuki estava ainda totalmente nervoso, mas se movia dali e colocava a cabeça da garota em seu colo, tentando estancar o pequeno corte da cabeça dela. Não era um corte muito grande, mas estava sim derramando um pouco de sangue, e isto era preocupante. Rapidamente esticou o braço para um pequeno armário que tinha no banheiro, e dali tirou um kit de primeiros socorros. Rapidamente retirou uma gaze e um algodão, junto de uma pequena bandagem. Fez um curativo TÃO rápido na cabeça da garota que provavelmente ela nem tinha percebido, e com uma outra gaze, limpou o chão. Rapidamente voltou a ficar de joelhos e colocar a cabeça da garota sobre suas coxas, levantando-a um pouco pelos braços, para ela ficar mais "confortável", mesmo no chão do banheiro. Tinha tratado-a com tanto carinho na hora de fazer o curativo, não pensou que manteria tal calma para fazer aquilo e tal... carinho com uma desconhecida. Normalmente seria um desastrado, mas nessa ocasião, não. *

- K-Keiko, me diga que você está bem...

* Seu corpo tinha ficado um pouco fraco, não por falta de sangue, mas sim por causa da pancada. Só com aquilo ele poderia perceber o quanto ela era uma garota sensível, e apesar da puta dor, ela mostrava também o quanto era forte e resistente. Ao sentir o rapaz fazer o curativo, a jovem fechava os olhos e os punhos com força, soltando novamente alguns gemidinhos de dor. Agora, após o curativo feito, ficava bem confortável com o tronco sobre as coxas e o peito dele, e a cabeça sobre o ombro. Colava a cabeça com o pescoço dele, e um pouco tonta, a jovem dizia baixinho, abrindo um pequeno sorriso para que ele não se preocupasse, mesmo isso não sendo de seu feitio. *
- Hehe... Estou sim...

* Corava bastante com a cena, e a vendo se ajeitar em seu colo, ele a abraçava, para a mesma não escorregar para os lados. Logo, num único impulso, ele se levantou com ela ainda abraçada à ele, e foi em direção à cama da mesma, onde, com muitíssimo cuidado, ele a colocou e ajeitou sua cabeça no travesseiro, deixando, mesmo sem perceber, o indicador no rosto dela, que fazia carinho em sua bochecha. Estava ainda bastante corado, então abaixou um teco a cabeça e se afastou um pouco. *

- E-Espero que fique bem logo, Keiko.

* Aquele abraço a confortava, tranquilizando-a ainda mais. O sorriso aumentava com aquilo, levando a mão destra para os braços dele e os apertando suavemente, como forma de carinho. Estava amolecendo, mas, poxa, olha o cuidado do rapaz. Depois de ser levada para a cama, agora deitada, levava a mão destra para a mão que estava sobre o rosto a acariciar, pousando-a sobre a dele. Ao vê-lo se afastar, num impulso, Keiko aperta a mão dele para que ele permanecesse alí. *
- Sente-se aqui, Sensei... E eu estou bem! Pode apostar...
* Sua voz não estava 100%, mas aos poucos ia melhorando cada vez mais. *

* Corava ainda mais, se sentando na ponta da cama, com medo de a machucar, claro. Sentou-se na pontinha da cama mesmo, ocupando pouco espaço, deixando a garota se relaxar. Estava realmente fraca, então ele retirou a mão do rosto dela e simplesmente a apertar junto à dele, com a mão sobre a cama. Deu um sorriso para ela, ainda um pouco corado. *

- Fique melhor logo, s-sim?

* Fazia algumas carícias na mão dele com o polegar, virando o rosto levemente para o lado enquanto o seu sorriso não sumia do rosto. Ele mostrava toda a preocupação dele, e isso a confortava porque tinha uma fórmula de escape alí, tinha alguém que poderia protegê-la de qualquer mal alí. Até que Keiko, lá no fundo, era encantadora. *
- Sensei... Até que você é bem bonito e bem carinhoso pra um robô...
( OASHDUAHOSDHAHUDSODSHADSUHDUOHSUDHAUSHSD N MIN MATA PLS )

( ELE N É UM ROBÔ MEU DEUS MININA EU VO T BATE MT TA? SE PREPARA )

* Seu sorriso se tornou uma risada, ficando um teco corado, mas ao mesmo tempo abaixava sua cabeça, fazendo um sinal negativo com a cabeça. Apertou a mão dela um teco mais forte, sem a machucar. Logo, voltava a olhá-la nos olhos, ainda rindo, mas depois este sumia, dando parte para um dos sorrisos mais sinceros que Naoyuki dera. *

- Ciborgue, Keiko. Ciborgue. e_ê

(AI ÇOCORR VOMO RE)
* Ouvia o que ele dizia e, assim, virava o rosto para ele. Corava-se com a risada e com o sinal negativo, achando que ele se zangara ou algo do tipo com o elogio. Seu medo não se concretizava, e então entendia o porquê dele ter dito isso. Indiferente, a jovem imaginava a diferença entre um robô e um ciborgue em sua cabeça, tipo com desenhos feitos a mão, e ambos ~ciborgue e robô~eram exatamente iguais. Que imaginação fértil a da jovem. *
-Isso não é a mesma coisa? Qualé.
(ASUDHASUDHAHDSODSU AI MEU DEUS AGORA QUE EU MORRO MESMO. ADEUS, VIDA.)

( Sabe que você vive só até quinta feira, né? :3 )

* Ele então não tinha ficado nervosa, a garota tinha apenas o que, 16~18 anos? A culpa não era dela, devia ser criada a leite com pêra e ovamaltino ~~caralho~~, então Naoyuki não se importou. Ele apenas riu e assentiu com a cabeça, ainda, sem nem perceber, com a mão em cima da dela. Soltou mais um sorriso enquanto a olhava, desta vez, rindo. Aquela situação já estava hilária por si só. *

- Não, tem uma diferença. Eu ainda sou um humano; eu ainda sinto. Robôs não.

* Também nem percebia que estava com a mão em baixo da dele, mas ainda sim estava a acarícia-la com o polegar. Ouvia o que ele dizia e fazia uma feição de surpresa, mas ainda estava cansada de todo o rolê de hoje. *
- Ooooooooooooooh...
* Com a mão livre, a morena levava-a para o cabelos do professor e começava a afaga-los suavemente, como forma de carinho e agradecimento por tudo o que ele fez hoje. Pode ter aborrecido-o com tudo, mas ainda sim ele estava lá. *
- Então, você... huuuuum... Fica feliz? Triste? Excitado? Bravo?
* Indelicada, sim, mas era seu jeito. Estava interessada naquilo, por mais que o tom tenha soado um tanto irônico. *

* Sorria para a garota, e quando recebera uma das coisas que ele mais gosta (mexer no cabelo) ele simplesmente se rendeu e fechou os olhos, apenas aproveitando aquilo. Estava com um sorriso estampado no rosto, e logo ele procurou a responder, mesmo ainda demorando para fazê-lo por querer aproveitar o tempo com ela. *

- Exatamente, exatamente! Eu sou exatamente igual um humano, com algumas partes diferentes só. Nada demais...

* Continuava com as carícias, sempre suavemente, passando uma vez ou outra pelo rosto do mesmo. Aquele momento estava muito gostoso, e, estranhamente, ele conseguira a dominar em poucas horas e já estava fazendo o coração da mesma bater, um pouquinho, mas bem pouquinho mesmo, acelerado. Soltava um pequeno riso, não caçoando do que ele disse, somente estava muito... estranha, feliz, como quiser chamar. *
- Quais partes?
* Permanecia a olhar para o rosto dele, mesmo que o homem alí está com os olhos fechados. Ele era realmente um homem muito atraente. *

* Sorria, assim, mostrando um pouco de seu braço esquerdo para a garota. Nada demais, era só um pedaço de metal. Só isso. E a perna, ele apenas pegou uma das mãos dela e a colocou em cima de sua coxa, apertando-a junto com a mão dela, para ela sentir o metal. *

- Só isto. Me aconteceu numa luta e tal... tirando algumas marcas de expressão no meu rosto, mas é perceptível. De resto... sou só mais um.

* Sentia o metal na coxa dele. Era um tanto estranho, seu rosto mostrava o que tinha pensado. Não era assustador, não era horrível, era só diferente. Apertava um pouco mais forte aquele local, somente para testa-lo. Como não entendia nada disso, muito menos aonde a tecnologia tinha chegado, a jovem queria saber se ele sentia aquilo. *
- Sente...?

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