Jardim

Relembrando a primeira mensagem :

-Diferente do que o nome diz, não é só um jardim, mas sim um complexo de jardins que cercam todo o território da academia.
-Muito bem cuidados, cheios de flores e vivos. Os responsáveis pelos jardins da academia estão sempre dando o seu melhor para manter a beleza neste local.
-Cuidado para não machucar as plantas deste local!

*Yutaro acompanhava a moça até chegar a um lugar tranquilo do jardim, talvez ele pudesse ajudar um pouco sua nova amiga.*

-Aqui é um ótimo lugar para descansar não acha? O que me diz de fazermos uma pequena pausa antes de continuar?

*Yutaro se apóia em uma árvore e tira sua lira da mochila, sem perguntar começa a tocar uma música.*

música:

- Pequena pausa? Mas.. Tu é folgado ein.

*Sim, ela era grossa e insuportável as vezes. Yuriko tinha esse jeito de ser com aqueles que não conhecia. Por isso mesmo, ficou ali, do jeito como estava antes - com seus braços cruzados sob a árvore - observando o jovem logo ao seu lado (já que o off não especificou em que árvore Yutaro encostou, vou imaginar que seja a mesma em que Yuriko estava) em silêncio absoluto. Não tinha o que falar e muito menos assunto para comentar. Então preferiu ficar esperando Yutaro terminar sua apresentação para poderem continuar.*

* Yutaro repara que a moça estava meio emburrada, então pergunta enquanto dedilhava*

-Você não gosta de música?

- Gostar de música é bem mais complexo do que muitos imaginam. É saber apreciar a cada nota tocada e a cada som emitido pelas mesmas. Também é saber respeitar que está tocando e compartilhar com ele aquele momento único. Sim, eu gosto de música. Mas ainda não entendo o porquê de ficarmos aqui!

*Dizia a jovem, um pouco emburrada. Chegava até a fazer um pequeno "bico" com os lábios depois dessa resposta direta. Yuriko tira uma mecha de cabelo e o coloca atrás da orelha com a mão, perdida em pensamentos. Aquele garoto era estranho. Gentil e sereno demais para existir. Esse era o motivo principal de tanta "desconfiança" da jovem.*

*Yutaro percebia uma aura um tanto quanto negativa vindo da moça, talvez aqueles sentimentos de orgulho e vingança atrapalhassem um pouco a jovem de perceber como eram as coisas a sua volta, talvez tenha passado por momentos muito difíceis, traumas que lhe machucaram, momentos que a fizeram criar barreiras em volta de si, barreiras de medo e anseio de não se machucar mais, provenientes de ódio e amargura que tomaram seu coração, sentimentos sombrios que aos poucos vão tomando o coração do individuo, e o corroem pouco a pouco de dentro para fora, deixando apenas a incerteza e a solidão para trás. Sim isso era o que via a mente de Yutaro, o jovem poderia estar errado e se precipitando em seu julgamento, mas aquele pensamento lhe incomodava, não podia parar de pensar nisso, então com uma voz calma e serena diz a jovem.*

- Palavras sábias as suas, música é muito mais do que som, existe um significado para cada melodia. Bom você não consegue ver o que passa a sua volta? Toda a natureza está em perfeita harmonia, tudo regido na mais perfeita ordem. Você se importaria de sentar um pouco e fechar seus olhos?

*Yutaro senta ao pé da arvore e continua dizendo.*

-Você consegue sentir esse fluxo? Isso tudo parece com uma música não acha? Tente relaxar um pouco, esquecer do seu passado e vivenciar algo novo agora, fixe seus pensamentos apenas nesse momento, pois ele é único.

- Uhm, pode ser.

*Diz a jovem, que já se agaixava e se sentava aos pés da árvore próximo de Yutaro. Yuriko também dobra suas pernas, usando os joelhos como apoio para seus braços.*

- Mas fechar os olhos não. Vai saber o que você pode fazer comigo? =.=

*Yuriko gostava de ser irônica as vezes, e aquilo divertia a moça. Ao que tudo indicava, o jovem ao seu lado não havia gostado de seu jeito de ser e agir com os outros. Mas, o que fazer a respeito? Até aquele momento, a única pessoa capaz de entender a jovem foi Kiryu. Bom, mas não vamos julgar o jovem Yutaro tão cedo não é?*

- Fluxo... Fluxo... Hunf. Esse lugar está tão cheio de pessoas como eu, que o fluxo daqui é interrompido e barrado apenas por esses sentimentos. Talvez um dia, isso mude. Ou talvez, até piore. *Diz a jovem, que olhava o horizonte com uma expressão solitária.*

*Yutaro fica um pouco vermelho, ele nunca pensara em fazer qualquer mal a moça, então ele vira por uns segundo se recompondo enquanto escutava o que ela dizia. Vira para a jovem quando ela fala que não conseguia sentir a harmonia naquele lugar, e expressava solidão em seu olhar. O jovem olhando para a moça sorri e diz.*

- Você pode confiar em mim não lhe farei nenhum mal, desculpe se lhe causei essa dúvida. Sentimentos como os seus? Você quer dizer sentimentos negativos, não é?

[Talvez ela sinta-se mais a vontade se eu falar algo sobre mim.]

- Bom eu desde criança fui incentivado a tomar cuidado com os meus sentimentos, afinal nos somos nossos piores inimigos, nossas incertezas e medos nos fazem hesitar, mas tem um truque que aprendi, que é não guardar rancor e magoas, já que impossível de não ficarmos triste, o que podemos fazer é deixar isso pra trás, vai ser difícil no começo, pode ter certeza que vai dar certo, mas você não está sozinha... Estarei aqui se quiser ajuda, afinal amigo é para essas coisas né? Uhmm... O que me diz de tentar mais uma vez?

*Yutaro fecha os olhos dessa vez e se concentra apenas no que estava a sua volta, naquele momento o jovem sentia-se tão calmo que poderia passar essa sensação para qualquer um a sua volta.*

- Sabe, já te disseram que confiar em alguém é depositar parte de sua áurea dentro dela? *Pergunta a jovem, ainda olhando o horizonte.* Poisé.. O único problema.. Foi que no meu passado, depositei quase toda a minha áurea em uma pessoa. Ela, acabou sendo morta.. E me contando o que eu menos queria saber logo depois, por um bilhete. E eu não tenho só sentimentos negativos. É só que eles tomam a maior parte aqui dentro. *Diz a jovem, levando uma mão ao peito.*

*Yutaro parecia não entender as obscuridades que existiam dentro de Yuriko. A jovem era realmente pessimista consigo mesma, e talvez iria demorar para liberar tudo aquilo que ainda guardava. Aquele ódio, aquele desejo de vingança e todos os sentimentos que suportavam, poderiam ser extintos em uma luta - isso, na mente dela. Logo depois, Yutaro começa a contar uma breve história sobre si mesmo, como ele foi ensinado a lhe dar com tudo aquilo, e como fazer para não se transformar num ser chamado Yuriko. A jovem apenas ouvia, em silêncio absoluto, criando toda uma história em sua cabeça conforme Yutaro contava. Assim que termina, Yuriko apoia sua cabeça nos braços - que estavam apoiados nos joelhos dobrados - escondendo seu rosto. Sim, lágrimas ameaçavam cair logo que Yutaro diz suas últimas palavras. Um silêncio se estende por entre os dois alunos, deixando um breve momento de tranquilidade. Os únicos ruídos que talvez poderiam ser ouvidos por alguém com uma audição bem aguçada, seria o barulho das lágrimas escorrendo pelo rosto da jovem que se odiava um pouco por ser como era.*

*Yutaro escuta a moça, seu palpite estava certo, ela foi tomada por sentimentos negativos e estava machucada, então o rapaz levanta e segura a jovem pelos braços, dando uma leve puxada, sem machucá-la, levantando a mesma. Então diz*

- Eu nunca passei por esse tipo de situação, não sei se consigo entender exatamente o que você esta passando agora, então compartilhe esses sentimentos comigo, deixe-me ajudá-la a carregar um pouco desse fardo.

* O rapaz retira duas faixas de sua mochila e enrola nos punhos da Yuriko, então levanta seus punhos montando sua guarda.*

- Bata-me o quanto for preciso, até que você se sinta melhor, não se preocupe comigo eu vou ficar bem.

*Segundos depois, a jovem se depara com algo lhe puxando dali. Algo como mãos quentes ~~(ui)~~ que tentavam lhe ajudar de toda forma. Yuriko se assusta de início, pois nunca alguém havia lhe tocado de forma tão carinhosa. Suas lágrimas cessam na mesma hora, deixando a jovem com uma cara de quem não sabe nem o que dizer. Yuriko se levanta, limpando sua roupa. Aproveita também para limpar o rosto molhado, torcendo para que Yutaro não visse aquela cena.*

- Não vou te bater. Até porque se eu fizer isso, eu te arrebento. E não estou a fim de levar ninguém pra enfermaria. *Explica a jovem, que observava Yutaro enrolar seus punhos com um pano leve.*

*Yutaro estava decido, não iria parar agora, mesmo que a jovem o deixasse inconsciente no chão, ele estava disposto a ajudá-la. Olha fixamente nos olhos da jovem e diz.*

- Eu sei que ainda tem sentimentos bons dentro de você, só é preciso dar espaço a eles, mas antes você precisa se livrar de outros... não me importo de me machucar por uma causa maior, eu quero que confie em mim, isso vai fazer bem pra você... Vamos não tenha medo.

*O rapaz faz um movimento com suas mãos, como se estivesse chamando a jovem para lutar com ele.*

(Ei, Is it a PVP? kkkkkk)

*Yuriko arqueia uma das sobrancelhas enquanto ouvia as palavras de Yutaro. O jovem realmente queria ajudar o ser machucado de Yuriko. A jovem então se aproxima de Yutaro, ficando a uns 2 passos de distância somente. Levanta seu rosto e fixa o olhar nos olhos de Yutaro, com uma expressão brincalhona.*

- Então, você quer lutar é? Tudo bem, eu aceito sua proposta. Mas vamos fazer o seguinte: ao invés de ser somente para me “libertar” desses sentimentos que você diz ser ruins, vamos lutar pra valer como um mano a mano. Se eu ganhar, quero que você páre de querer me ajudar a esquecer tudo isso que me consome e ainda me dê um presente. Se você ganhar... Bom, você escolhe, claro.

*Yuriko dizia a tudo isso com os braços cruzados – como sempre – e com um pequeno sorriso nos lábios. Talvez aquela brincadeira fizesse bem para ambos e criasse uma aproximação entre Yutaro e Yuriko. Ou talvez não. *

*Kiryu acorda depois de uma meia hora cochilando, já descansado e pronto para caçar algo para fazer. O professor então se levanta e tira os pequenos matinhos que estavam grudados em suas roupas pretas, deixando um bocejo titânico escapar logo em seguida. Seu estômago estava vazio, e Kiryu sente um pouco de fome. Pensando que seria melhor não deixar a fome aumentar, o professor se dirige de volta ao prédio principal da Academia.*

*Sayo decide passar pelo jardim para ir a Cafeteria, a tarde estava gostosa, ensolarada, Sayo gostava do sol aquecendo sua pele quase transparente, levanta um pouco a cabeça pro sol tocar mais seu rosto e suas marcas, ficou pensando como ela seria sem aquela aparência diferente, se fosse morena como Emi, achou que ficaria muito estranha com aquele tom de pele, a imagem dela morena a fez dar um suave sorriso, não era de sorrir, mas não sabia esconder bem as coisas, era sincera de mais para isso, então lembro que não estava sozinha, Hana estava a acompanhando e baixo a cabeça rapidamente corando, apertou um pouco o passo para chegar logo ao destino.*

*Sem entender direito porque Sayo estava passando pelos Jardins, Hana se põe a seguir a garota de perto, ainda segurando sua barriga, tentando esquecer a fome. Sayo então sorri do nada, e logo depois abaixa a cabeça, corando bruscamente. Ela deveria estar muito feliz que Hana estava com ela, só podia ser isso, ou então ela era uma usuária assídua de cogumelos ilegais naquele país. A vidente acelera um pouco o ritmo de sua caminhada para acompanhar Sayo enquanto admirava as flores do Jardim.*

*Yutaro vê aquela proposta como uma oportunidade, então resolve agarrá-la (a oportunidade antes que você pense besteira) sem pensar duas vezes.*

-Certo eu aceito seu desafio, mas acho que aqui não é um bom lugar para fazermos isso... Bom eu acho que podemos ir para a floresta aqui perto, ok?

*Os olhos do rapaz brilhavam como chamas e um largo sorriso estava estampado em seu rosto, finalmente conseguiu arranjar um jeito de ajudar a moça, mesmo que indiretamente.*

(Eu não penso besteira assim do nada. u-u .... tá, as vezes sim.... Ta bom vai, eu penso =.=)

*Finalmente Yutaro concordara com a proposta de Yuriko. Aquela era uma ótima oportunidade de testar suas habilidades em batalha. A jovem então sorri, animosamente, dizendo.*

- Certo. Vamos esperar anoitecer. Até lá, vamos nos preparar.. Descansar, comer, essas coisas. Nos encontramos no centro da floresta. Combinado? *Pergunta a jovem ansiosa para os planos de hoje a noite (hehe), estendendo a mão para Yutaro como forma de "confirmar" todo aquele plano. Claro, Yuriko não pegaria leve, Há.. Não mesmo. E esperava que o jovem também não tivesse dó de si.*

- Certo, hoje à noite no centro da floresta. Está combinado.

*O rapaz aperta a mão da jovem confirmando. Então o jovem se despede da moça partindo para se preparar para aquela luta.*

*Hana passa pelo Jardim caminhando lentamente, olhando cada flor que seu olhos podiam alcançar. Elas eram realmente muito bonitas, as pessoas que cuidavam delas deveriam trabalhar duro e dar tudo de si para que elas ficassem daquele jeito. A garota vai caminhando devagar até os Dormitórios.*

*Chidori passa pelo jardim seguindo em direção as escadas externas.*

*Takume continua seguindo a garota. Onde ela poderia estar indo? De qualquer maneira, o esforço valeria à pena. Uma garota bonita e fragilizada com alguma coisa dificilmente resiste por muito tempo.*

*Após confirmar a luta e o jovem Yutaro se retirar, Yuriko se espreguiça ali mesmo imaginando o que e como faria após anoitecer. Bom, descansar era sua primeira opção, então, a jovem segue em direção aos corredores.*

*Passa rapidamente pelo jardim chegando no prédio dos dormitórios.*

*Chega ao Jardim, era muito grande e bonito, começa a andar por ali atras de uma árvore para se encostar, poucos minutos encontra, senta-se e retira o violão da capa, era um violão da marca Yamaha, preto com as faixas das bordas brancas, ganho em um de seus aniversários de seu avô, se concentra e começa a tocar uma musica de suas bandas favoritas, tentando até arrisca cantar umas notas, em um tom baixo para não incomodar os outros.*

*Senta debaixo de uma árvore e fica ali de buenas.*