Terraço

Relembrando a primeira mensagem :

-Parte superior aberta dos prédios do campus. Uma ótima vista está disponível para quem vem aqui.

* O toque dos lábios dele com os dela fez com que a ruiva praticamente se sentisse nas nuvens sem nem sentir ainda o toque quente da língua do jovem indo de encontro à sua. Ela sabia que isso aconteceria, então, antes ainda de começar um beijo mais gostoso, ela se grudava com Yori, subindo a mão que estava junto a dele até a nuca do mesmo, enquanto o outro braço o abraçava. Por algum motivo ela correspondeu perfeitamente aquele beijo, aos poucos, sincronizando-o com um beijo romântico com Yori. Tudo nele... agora estava visível. Era a beleza do garoto, o perfume fraco porém penetrante que vinha de seu pescoço, o toque quente dos lábios e logo após da língua dos dois se entrelaçando... tudo aquilo era maravilhoso para Katsumi, ainda mais porque Yori era a segunda pessoa que ela já havia beijado em toda a vida, e talvez ficara um teco nervosa por isto. A cada movimento diferente, ela apertava mais o braço em volta do corpo do garoto, o juntando ainda mais naquele beijo delicioso, embaixo do brilho incandescente da lua e também do som dos galhos se chocando contra as folhas, e também o show de luzes que se criavam entre eles, provenientes das poucas plantas de cor que haviam no terraço e suas lâmpadas. Após aquele beijo delicioso que recebera de um garoto ainda mais aconchegante que o próprio beijo, a ruiva ia aos poucos se distanciando do rosto dele, desferindo alguns selinhos nos lábios úmidos do garoto. Assim que finalmente abrira os olhos, dava de cara com mais ninguém. Não ouvia mais nada senão a respiração de Yori, e os olhos dele entreabertos, com um sorriso bobo no rosto. Aquilo mexera com Katsumi, de alguma forma. Aos poucos, ela foi "recuperando" os sentidos, e em um lado que nunca se vira antes da ruiva... ela explodiu em vergonha e simplesmente abraçou o loiro com força, afogando o rosto no peito do mesmo. Conseguia ouvir perfeitamente a respiração do menino, e também, conseguia ouvir os batimentos acelerados, tanto dele, quanto dela. Tinha sido... perfeito. Como nunca antes... *

- Y-Yori... seu... seu bobo.

- Ah, ela acabou saindo depois de atirar, aliás nem foi pra matar, que mulher fraca.

*Sua fala resumia exatamente o que se passava na cabeça de Shinta. Aliás, para ser totalmente sincero, não pensava que Kana era fraca por não ter utilizado munição real, pensava apenas que a mesma não teria coragem de realizar um ato tão extremista como matar alguém que não lhe agrada. De qualquer forma os danos daquela bala de youki foram realmente significativos, pelo menos durante alguns segundos, conseguiu levar Shinta ao chão facilmente e sua testa doía um tantinho. Ele queria retribuir os danos que recebeu, porém Kana já tinha saído do Terraço antes mesmo da fala do segundanista. De qualquer forma, se levanta e então abre um sorriso no rosto. Conseguia ver mais uma vítima para sua personalidade terrível ali, um segundanista chamado de Kokuen Tetsuo. Olha para os lados, para se certificar de que poderia atormentar apenas aquele rapaz, e então nota que tinha um casal por ali. Ah, que merda. Shinta sente uma enorme de simplesmente jogar os dois de cima quando vê aquela cena de beijo, que ridículo. Ele não queria estar ali mas não tinha nenhum outro lugar para ir. Então vai até Kokuen Tetsuo, com as mãos no bolso, olhando-o de forma ameaçadora. Shinta deixava clara uma aura de violência e loucura ao seu redor, era gritante a vontade que o mesmo tinha de ferir aquele garoto.*

- Você tem cara de ser bem certinho, ter notas boas e ser popular. Eu odeio profundamente gente assim... Quase sempre eu machuco gravemente, mas não mato, gente deste tipo...

*Então, assim que se encontra à um metro de distância de Tetsuo, Shinta para de mover suas pernas. Em seguida aponta o dedo para o segundanista.*

- É o seguinte, não vou te machucar se você me falar de um lugar realmente divertido nessa academia. Esse lugar aqui tá cheio demais...

*O beijo se aprofundou e estendeu, assim como os dois aprofundavam-se em si mesmos. Katsumi levou a mão até a nuca do garoto e foi puxando-o. Yori repetiu o movimento, envolvendo o braço direito na cintura dela e a esquerda foi até seu rosto, acariciando-a com o polegar suavemente. Sentí-la tão próxima, sentir a respiração suave da garota, sua língua tocando e entrelaçando na dela... Tudo aquilo era ótimo e nada poderia estragar. Depois de um tempo, foram se distanciando, e Yori não pode perder a chance de dar uma leve mordida seguida de uma puxada no lábio inferior da garota, finalizando com um pequeno sorriso. Sentiu uma sensação inexplicável quando ela abraçou-o e se escondeu ali. Tinha tanta vontade de apertá-la, abraçá-la, guardá-la em uma caixa para que pudesse tê-la para sempre. Queria protegê-la de qualquer coisa ruim no mundo e fazê-la apenas feliz. Queria poder ver aquele belo sorriso todos os dias a todo momento. Abraçou-a forte, levando a mão esquerda para a cabeça da garota, fazendo uma suave carícia por ali. Parecia que só existiam os dois naquele mundo. Assim, disse, baixinho e num tom suave para que apenas ela escutasse.*

- Eu poderia ficar todo o tempo do mundo aqui, com você... Nada pode ser mais perfeito que estar aqui e agora com você em meus braços, Katsumi...

- P-Para, Yori! V-Você é um bobo. Um besta.

* Dizia com a voz bem baixinha, dando um tapinha de leve nas costas dele, rindo logo após. É, realmente, ela se sentia segura mesmo com aquela aura escura perto deles, proveniente do moreno. Ela sentia que, se o moreno tentasse tocá-la ou machucá-la, Yori iria arrancar-lhe os olhos e colocá-los no buraco das bolas e as bolas no buraco dos olhos (Vide Planeta Terror para melhor entendimento), fazendo com que a ruiva se sentisse nas mãos de um semi-deus. Ela podia sim se proteger sozinha, mas sabia que Yori se sacrificaria por ela. Por algum motivo ela confiava nele demais, por algum motivo ela se sentia bem com Yori. E... estar nos braços abaixo da incandescente luz da lua só a fazia se sentir melhor. Chegara até a fechar os olhos e beijar o peito do loiro por cima da camisa, como se fosse para mostrar afeto. Sentia o beijinho dele que caía em sua cabeça como uma pétala da rosa mais sensível do mundo, fazê-la se sentir ainda mais confortável. Ainda estava corada e apertando o loiro, envergonhada. Aos poucos ela ia se soltando e passava a olhar os olhos do loiro, os penetrando com seus rubros. *

- Eu... eu acho que posso dizer o mesmo, Yori-kun. Há anos que não me sinto tão bem assim com alguém...

* E dava outro selinho nele, este rápido, agora dando uma risadinha baixa, com os olhos fechados e as maçãs do rosto vermelhas como o rubi mais brilhante do mundo. Mesmo com aquilo tudo acontecendo também do terraço, do garoto aparentemente louco dando ameaças ao outro, Katsumi só conseguia ouvir a voz dele como um pequeno zumbido: os ouvidos dela estavam cheios da respiração e do som das folhas abaixo, e isso a agradava. Ela não mentira: fazia anos que não se sentia tão bem assim, e ainda... nos braços de alguém. *

* Depois de uma caminhada sem rumo pelos arredores, Nanami percebe que achou um dos terraços. Tinha-se uma visão muito bonita de lá, já que o céu estava limpo e muito estrelado. A lua cheia brilhava o suficiente para dar dor na vista da ruiva -que não via lua porra nenhuma, apenas um puta borrão branco no céu. Acabou por esfregar os olhos continuadamente, andando às cegas por ali. Por que tinha que ter esquecido o óculos bem numa horas dessas? Ai, ai, ai!
Ouvidos atentos captaram uns murmurinhos e barulhos de beijo molhado de adolescente. "Ew!" foi o que pensou. É uma ~~virjona~~ bobona mesmo. Ela não precisava de mais ninguém no mundo enquanto estivesse com o Sr. Copão de Café. O abraçava, recolhendo-o no meio dos fartos seios, sorrindo idiotamente. `u´~ *

* Chegava no terraço com um leve chute na porta, desde que ambas suas mãos estavam ocupadas acendendo o cigarro, por causa do vento. Ao acender o cigarro, o jovem dava uma tragada bem gostosa, enquanto se aproximava de uma parede, próxima das grades que impediam que alunos suicidas fizessem seus trabalhos de louco. Assim sendo, ele começava a observar as pessoas ali. Um casal, nada de especial, aproveitando a linda lua que os recebia com carinho em sua luz, um garoto estranho com uma aura assustadora, mas Arisato não conseguia ver um motivo para ligar pra ele e o outro garoto ali. Também tinha uma garota sozinha com um copo de algo entre seus peitos, e ele ficou observando aquilo por um tempo, até soltar um pequeno sorriso e passar a observar as árvores abaixo dele, dançando ao leve vento. Assim, continuava fumando seu cigarro e ouvindo uma música, relaxando um pouco antes de fazer qualquer outra coisa. *

*Que desagradável... Mais e mais pessoas adentravam aquele local. Vamos começar descrevendo o que Shinta achou da entrada de Kumorizora Nanami, a aparente retardada que tem que existir em todo o ambiente escolar. Não tinha muito o que descrever, afinal, aquela mulher apenas parecia ser exageradamente tapada e idiota, afinal ela estava sorrindo dessa forma enquanto estava abraçada com um copo de café, no meio de seus seios. Shinta não resiste, na verdade nem se quer tenta resistir, e fica olhando uns bons minutos aqueles peitinho mas, logo depois é surpreendido por um macaco qualquer chutando a porta, mesmo que de leve. Olha para a pessoa que realizou tal ato, Yamagishi Arisato, e então pensa que aquele garoto parecia ser como Shinta, um problema ambulante. Pensa em puxar um assunto qualquer, apenas para se certificar de que Arisato poderia ser uma pessoa assim como ele. Então, com passos relativamente apressados, Shinta vai até o segundanista e toca seu ombro, olhando-o de forma desprezante.*

- Ei, maldito, pode entrar de forma mais educada aqui?

*E então Shinta muda seu olhar para um mais confuso. Ele não sabia o que tinha acabado de acontecer e nem tinha ideia de quando aquele tanto te gente tinha chegado lá, pois se lembrava de estar ali apenas com uma mulher ruiva bonitinha que tinha lhe mostrado uma foto de tetas de vaca.*

* Arisato só levantava a visão para dar de cara com o rosto retardado e feio daquele guri idiota que já veio encostando em seu ombro. E... "maldito"? Quem aquele garoto pensava que era? Arisato tirou o cigarro da boca, o segurando com a mão direita. Olhava fundo nos olhos do garoto, o comendo com o próprio olhar. Um sorriso macabro fazia parte do rosto do moreno, e num piscar de olhos, ele dava um empurrão tão forte no garoto que o estrondo que o mesmo fez no chão poderia ser ouvido de muito longe. *

- Quem você pensa que é, seu filho da puta?! Olhe o jeito que fala comigo.

* E o cigarro, já no final, foi apagado no meio da testa do retardadinho, posto no chão agora. Arisato ficava o olhando com escárnio nos olhos, odiando-o pelas ações. Quem ele era para xingar Arisato? Que lixo que ele era? Era visível que ele era só mais um bosta, agora no chão, com uma marca de cinzas e um queimadura na testa. *

- Don't fuck with me. I don't wanna hurt you anymore.

* Riu um pouco com a reação fofa dela e a abraçou mais forte ainda, apertando-a um pouco mais contra o próprio corpo. Aos poucos, foram soltando de leve e ela finalmente o olhou, visivelmente envergonhada por estar muito vermelha, mas também visivelmente feliz. Fitou-a diretamente nos olhos, o que o fez se perder por alguns instantes. E tinha como não? O olhar de Katsumi era um mistério, mas era tão belo... Tão profundo. Tão intenso! Tão... Gloriosamente incandescente... Mas como a lua. Yori às vezes sentia como se ele fosse o sol e ela, a lua. Tão parecidos, mas tão diferentes. Uma combinação perfeita, de fato. As palavras dela fizeram-no corar mais ainda, levando uma das mãos até o rosto dela. Acariciou-a suavemente com o polegar e prosseguiu, com um sorriso radiante nos lábios.*

- Eu fico muito feliz que eu tenha conseguido fazer você se sentir assim, Katsumi. E prometo te deixar muito mais!

*E assentiu, piscando o olho direito para ela. Nesse meio-tempo, um garoto fumante entrou em cena. O cheiro do cigarro era irritante, mas suportável. Não queria desgrudar de sua ruivinha... Mas, infelizmente, viu-se necessário. O garoto da intenção assassina resolveu tretar com o fumante, que derrubou-o e apagou o cigarro na testa dele. As coisas pareciam que iam ficar bem tensas... Assim, abraçou-a um pouco mais forte, dizendo bem baixinho no ouvido de Katsumi.*

- Minha querida... O que acha de sairmos daqui? Podemos ir a algum lugar melhor, só nós dois...

*Confuso pra caramba Shinta é empurrado e tem um cigarro apagado em sua testa. O olhar e as palavras de Arisato apenas conseguiam deixar o rapaz feliz. Ele gostava de ser menosprezado, gostava de ser xingado, de ser agredido mas, principalmente, amava tirar os outros do sério. Seu objetivo foi claramente concluído, então ele se levanta e bate suas roupas, olhando fixamente para o segundanista a sua frente. Se antes seu olhar era confuso agora se tornava um que indicava satisfação extrema. Com um sorriso no rosto, então, ele dá uma respirada e se prepara para responder calma e agressivamente.*

- Sou apenas mais um segundanista dessa academia. Mas, vem cá, se importa de me dizer o por que de você ser tão fraco e infantil ao ponto de apenas ser chamado de maldito e tomar atitudes tão ridículas assim, além de tentar, falhamente, parecer ser legal? Não vai me dizer que "maldito" é uma palavra que você quase nunca ouve, vai? Desculpe-me por te chamar assim, não sabia que algo próximo a verdade lhe afetava de tal forma, hehehe.

*Seu tom de voz, no começo, era bastante calmo e acompanhado de um sorriso claramente amigável, inocente. Porém assim que começa a falar que achava Arisato fraco pela sua atitude tanto o seu olhar quanto seu sorriso se transformavam em algo extremamente agressivo, intimidador e brutal. Poderia-se dizer que, basicamente, ele estava tentando retribuir o empurrão que recebera massacrando Arisato com palavras, mas como dito anteriormente era apenas uma tentativa.*

- Você acha que suas palavras fracas iriam me abalar ou me frustrar? Você acha que eu nunca lidei com coisa pior que você, seu merda? Eu não tenho paciência para bostas como a sua, e não vou engolir de um moleque uma única palavra pejorativa. Não tenho paciência.

* E assim, ele agarrava o garoto por ambos os braços e invertia posições com ele, o batendo de costas na parede, fazendo outro estrondo. Aquele sorriso retardado e louco dele só enchia Arisato de mais e mais raiva, e o que mais desejava agora era comer a cabeça daquele garoto ou simplesmente, esmagá-la contra a parede. O fitava, com um olhar mortal, querendo tirar pedaços de pele do mesmo apenas com o olhar. *

- Você não é ninguém. E esse seu olharzinho e sorrisinho é o que, para tentar mostrar que você é alguém? Você é o que disse: mais um segundanista de merda. Não tente manter uma pose de foda quando você não é nada além de lixo. Eu daria um tapa na sua mãe por ter te parido.

- Por favor, Yori-kun. Tem gente que não tem noção mesmo... poderíamos ir para algum local mais quieto...?

* Ela queria passar um tempo, que seja, tomada pelos braços do garoto loiro. Em algum lugar confortável, longe de tudo e de todos. Ela falaria "seu quarto, talvez", mas não tinha vergonha demais para falar isto. Se ele desse a ideia do quarto, ela aceitaria de prontidão. Observava a briga que se esquentava ali, mas é claro, ela não se meteria. Porém... ela parecia conhecer o garoto fumante de algum local, mas não daria visão sobre isso. *

- E o mais rápido possível...

*Não conseguia fazer nada mais além de rir. A pose de valentão que Arisato tinha, juntamente com suas palavras, não chegava nem ao menos atingir os ouvidos de Mikazuki Shinta. "... seu merda?...", "... mais um segundanista de merda...", que palavras mais doces. Ele já foi chamado de coisas bem piores por muito mais tempo, já teve que enfrentar coisas bem mais agressivas do que um moleque com dois cabelinhos no saco que tentava intimidar alguém com algo tão estúpido. Se Arisato realmente tivesse o objetivo de fazer Shinta temê-lo ou pelo menos recuar um pouco ele precisaria ser muito mais agressivo, teria que tomar ações muito mais extremas. Socos, chutes, palavras ofensivas ou nada do tipo adiantariam... Se ele realmente quisesse deixar o rapaz chocado e o fazer recuar ao menos um passo ele teria que deixar Shinta ganhar alguma coisa, afinal, nada mais chocante para um perdedor nato do que ganhar algo pela primeira vez em sua vida.*

- Olharzinho para tentar mostrar que é alguém? Pelo amor do diabo, porque deus é muito mainstream, não preciso desse tipo de merda. Pelo visto é você que quer tentar mostrar que é algo agindo de forma tão "badass" e falando de um jeito tão imbecil. Desculpe mas diferente de pessoas baixas como você eu não preciso "mostrar" que sou alguém. Só preciso fazer com que lixos que nem você caiam ainda mais no fundo do poço e, bem, parece que eu consegui, haha.

*Toda aquela irritação de Arisato e seu tom de voz recebiam uma resposta calma e claramente uma superioridade de Shinta, pelo menos na mente do próprio rapaz. De fato, seu objetivo tinha sido totalmente completo, rebaixou mais uma outra pessoa à seu nível, a segunda no dia.*

* Não tinha o que fazer, senão ignorar aquela criança. É, ele realmente queria abalar Arisato. Já que força bruta fazia o doente endurecer seu pênis contra, Arisato apenas o soltou, soltando um audível "tsc", fazendo seu sobretudo voar com a virada de corpo rápida que o mesmo deu. Acendia um cigarro e já ia saindo do terraço, não dando uma foda sobre fumar dentro da escola. Ia direto ao seu quarto, aparentemente MUITO nervoso. Não queria mais perder o tempo com aquele lixo. *

[Um mero garoto acha que vai conseguir me abalar? Tsc... meus pais morrem de novo, mas eu não estresso mais com garotos assim.]

- Um lugar calmo... Podemos ir para o meu quarto. O que acha?

*E sorriu gentilmente, agora soltando-a, porém, segurando a mão direita dela de leve. Assim, suavemente, levou-a até a boca, onde deu um simples beijo e depois voltou a fitá-la, sem soltá-la. Ainda bem que o quarto de Yori era sempre arrumado. Apesar do que tinha acontecido mais cedo, aquilo nunca seria nenhum tipo de problema. Também lembrou-se de não ter nada muito interessante no quarto para se entreter com ela ou coisa do tipo... Mas... Tinha ela. Queria poder abraçá-la e beijá-la sem parar por dias e mais dias.*

- Vamos indo?

- Hai. Vamos agora...

* E já ia tomando a liderança, segurando a mão dele. O toque dele era suave e sensível, e fazia Katsumi se sentir nos céus cada segundo com ele. Mesmo tomando a liderança, é claro, ela esperava ele ir na frente, porque afinal... o quarto dele. E é. O quarto dele... seria meio rápido, mas Katsumi não sabia, não iria fazer nada, mas talvez... muitas coisas passavam na cabeça dela, mas mesmo assim, ela estava com muita vontade de passar o tempo com ele. Aquela noite, aquele beijo, aquela lua... tudo era tão maravilhoso. E ela sabia que ficaria melhor ainda. *

*Conforme andou em direção à saída, lembrou-se de algo. Por mais que quisesse aproveitar o resto da noite com Katsumi, tinha um dever a cumprir. Talvez demorasse, mas compromisso era compromisso e ele pretendia acabar com aquilo o mais rápido possível. Talvez demorasse demais... Talvez perdesse a noite. Yori se viu em alguns momentos de indecisão. Deveria ir até a biblioteca e ajudar Sasha a expulsar o demônio? Ou aproveitar a noite com Katsumi e deixar isso pra outro dia? Agora que lembrou-se, não conseguiria relaxar. Estava nervoso. Seu maior medo era decepcionar sua ruiva ou deixá-la triste de qualquer modo... Então suspirou e, vermelho e com uma expressão triste, fitou-a.*

- K... Katsumi... Eu preciso fazer uma coisa antes. Existe um fantasma na biblioteca e me propus a ajudar a livrar a biblioteca dele... E... É um combinado, um dever. Sabe? Vamos lá comigo? - *E pareceu mais preocupado e nervoso ainda.* - M... Me desculpa por... Sei lá, te entristecer, ou decepcionar mas... Mas... Eu preciso... Eu me comprometi. - *E desviou o olhar, passando a mão na cabeça.* - Desculpa...

- E você está se desculpando pelo quê? Está tudo bem, Yori-kun.

* E assim a ruiva dava um ligeiro abraço nele, seguido de um selinho carinhoso e macio nos lábios do mesmo. Não era culpa dele, ele apenas esqueceu, é humano. Mas, se ele tinha um combinado, ele tinha que cumprir: e isso é certeza. Ela estava de prontidão à ir com ele, mas claro, com medo de atrapalhá-lo. Ele tinha o chamado, claro, mas... ela estava meio receosa. Não tinha medo de fantasmas, já viu coisas piores, mas tinha medo de atrapalhar seu querido. *

- Bem... eu tenho medo de lhe atrapalhar, anjo. Se quiser que eu vá... ficaria feliz de passar a noite, de qualquer forma, junto à você.

* Ela com certeza se sentia bem demais com ele. Ele a passava algo bom, ele a fazia se sentir nos braços de um rei, talvez... Lord Yori seria legal. Continuava abraçada com ele, a olhando nos olhos, com um olhar carinhoso. Faria o que fosse preciso para ficar com ele aquela noite. *

* Nanami notou que, com a chegada de outro garoto no terraço, o clima pesou. Durante toda aquela cena de provocações e agressões tanto verbais quanto físicas, ela permaneceu imparcial. Quieta, sabia que se tentasse interferir na briguinha dos dois, seria um estresse desnecessário. São dois idiotas, apenas. Sua memória absurda, capaz de registrar qualquer coisa, gravou aquela aquilo tudo na mente. Por não enxergar quase nada, não pôde ver nitidamente o rosto dos rapazes. Porém, o tom de voz estava bem fresco na cabeça. Caso presenciasse outra situação dessa, protagonizada por ambos dos alunos, teria de tomar alguma decisão para que isso não se agravasse. Estaria de olho nos dois.
Com a mesma cara de pateta que entrou no terraço, Nanami saiu. Pode parecer besta, mas nunca a subestime. Assim seguiu sorrindo, como se nada tivesse acontecido, carregando ainda o copão de café quase vazio. *

*Sorriu, aliviado por ela ter aceitado e ter ficado de boas quanto àquilo. Abraçou-a de volta e retribuiu com mais três selinhos nela. Assim, segurou na mão dela e, mais empolgado e feliz, fitou-a.*

- Você nunca atrapalharia! Tudo com você fica melhor. Vamos lá?

*E saiu dali indo pra biblioteca.*

*Ayame chegava no terraço. Havia alguns alunos ali, mas não se importara. Continuava com uma expressão neutra, mas não zangada. Apenas como se estivesse refletindo algo... e realmente estava. Parou próximo à um ponta do terraço a fim de ver melhor a vista. Estava uma noite calma e gostosa. O vento batia em seu jaleco aberto, de maneira a movê-lo para trás de seu corpo. Girava o bisturi ainda entre os dedos e relembrava seu último ato. De fato, aquele homem não precisava ter morrido, mas também não cooperava com seu serviço. O pouco de culpa que ainda restara, tentava deixar que o vento que batia também em seus cabelos ainda molhados do banho, presos num mediano rabo de cavalo a levasse. Como pôde chegar nesta decadência, a ponto de virar uma mercenária? Era praticamente da realeza quando mais nova e perdera tudo para uma guerra besta. Quanto mais pensava naquilo, mais rapidamente girava o bisturi entre os dedos até que... Ele caiu no chão. Ela deu um suspiro profundo e olhou para ele. Maldito bisturi! Cortou seus pensamentos! Disse baixinho, porém firme, consigo mesma, ainda olhando o bisturi no chão e com a mão que o rodava na cintura.*
- É... Preciso me acalmar...

*Chega ali no terraço e vai direto para um banco que dava visão para a floresta e o lago, ali parecia um bom lugar para ficar e comer aquilo que havia comprado, então o rapaz senta no banco e coloca a sacola ao lado, pega o refrigerante e a batata e começa ali a comer, estava pouco se importando com quem estava ali, apenas curtia seu momento.*

*Depois de muito refletir sobre o maldito bisturi no chão, ela finalmente agachou-se e o pegou. Olhou de canto e viu que mais um aluno chegara. Levantou-se com o bisturi na mão e continuou rodando-o, mas agora encostava-se no parapeito e ficava a fitar os poucos alunos que estavam ali. Tantas raças, tantas histórias... Uma mais cabulosa que a outra, provavelmente. Será que algum deles já havia matado alguém também? Ou vários? Que seja! Perdida em seus pensamentos novamente, mal pode notar que estava a fitar o garoto que entrou, como se o tivesse encarando. E com o vento ainda em seus cabelos úmidos, aquela cena aparentava ser um típico duelo de velho oeste.*

*Após milênios parado ali, onde Yamagishi Arisato realizou seu ato ridículo de violência física, Shinta apenas observava que iam chegando mais e mais gente, apesar de duas outras pessoas também terem saído. Bem, aquela parecia ser a hora para ele continuar a acabar com a paciência de outras pessoas. E então ele dá alguns passos em direção à Ushiromiya Ayame, mas para no meio do caminho. Por alguma razão ele não entendia o que estava acontecendo ali. Estava falando com um garoto mal humorado à pouco, que inclusive apagou um cigarro em sua testa - e não deixou nem uma marquinha (Gordito s2) - mas não estava naquele local mais. Ué, por que? Shinta falou algo errado para ele e o irritou, assim fazendo-o sair daquele local? Nah, com certeza não. Ele era santinho e simpático demais para fazer esse tipo de coisa ou incomodar alguém. Shinta nunca tinha a culpa de nada, principalmente em sua cabeça, e não era agora que isto mudaria. Bem, de qualquer forma, após bons minutos refletindo no porque de Yamagishi Arisato ter saido do terraço, Shinta também se retira dali, indo diretamente par aos Corredores dos Dormitórios.*

*Enquanto comia, aquela sensação de alguém estar te olhando começava a ficar mais forte e incomodar o rapaz, ele para de comer por um instante e olha para os lados, percebe que uma moça estava lhe encarando, ela parecia perdida em seus pensamentos, mas isso não deixava de atormentar o rapaz, ele sorri e em um tom sarcástico ele diz para que a Ayame escute.*

-Ei você ai, se você quer um pouco é só pedir não precisa ficar passando vontade.

*Ele vai uma ponta do banco enquanto fazia um gesto para que a moça viesse até ele, possivelmente ela não o faria, mas pelo menos ela pararia de ficar encarando o rapaz.*

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