Biblioteca

Relembrando a primeira mensagem :

-Grande biblioteca bem organizada e equipada com livros e materiais de vários tipos.
-Fica no primeiro andar da academia, mais isolada, para ser silenciosa.

*Os olhos de Mizuyo duplicaram o brilho. "É verdade, então", pensava ela. A prova estava dada, ela realmente sabia de tudo. O fato de Yori ter usado aquele mistério como primeira pergunta, algo tão complexo para muitos, mas tão fácil para ela, fora simplesmente perfeito. Mizuyo estava receosa de ser a primeira a fazer alguma pergunta e acabar se decepcionando com uma falsa propaganda sobre o conhecimento infinito da fantasma. Eire realmente sabia de tudo. E Mizuyo tinha poucas perguntas... Não, talvez uma única fosse o suficiente para o que ela precisava. A primeiranista então ajeitou os óculos, cruzou os braços e recuou alguns metros, recostando-se em uma das prateleiras de livros e apenas aguardando. Já tivera o suficiente por aquela noite.*

*O livro que Yorin entregou à fantasma pareceu ser de seu agrado, afinal, logo ela ia lhe dizendo mais coisas. Não bastasse esse, ainda haviam mais mistérios para serem resolvidos. Aquela fantasma realmente pareceu-lhe inteligente, mas um tanto egocêntrica. É o que faz excesso de inteligência em algumas pessoas... Fantasma... Youkais... Coisas... Enfim, aquele grupo passado não pareceu ser tão bom assim... Espera.. Será que ela pertencera àquele grupo? Não adiantava perguntar, não saberia responder mesmo. Ficava ali apenas prestando atenção na conversa que prosseguia. Lógico, se necessário ajudaria os alunos a desvendar o mistério, contudo, ainda tinha muito a ser feito na biblioteca... Como arrumar aquela bagunça. Não arrumara nem a de seu quarto, que dirá a dali. Fez uma cara de desânimo total ao olhar para aquela papelada toda no chão e logo voltou sua atenção à conversa a fim de não perder nada que havia sendo dito.*

*A pequena Aya estava quase escondida perto de Kentarou, com as mãozinhas ainda sujas por ter limpado o espelho com elas, vê Sasha abrindo uma precha para ela poder enxergar, mas não queria mais saber daquilo, olha para o rapaz e fala com ele.*

- Itezake-kun, vamos...

*Seu tom de voz estava perceptivelmente chateado, por ter sido deixado para trás pelos três grandões ali. Ela pausa a sua fala quando vê uma imagem aparecendo no espelho, seus pensamento estavam certos, e não intende porque demoraram tanto para fazer, a entidade estava lá, no espelho e ela era linda, fez os olhos verde esmeralda da pequena brilharem, queria muito ir conversar com ela, principalmente depois de a moça dizer que lera todos aqueles livros da ultimo corredor e poderia responder qualquer coisa em troca de livros *u*, a moça deveria ter um conhecimento infinito, tanta coisa que podiam conversar, horas falando de teorias e histórias, politica e tudo mais, Eire virou melhor amiga, sem ela saber, daquela pequena. Presta atenção em tudo que estava acontecendo ali, em toda a conversa, com apenas os olhinhos brilhando, sem sorriso.*

[Será que alguma hora vai dar para conversar com ela?]

Metatron: Aquele rapaz fez uma pergunta para ela e lhe deu um livro, agora só daqui 24h. Vai ter que ter calma.

[E se espalhar que ela pode responder qualquer coisa? Não vamos ter tempo de conversar, todo mundo vai querer vim fazer alguma pergunta!]

Metatron: Se eles quiserem quebrar a maldição, isso vai ficar em segredo. Se não, alguma hora você consegue conversar com ela.

[Será?]

*Aya fica ali perto de Kentarou apenas observando Eire de longe, pensando se algum dia poderiam conversar.*

*Kentarou apenas observou tudo. Ele nunca foi do tipo culto e super-inteligente como a maioria daquelas pessoas ali na biblioteca para fazer teorias, traduzir ou interpretar o que a fantasma queria dizer. Enquanto isso tudo acontecia, aquele retardado do Tazatsu apareceu peidando e fazendo gestos obcenos. Ora, Kentarou também gostava de brincadeiras, mas aquilo era um pouco... demais. O rapaz virou-se para o amigo e deu um Karate-chop de zoeira na testa dele, falando baixinho um "Respeita a biblioteca, infeliz". Conhecia Tazatsu e sabia que talvez a única pessoa que ele por algum motivo fosse ouvir na academia era Kentarou... Ou pelo menos ele torcia para ser assim. O garoto então seguiu o grupo até o fundo da última fileira, viu o mistério ser desvendado e escutou todo o diálogo entre Eire, Mizuyo e Yori, tudo lhe parecendo bem interessante. Entretanto, enquanto aquilo acontecia, a pequenina que lhe acompanhava que provavelmente era a mais interessada, parecia timidamente ter certo receio de algo escondida atras dele, querendo ir embora. Kentarou agachou-se pra ficar cara a cara com ela - afinal o garoto tinha mais de um metro e oitenta e a menina era uma bonequinha baixinha - e sorriu para tentar fazer o ambiente ficar, para ela, um pouco menos pesado.*

-Essas pessoas me parecem extrovertidas demais, não é do seu feitio. Aposto que por dentro você estava, o tempo todo, resolvendo este mistério também... Não tava?

*Kentarou tem um ótimo senso social, entende as pessoas muito facilmente... Na maior parte das vezes, pelo menos. E já percebera o quão tímida era a pequenina, tentando fazer com que ela se sinta cada vez mais "em casa" quando ao lado dele.*

*Aya estava observando Eire quando Kentarou se abaixa, ficando cara a cara com a mesma, aquilo surpreendeu a pequena, a única pessoa que se abaixava para poder falar cara a cara com a pequena era Ohirime, sua babá, normalmente seu tamanho era um motivo para as pessoas se aproveitarem, outro motivo de ela ser tão rabugentinha. Seus grandes olhos continuaram brilhando, sem sorriso, agora não só por ter uma "melhor amiga" fantasma, que a mesma não sabe disso, mas porque começou a considera muito Kentarou, se tornando assim seu melhor amigo, lógico que ela não ia admitir isso. Depois de tentar controlar sua surpresa, ela tenta falar sem aquela voz de chateada, tentativa falha, e fala baixo para os outros não escutarem. Ela estava finalmente mostrando um pouco de sua fragilidade.*

- Sim estava. Era muito fácil, se tem um vidro imundo no fundo onde vinha os ventos, a primeira coisa que se faz é limpar o vidro imundo e saber o que tem atras.

*A pequena fala um pouco mais baixo, mas o rapaz ali em sua frente ainda escutaria, e abaixa sua cabeça.*

- Só é chato ficar tão para trás... É muito ruim ser tão pequena... As pessoas se aproveitam disso...

*Kentarou ouviu tudo o que ela disse com um sorriso gentil no rosto, cheio de paciência e bondade, que era o que ele mais tinha, na verdade. Realmente, ele sempre fora bem alto e com uma boa aparência, o que para ele foi uma certa facilidade na escola e na sua vida social desde o ensino fundamental. De fato não sabia como era ter problemas como aquele que a menina acabara de dizer... Mas não é por isso que se aproveitaria ou faria desdém de qualquer coisa relacionada a ela.*

-Eu não acho que tenha problemas em você ser baixinha, Takahashi-san.

*Pra começar, NUNCA NADA era demais para Tazatsu. Antes de receber o karate-chop do amigo, fora ameaçado de morte pela bibliotecária simplesmente por chegar peidando na biblitoeca e fazendo-a feder.*

-Você vai me matar, moça? Imagina só, não ia pegar nem um pouco bem pra você, não é?

*Disse ele na hora que Sasha o ameaçou, olhando indiscreta e diretamente para os seios dela. O rumo dos acontecimentos agora muda. Além da bibliotecária, havia ali Katsumi, Aya e Mizuyo. Claro, Tazatsu só enxergava as fêmeas do bando. Olhou o suficiente para as partes delas enquanto tudo aquilo acontecia. A ventania acabou que veio em boa hora, para espantar o cheiro que o pum que Tazatsu usou para entrar ali. Surgiu do espelho uma fantasma que primeiro começou a falar uma língua esquisita com o garoto loiro que ali estava. Sem ter como reagir pois estava esperando Itezaki postar (-Q), Tazatsu apenas está na cena. Mizuyo, por sua vez, parecia muito interessada, tal como Sasha e Aya, aquela garotinha pequenininha que parecia estar acompanhada de Itezaki, ou até mesmo ele estar acompanhando ela. Tazatsu era uma pessoa muito inteligente, mas como não usa essa inteligência que tem, não vê motivos para gostar de livros... É uma coisa... normal demais pra ele. Até que ele responde Itezaki.*

-Eu não tô nem aí. Não sou eu quem limpo, mesmo! Esse pessoal que se vire.

*Diz ele, sendo bem arrogante. Mas era da natureza dele ser assim, sempre pensar apenas em si mesmo. Dando de ombros e não dando uma foda para nada que acontecia, afastou-se do grupo. Pegou um livro aleatório e começou a ler as palavras de trás para frente, sentando-se numa poltrona longe do pessoal.*

* Katsumi não podia ajudar senão ficar cada segundo mais intrigada com aquele fantasma. Tudo que ela falava, tudo que ela pedia, era muito estranho para um mero fantasma. Tinha algo grande por trás, e a ruiva ficava se perguntando à cada segundo se o que o fantasma realmente queria era só o que estava pedindo. Tinha com certeza algo por atrás daquilo, e mesmo que ela pedisse um livro por dia, Katsumi tentaria sempre ficar na cola e talvez, trazer um livro pra tal Gwendolyne de vez em quando e saber mais sobre a tal fantasma. Assentiu sobre o tempo que Yori saísse de seu lado, observando todos na sala. Era estranho que sempre tinha um babaca nesses momentos, e babaca melhor nenhum do que Tazatsu. Todos estavam tão concentrados e Tazatsu tão.... AWHUEHAWEHAWEHWHEUWH, sabe? Mas de qualquer forma, era realmente muito estranho que o fantasma pedisse só um livro a cada dia. Não que ela deveria pedir mais livros, mas... era estranho, Katsumi sentia algo estranho. Bem, ficaria de olho, e tentaria acompanhar Yori, se ele quisesse, no desfecho disto tudo e na continuação. *

*Depois de ver o espetáculo, Mizuyo percebe que não tinha mais nada para fazer naquela biblioteca, a não ser pegar o tal livro de Alveronne que Sasha dissera mais cedo que estava por ali. Mas como a bibliotecária não estava cooperando muito com um acordo que pudesse favorecer ambas - ainda mais porque seu plano de desvendar o mistério sozinha foi pro água abaixo com Yori, deixando assim apenas metade do crédito a ela - o jeito seria tentar de alguma maneira mais... "egoísta". Ela ainda tinha tempo pra pensar a respeito disso, não faria nada demais na biblioteca com aquele monte de gente, ainda mais com uma criatura onisciente dentro daquele espelho. Mas a Golden Week acabara de começar, e durante este tempo a biblioteca certamente vai estar mais vazia. Com um pouco de força de vontade, não há nada que o Tempo não resolva.*

-Bom, essa é minha deixa.

*Encurvando-se educadamente ainda com seu sorriso gentil no rosto, a garota virou-se logo após e saiu da biblioteca.*

*Aquele maldito garoto estava descaradamente olhando seus seios. Abusado! Mas a fantasma tomara-lhe a atenção naquele momento, para a sorte dele. Sasha não se importaria em deixar alguém assim no hospital. Pelo contrário, ela até o carregaria... Arrastando no chão pela gola. Enfim, depois disso, o folgado pegava um livro e sentava-se para lê-lo. Com certeza ela ficaria de olho no rapaz sobre o que mais aprontaria. Então, a garotinha que desejava aquele livro retirava-se. Devia estar tramando algo. Mas não, sozinha ela não iria conseguir aquele livro.
Exausta por estar há tempos sem dormir, apoiava-se com ambas as mãos no tridente e perguntava*
- Bem, está tudo certo?

*Todo aquela bondade e paciência de Kentarou tirava de certa forma a pequena do sério, ela não entendia como alguém poderia ser daquele jeito 24h do dia. Outro detalhe que o rapaz ainda não sabia é que a pequena estudara sua vida inteira em casa e nunca teve que socializar tanto e preferia quando os empregados da mansão a ignoravam, aproveitavam do tamanho da mesma para fingir que não a viam, algo que sempre faziam, porque na mansão tinha o boato da pequena ter problema mental pois conversava com o nada, na verdade ela estava conversando com Metatron, seu guia. Aya escuta as palavras de Kentarou, como não tem problema? Ele já tinha prestado bem atenção nela? Mal chegava a um metro e quarenta e sete, tinha o tamanho de uma criança de dose anos, além de pesar mais ou menos quinze quilos, mesmo aparentando ter um peso certo para o seu tamanho, qualquer empurrada é de mais para ela. A pequena emburra de novo, algo normal de acontecer, abaixando a cabeça, olhando um pouco para o lado e cruzando os braço na frente do corpinho.*

- Você é alto e bem apessoado, não tem o meu tamanho *Volta a abaixar o tom de voz, meio que fazendo um comentário para si mesma.* -Não pode sabe o que já passei.

*Ignorada pelos pais, que admitiam não deseja-lá, se poderia abortar, o teriam feito, empregados que achavam que ela era louca, precisava ser internada. Visivelmente ignorada por todos estes citados, aproveitando do seu pequeno tamanho. A única pessoa que amava e que a amava, era sua babá e foram separadas do nada pela ambição de seus pais de manter o sobrenome nobre bem visto, mesmo não desejando a filha, o sobrenome deles estava nela. Em sua volta coisas acontece, Sasha ameaça o peidorreiro, o mesmo, que é tarado, fica olhando para o corpo de todos as mulheres dali, Aya tinha nada a oferecer, reta como um taboa, ainda com corpo de criança no extremo começo do desenvolvimento, ela o ignora, principalmente depois de ir "ler" um livro. Katsumi estava intrigada com tudo que estava acontecendo e nem percebe a pequena ali, algo normal para Aya, só a deixando irritada por ter sido deixada para trás. Mizuyo parece intrigada também com a Eire, mal sabia que as duas tiveram a mesma ideia de voltar outra hora que não tenha ninguém para conversar com a moça do espelho, por fim a moça foi embora. Mesmo com tudo aquilo acontecendo, Aya não tira a cabeça do mistério.*

[Eire está tão quieta, será que gostou do livro ou não?... Livro... Porque um livro por dia? Apenas um livro para responder qualquer coisa... Tem algo a mais atras disso, mas o que? Agora nem adianta perguntar... Tenho que voltar aqui outra hora que tenha ninguém...]

Metatron: Estava pensando na mesma coisa, tem algo mais ai. Sabe que vai precisar ter muita sorte para acha-la sozinha.

[Eu sei, mas preciso descobrir.]

*Nesse meio tempo que Aya conversava com Metatron, a mesma boceja e sua barriga ronca, em tempos diferentes, nem tinha percebido que já era de madrugada, e não tinha descansado nem jantando. A pequena olha para Kentarou como se tivesse pedindo para comer, não ia convida-lo de novo, já que pensava que o homem tinha que fazer os convites, e esse pensamento nunca ia mudar.*

-Você não entendeu o que eu disse, Takahashi-san.

*Kentarou voltou a se levantar, ainda sorrindo. O movimento ali já estava bem fraco, e nada de muito importante acontecia ~~feijoada~~, e o garoto então já foi se virando na direção da saída da biblioteca. Estava muito tarde e ele fizera muitas coisas durante o dia, estava relativamente cansado, apesar de ser bem resistente na maior parte das vezes para essas coisas.*

-Se as pessoas são idiotas a ponto de te discriminar por causa disso, o problema é delas. Eu disse que, na minha opinião, não há problema. Acredito que a sua altura não torna uma pessoa melhor ou pior.

*De fato, era isso que ele queria dizer desde o início. Só dissera de forma tão detalhada agora porque, pelo que Aya respondera, ele não havia sido tão bem compreendido de início.*

*Realmente a pequena não tinha o entendido, o rapaz volta a se levantar, com o sorriso de sempre no rosto, como ele mantinha aquele humor o dia inteiro? Kentarou se vira para a direção da saída, Aya fica o olhando ainda por um tempo, escuta o que o mesmo disse - a off desacredita em um rapaz desses, o abraçaria e casaria com ele na hora :6, mas como Aya não é assim - a pequena apenas fica o olhando sem esboçar nenhuma reação, balança suavemente a cabeça positivamente, apenas para mostrar que entendeu. Aya suspira por o rapaz não ter entendido que ela queria comer então fala com o mesmo.*

- Estou cansada e com fome. Vou comer, se quiser me acompanhe.

Metatron: Cadê sua educação menina? Para de ser tão rabugenta com o rapaz, sei que você gostou dele, podia ser mais gentil.

*E como sempre a pequena ignora seu guia, começando a andar em direção da saída, indo para o refeitório, mas por algum motivo ela anda mais divagar, queria a companhia do rapaz, só não iria admitir por livre e espontânea vontade, fica de certa forma o esperando acompanha-la.*

-Hai hai.

*Mantendo o mesmo humor que Aya acabara de notar ser tão impossível de mudar sabe-se lá como, ele a seguiu de fato até o refeitório.*

*Ow, ce ta sobrando?*

-To.

[Saudades zoeira.]

*Saiu da biblioteca.*

*Tudo pareceu ótimo e agora se encaixava. Yuki tinha caído talvez por causa do vento, ou porque tropeçou? Tudo faria sentido. A chave estava perdida...? Teria que encontrá-la. Mas uma chave é um objeto pequeno numa academia tão grande. O buraco fazia sentido, mas ser selado por magia parecia importante demais para simplesmente ser um túnel de badernistas. Tudo era tão confuso, pouca coisa fazia sentido... Será que tudo estaria ligado com a maldição dela? Talvez fosse algo maior, e ela tivesse sido presa ali por saber demais. Fazia sentido, mas não tinha porquê se preocupar, afinal de contas, ela nem mesmo sabia porquê estava ali. Mas estava empolgado demais praquilo. Sentia que tinha algo maior pra descobrir... Mas estava um pouco cansado. Além do mais, queria passar um tempo com Katsumi. Sasha perguntou se estava tudo certo, e Yori sorriu gentilmente, fitando-a.*

- Tudo ótimo, Sasha-san... Obrigado. Espero que a biblioteca fique em paz agora.

*E curvou-se levemente, suspirando. Sentia-se ótimo por ter resolvido aquele mistério e ajudado não apenas à Sasha, mas como toda a academia e a fantasma. Por fim, foi até Katsumi, segurou uma das mãos dela e puxou-a para mais perto, dando um selinho demorado na mesma. Depois de poucos segundos de beijo, fitou-a diretamente nos olhos, bem próximo. Estava com um sorriso e uma expressão serena no rosto.*

- Vamos indo, minha querida? Desculpe te trazer pra cá... Mas, você sabe, tudo fica melhor, mais belo e mais claro contigo por perto. Você é incrível, sabia?

*E riu de leve, feliz.*

- N-Não fale assim, Yori. Eu adorei ficar contigo nessa noite, e adorei este caso. Seria até interessante se aprofundar mais...

* E é claro, tinha sido pega de surpresa por Yori, e recebido aquele beijo tão gostoso dos lábios do loiro. Ela estava muito perdida em pensamentos quando Yori pegou em sua mão, por isso ela tinha ficado um pouco assustada. O olhava nos olhos quando ele fez aquele elogio após o beijo, e foi impossível não deixar seu rosto corado e o desviar, rapidamente. Ele era maravilhoso, e sim, ela queria ir indo com ele. Então, voltava a olhar nos olhos de Yori, então assentindo para que saíssem dali. Não sabia para onde iriam agora, mas qualquer lugar seria perfeito. Já raiava o sol lá fora, mas Katsumi estava um pouco cansada, não se importando muito com isto. Só queria ir com ele para qualquer lugar. Assim, já na porta da biblioteca, de mãos dadas com o garoto, ela se vira, o olhando. *

- Para onde vamos, hon?

- Nos aprofundaremos. Descobriremos tudo por trás disso, tenho certeza!

*E assim, foi saindo com ela, mas antes, virou-se para a bibliotecária, sorrindo.*

- Até mais, Sasha-san!

*E então voltou-se para Katsumi, piscando o olho direito.*

- Para o meu quarto, que nem iríamos antes. Podemos ter um tempo sozinhos melhor lá...

*E assim, foi saindo dali.*

*Finalmente as coisas por ali tinham se resolvido. Despediu-se de Yorin inclinando a cabeça com um sorriso safado ao ouvir ele convidar a outra dama para seu quarto, afinal, já era algo comum de se acontecer coisas do tipo naquela academia. Espreguiçou-se e comentou sozinha*
- Bem, foi uma longa noite. Irei a meu quarto
*E dirigiu-se para lá. O médico poderia estar esperand-a e ela nem banho tomara.*

*Quando Kiyoto chegou na biblioteca ficou impressionado com a quantidade de livros. Em sua cidade natal não havia bibliotecas e em sua escola a biblioteca nem se equiparava ao tamanho daquela. Entrou com passos vagarosos, como se aquilo fosse uma ilusão de ótica. Começou a ler o título de alguns livros só por curiosidade, até que encontra um sobre peixes e decidi folheá-lo por um tempo.*

- Vamos ver se pelo menos nós encontramos o por que dessa sua obsessão por lanche com pasta de amendoim. * Disse para o peixe com sorriso na cara*

Brody: Eu simplesmente acho eles deliciosos, não há um mistério por trás disso. * Disse o peixe com ar ofendido*

* Kiyoto pegou o livro e foi até uma mesa. Reparou que em uma das mesas havia uma pilha de livros. Foi conferir. Ao olhar os livros, reparou que eram sobre música*

[Quem leria livros sobre música? Ou melhor quem escreveria tantos livros sobre isso?]

Brody: Algum músico! *Falou o óbvio*

*Com ar de irritado, Kiyoto ignorou o comentário do peixe, já que o garoto apenas estava comentando consigo. Começou a organizar os livros em uma pilha, já que aquela bagunça o incomodava. Dentre estes livros um chamou sua atenção, analisou o livro melhor. Sentou e decidiu abri-lo. Ao abrir viu escrito com uma letra delicada e cheio de floreios o nome de uma menina, tão delicado quanto a própria letra. Takahashi Aya.*

- Takahashi Aya * Leu em voz baixa, como se aquilo de alguma forma fosse precioso. Decidiu se inteirar mais sobre o assunto para ver se descobria algo sobre a personalidade dessa menina. Não sabia ao certo como esse simples nome podia hipnotizá-lo, mas sabia que alguma coisa de especial ele tinha. Enquanto lia o livro de música, Brody decidiu dormir mais um pouco.*

*Chega na biblioteca tentando se esconder da bibliotecária, por mais difícil e impossível que fosse. Ela vai caminhando rapidamente até um local mais isolado daquele lugar, se escondendo entre duas estantes de livros. Hikari procura, desesperadamente, por um livro que lhe despertasse o interesse. A garota precisava bastante encontrar algo que tirasse de sua cabeça o que aconteceu mais cedo, que a fizesse esquecer Satoshi por pelo menos alguns minutos. Pega um livro sobre matemática, ou algo que ao menos parecia ser sobre isto, e começa a ler o mesmo rapidamente, porém era totalmente inútil. A cada palavra frase com dez palavra que ela lia conseguia ver apenas duas com seu real significado e as restantes apenas diziam "Satoshi" ou então "amor". Estava enlouquecendo com isto já, era um absurdo. Hikari não sabia, apesar de ter dito isto já diversas vezes, o que é sentir amor por alguém então esta palavra lhe deixava ridiculamente confusa, o que resultou neste estado atual dela. Abaixa o livro e depois apoia sua cabeça sobre o mesmo, ainda corada, enquanto murmurava o nome de seu namorado com uma voz sofrida, era de dar pena.*

*Entrou na biblioteca sem fazer barulho porque né, era uma biblioteca. Notou dois alunos por lá, mas não iria nem queria incomodá-los, queria apenas trabalhar no seu livro. Sentou-se em uma mesa vazia onde haviam tomadas por perto. Vai que a bateria do notebook acaba e perde seu trabalho... não queria correr esse risco. Daisuke calmamente abre o notebook, liga, espera iniciar e tals, abre o editor de textos e, depois de alguns minutos pensando um pouquinho, começa a escrever o capítulo novo, se desligando do mundo ao seu redor, concentrado apenas em escrever a história que lhe vinhe à mente. Conseguia descrever muito bem as cenas, as pessoas, os acontecimentos, sabia como prender a atenção nas cenas aonde o mistério e suspense prevaleciam. Ele era realmente muito bom nisso.*

*Mesmo que Daisuke chegasse em silêncio Hikari conseguia perceber o mesmo sentando-se em uma mesa. Guarda o livro que estava usando para esconder seu rosto corado na prateleira que ele pertencia. Após um bom tempo pensando no quão inútil e patética ela estava sendo a garota chega a conclusão de que estava se tornando algo que não queria, uma pessoa dependente de outra. Assume uma expressão facial assustadoramente brava e, com passos fortes e firmes, sai da biblioteca.*

*Quando estava para finalizar o terceiro capítulo do livro, Kawano ouve passo fortes e imediatamente se vira para localizar de onde vinha o som. Encontra a fonte do som. Uma menina com uma cara assustadoramente brava batendo os pés no chão estava saindo da biblioteca*

[Que horas que essa menina entrou?] *Foi quando ele percebeu que havia outra pessoa na biblioteca, digitando em seu notebook*

[O que deu nessas pessoas para virem em uma biblioteca em pleno feriado. Achei que não haveria ninguém aqui por isso que vim]

Brody: Dá pra pensar sem nenhuma ênfase? Eu estou tentando dormir aqui.

-Não me enche o saco! *Falou para o peixe um pouco bruto de mais e um pouco alto demais. Percebendo que havia falado alto se afundou ainda mais dentro do livro, afim de não ser percebido. O peixe entendendo a frustração do rapaz decide não ligar para o que houve e volta a dormir*
*Agora sem conseguir ler o livro com vergonha do que iriam pensar dele se tivessem ouvido ele falando com o seu peixe, Kawano decide se focar mais uma vez naquela letra cheia de floreios.*

*Aya chega na biblioteca entrando silenciosamente com a mesma expressão de poucos amigos, vê um professor super concentrado, ao olhar a mesa que deixará seu livro vê rapaz gigantesco sentando na mesma e ele estava lendo... O Seu Livro... A pequena fecha mais a cara e vai andando a passos firmes até parar do lado do rapaz, o fuzila com os grandes olhos verdes, o rapaz era ainda mais gigantesco de perto, mas Aya não se abala, ele estava com uma de suas propriedades. Fala em um tom sério, firme, mas não alto para não atrapalhar o professor ali.*

- O que você pensa que está fazendo com o meu livro?

*Muita enfase no "meu", Aya era de certa forma possessiva, muito possessiva, o que era seu, era seu e ninguém poderia tocar sem a sua permissão. Metatron finalmente aparece, depois de um bom tempo, como sempre era a voz da razão.*

Metatron: Olha o tamanho dele? Já viu a cara? Ele pode ser mal, pequena! Você é frágil, um peteleco dele, você voa! Já pensou nisso?

*Aya não meche um músculo se quer, ela queria seu livro, mas escutar o "Não me enche o saco!" do rapaz a deixa assustada, recuando um pouco, parece que Metatron tinha razão, então ela fala um pouco mais alto, tentando não demonstrar o medo que ela começou a sentir.*

- Dá... Dá para devolver meu livro agora!

*Pierre, como um bom amigo, foi para a frente do corpo da pequena, ficando de com vermelho vivo e em uma posição que parecia lutador de boxe, pronto para se algo acontecer, como se aquele camaleãozinho faria algum tipo de estrago.*