Biblioteca

Relembrando a primeira mensagem :

-Grande biblioteca bem organizada e equipada com livros e materiais de vários tipos.
-Fica no primeiro andar da academia, mais isolada, para ser silenciosa.

*Pensava como eles podiam exaltar-se tão rapidamente. A Primeiranista sacava seu paninho para limpar o vidro e a boneca de porcelana logo o pegava para limpar. Uma aura estranha emanava dela e Sasha sentia levemente, não podendo identificar o que era. Apenas a sens[size=13.333333969116211]ação de como se houvesse alguém mais por perto. Yorin logo chegava e ha! Ela sabia! Estava com alguém o safado! Talvez fosse ela a garota que ele tinha comentado. Uma ruiva atraente e que parecia ser mais calma do que ele e era bem bonita. Sasha suspirou com tantas perguntas e virou-se. Realmente, aquele cena era sugestiva a parecer uma briga. A bibliotecária permanecia com o tridente nos ombros, segurando-o com ambas mãos, uma de cada lado. Virava-se com um sorriso alegre em finalmente vê-lo e dizia.*[/size]
[size=13.333333969116211]-Yorin! Olá! E olá para você também moça. Que bom que chegaram... Eu ia quebrar esse pseudo vidro mas fui impedida. * ela jogava seu olhar à Aya e Kentarou e depois voltava para o casal*- Bom, até agora nada do fantasma.[/size]

- Sim! Sou eu. Você deve saber quem eu sou, Sasha deve ter contado. De qualquer modo... - *E assim, curvou-se, num cumprimento cordial.* - Kawakita Yori, primeiranista. Conheço um pouco de Irlandês, acredito que o suficiente para me comunicar com o espírito. Não acredito que ele queira algo muito complexo.

*E assim, fitou Katsumi, com seu sorriso confiante e sereno. Assentiu para ela, querendo dizer que estava tudo bem. Querendo passar confiança. Talvez não funcionaria, era algo muito vago, mas tanto faz. Agora Sasha pronunciou-se, e Yori exibiu seu sorriso gentil, assentindo para ela. *

- Olá, Sasha-san! Eu espero que não tenham feito nada para aborrecer o fantasma. Com essa confusão toda, acredito que vocês descobriram algo a mais. De qualquer modo, acho que seria bom chamar o nosso amigo. - *E inflou o peito, adentrano mais ainda na biblioteca. Disse, sem dar espaço para que os outros o impedissem ou coisa do tipo. Imaginava que, por aquela confusão, aquilo ia piorar mais e mais.* - Cara. Bhfuil tú ann?

*Observou agora, quem além de Sasha estava lá. Um garoto, que ele não via nada demais, e uma garotinha, bonitinha, mas nada demais. Sasha também, ele conhecia muito bem ela. Além dessas, Aya estava bem visível. Ela parecia nobre e bem dotada, apesar de um tanto grossa e sem educação. Visivelmente arrogante. Aquilo irritava Yori, mas não tinha porquê causar confusão nem nada do tipo. Apenas queria ajudar a biblioteca do problema.*

- Sou Maeda Katsumi, segundanista.

* E cumprimentava todos com um leve "bow", olhando novamente para seu amado, e vendo ele chamar o tal "fantasma". Estava levemente ansiosa para vê-lo. *

(

)

*VOANDO DO PRÓPRIO PEIDO, Tazatsu aterrissa seu pum na biblioteca. Entrou voando pela porta mesmo, soltando muitíssimos puns com barulhos de puns e cheiros de puns. Ele teve só que almoçar pra fazer isso, afinal ele era inteligente né. Pousou bem atrás de Itezaki e lá ficou, parado, com o antebraço direito levantado mostrando o dedo do meio pra ele, juntamente com um largo sorrido de orelha a orelha. Não disse nada, apenas esperou Itezaki reagir. Fora a repercussão das pessoas dali numa cena tensa tentando desvendar aquele mistério misterioso do fantasma mas foda-se, Tazatsu não liga. Ele só quer zoar. Provavelmente todas as pessoas que estão ali deveriam agora estar odiando-o. Principalmente a bibliotecária, como se ela já tivesse poucas preocupações, nem tem um fantasma na biblioteca dela mesmo, agora tem um Tazatsu também. Enfim, pra resumir, ele chegou voando do próprio peido pela porta, deixando um cheiro HORRÍVEL na biblioteca. Está agora atrás de Itezaki mostrando o dedo do meio pra ele e sorrindo de orelha a orelha.*

*Um fedor e uma presença desagradável adentram a biblioteca. Era provavelmente um aluno retardado querendo se mostrar para os demais na tentativa de suprir sua carência por atenção. Mas Sasha não tinha tempo para tamanha criancice e logo correu para o lado daquele ser que estava fazendo palhaçadas sem graça para o aluno, girou seu tridente que antes estava apoiado em seu ombro colocando-o em direção à garganta do mesmo e perguntou com os olhos já avermelhados em um tom sério de ameaça.*
- Diga logo o deseja ou caia fora desta biblioteca. Aqui não é lugar para brincadeiras.
*Pensava consigo "Era só o que me faltava, um fantasma causando e agora uma criança tumultuando a biblioteca. Realmente hoje não é minha noite..."*

*Aah... O descanso é bom, não é? Quase 20 horas de descanso diário é algo que as pessoas podem pensar que esta criatura atrás do suposto "espelho" está fazendo, mas depois que você sai do mundo dos vivos, coisas como tempo, espaço e relatividade se tornam totalmente fúteis. Não, esse ser aprisionado não sentiu como se tivesse passado tanto tempo assim desde sua última "aparição"... Mas independente disso, ela já estava sendo incomodada de novo. Ela não se importava em pessoas na biblioteca. Em algum momento quando ela era viva, fora uma aluna dali e sabia que uma biblioteca escolar tinha mesmo que ter alunos estudando, pessoas lendo... Mas oras, aquilo tudo de gente falando relativamente alto sobre... ela! Pois é! Essa criatura era o foco das atenções, mesmo não estando exatamente entre as pessoas. Aquilo a incomodava, aquelas vozes a irritavam, como se ela quisesse descansar... Se bem que ela estava mais é cansada do que descansada. Afinal de contas fazia muito tempo que ninguém a trazia aquilo que ela queria.*

-Cá mhéad uair a bheidh mé a iarraidh ort a thabhairt dom leabhar riamh mé a léamh!?

*Foram estas as palavras berradas pelo tal fantasma no espelho, enquanto uma ventania soprou forte dentro daquela biblioteca fechada, jogando alguns papeis e outras coisas mais leves para cima.*

* Um cara chegou peidando muito randomicamente. Tinha como aquela situação piorar? Se conhecesse, diria algo como "PORRA TAZATSU, VOCÊ DE NOVO", mas como Yori não o conhecia ainda. Nesse meio-tempo, o fantasma se pronuncia. E ELA TAVA PUTA, LEK! A ventania o fez dar uns passos para trás, mas ele entendeu o que ela queria. Era tão... Simples. O loiro observou todos, irritado, indo em direção ao espelho.*

- É tão simples! Parem de fazer barulho! Como qualquer pessoa, ela... Ou, ele, só quer descansar. Podem parar de fazer tanta confusão, por favor!?

*E aproximou-se do espelho, com um sorriso gentil. Não sabia onde exatamente estava o fantasma, mas pelo seu conhecimento de Irlandês, conseguia entender. Sua família era de nobre descendência européia, então sabia algumas línguas do continente.*

- Gabh ár leithscéal as an mearbhall. Ba mhaith leat leabhar nua nach bhfuil, sé? - *E aumentou mais o sorriso, sendo legal, como Yori sempre era.* - An maith leat greannáin?

-Ara ara.

*Era muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. O que mais lhe chamara a atenção não fora nem a chegada do tal de Yori, que era o garoto que poderia desvendar as mensagens gaélicas do tal fantasma, também não era o mlk zuero ruivo que aparecera para sacanear Itezaki de alguma maneira. Também não era o rapaz alto querendo acalmar a bibliotecária que tomava medidas drásticas, e nem a moça que viera acompanhando Yori e estava tão quieta ali do lado. O que mais intrigara Mizuyo fora a pequenina menina que se parecia uma boneca de porcelana, que só pelas poucas expressões que deixava claras em seu rosto, não tinha ido nem um pocuo com a cara de Mizuyo. Ela achou aquilo bonitinho. Não sabia - aliás, não faria ideia - que a garota era uma segundanista. Para ela, era alguma novata até mais nova que o normal para o primeiro ano. Mas como ela também é uma novata, não mudaria tanta coisa. Apenas olhando a conversa que tinha ali, Mizuyo então é surpreendida pelos tais ventos acontecendo, junto com aquela voz fantasmagórica surgindo do nada e ecoando por toda a biblioteca. Estava finalmente acontecendo.*

-Descansar é? Me parece que está fazendo algum pedido além disso... Perdão, vou ficar quieta.

*Mizuyo realmente estava querendo saber o que aquilo tudo se tratava. Yori parecia ter controle da situação, então... Vamos tentar ver se conseguimos alguma resposta.*

*A criatura emudeceu. Por um tempo, nada aconteceu, até dar uns quarenta segundos de espera. Desta vez, a voz voltou sem os ventos, como se tentasse ser mais compreensiva e compreensível ao mesmo tempo. E, além disso, deixou finalmente o timbre mais audível a ouvidos comuns, mostrando uma frequência feminina. Certamente a pessoa presa ali dentro não era um homem, mas sim alguma estudante que ficou presa no espelho como Mizuyo, ainda há pouco, teorizara.*

-Labhraíonn tú mo theanga? Cé go bhfuil tú!? Ba mhaith liom litríocht fíneáil, ná a thabhairt dom aon cacamas! Mé a léamh beagnach gach rud sa chonair seo, tá sé chomh bacach chun pas a fháil ar an eternity gan saothar aonair nua a taitneamh a bhaint as!

*Ela ficou quieta por um tempo. Yori gelou completamente. O que ela faria? Estava extremamente nervoso quando finalmente ela parecia mais calma. O gárgula ficou extremamente feliz por ela estar sendo mais legal, apesar do garoto, no fundo, estar cagado de medo. Tentava manter a pose e coragem, mas... E se o fantasma o matasse? Jogasse vidro no pescoço dele?! Caralho! De qualquer modo, parecia uma menina, e ela estava sendo legal. O garoto fitou a todos e, ainda sorrindo, comentou.*

- Não precisem se preocupar. Ela é legal!

*E assim, voltou-se ao espelho.*

- Sea, labhairt liom! Tá mé Kawakita Yori, mac léinn na chéad bhliana. Tá mo theaghlach bhunadh uasal na hEorpa, agus mar sin tá a fhios agam go leor teangacha! - *E sorriu, coçando a nuca. Esperava estar falando certo e não errando nada.* - Ní gá duit dealraíonn a comics mhaith. Ach ... Ar chuala tú de A Song of Ice and Fire? Ag caint faoi grá, eachtraíochta, polaitíocht, ar fad le téama meánaoiseach. Tá sé an-suimiúil agus spraoi! Más rud é nach bhfuil tú ag léamh a bheidh, taitneamh a bhaint as!

*Estava bem nervoso, com medo de errar sua pronuncia ou de não conseguir negociar. A menina fantasma era bem culta, aparentemente, e Yori tinha que pensar em algo pra satisfazê-la. Obviamente não recomendaria Percy Jackson ou Hunger Games. Seria uma ofensa à ela recomendar tais livros!

*Mas que droga, isso lá era hora para a fantasma dar peti? Realmente era uma voz feminina, como não notara antes. Quando a rajada começou, a primeira coisa em que Sasha pensou foi que talvez isso afastasse aquele odor desagradável do garoto mas, quando sentiu que seus cabelos começaram a voar a favor do vento, talvez a coisa começasse a ficar mais séria. Rapidamente, posicionou seu tridente segurando-o com ambas as mãos, a esquerda estando mais a frente que a direita até que... Yorin resolveu puxar um assunto supimposo (sabe-se la qual) com o fantasma. Pelo que tinha visto em um dicionário na noite anterior, só recordara-se de uma palavra que se repetira mais de uma vez na conversa: leabhar. Seria isso mesmo? Toda aquela confusão por causa de um livro??? A vontade de Sasha naquele instante era de quebrar uma garrafa e degolar a fantasma com o seu tridente. Que absurdo! Seus olhos começaram a atingir um vermelho vibrante ainda mais forte, mas tentava se conter, afinal, não poderia ir além daquilo e também... Como atacar um ser que não conseguia ver ou sentir, a não ser seus ventos? Mesmo assim, ela não saia de sua posição de batalha, ainda ao lado do garoto fedido. Até que o ventou acalmou e Sasha relaxara seus músculos, apoiando o tridente no chão com a mão direita. Os olhos aos poucos foram voltando ao tom castanho e agora apenas observava a situação. Yorin estava indo muito bem.*
- Muito bem... E ai? O que ela quer?

* Via tudo acontecer, imóvel quase, ao lado de Yori. A cada palavra que o tal fantasma falava, Katsumi se sentia um pouco mais... confortável com a situação. Achou estranho o garoto peidorrão entrando ali e tipo, "wtf", mas ok. Assim sendo, ela ficava cada vez mais grudada com Yori, com um teco de medo, mas... entendendo o que se acontecia. Escorregava sua mão para segurar a mão de Yori que estava livre, enquanto usava seu conhecimento em Irlandês para entender o que falavam. É, dava pra entender mais ou menos, era a língua que Katsumi menos gostava depois do espanhol. A garota então pensou até em intervir e acabar com isto, falando algum livro. Pensou em muitos, mas estava apreciando a pronúncia de seu querido. Sabia que ele era inteligente, mas à este ponto? O loiro era realmente algo a mais. Era um homem feito para a idade dele, e isto atraía ainda mais Katsumi à ele. Esperava alguma coisa acontecer, enquanto entrelaçava seus dedos aos de Yori, com os olhos atentos como de um gato seguindo um feixe de laser. *

(Desculpa garera estava esperando Kentarou postar, mas como ele não pareceu vou dar o ar da minha graça aqui kkk)

*Então a Bibliotecária se chamava Sasha, a pequena sabia o nome de quase todos ali até o momento, menos a ruiva que acompanhava Yori, Aya não se apresenta, ela quer mesmo desvendo o mistério Dela, a pequena não sabia o que o fantasma queria, então não pode concordar ou descordar de Yori, mesmo se soubesse ela falaria nada. Yori fala com Sasha e logo o rapaz chama a entidade na linguá deles, algo que fez Aya se corroer por dentro, mais uma coisa que ela não sabia, querendo ou não precisaria da ajuda de Yori. O pensamento de Yori estava certo em relação a pequena, grossa e sem educação, na verdade ela tinha educação e muita, só não queria mostrar, os seres que a tiveram, ou "pais", a rejeitaram, não queria saber da própria filha, desde recém nascida foi criada pela babá e do nada a separaram mandando para a academia para não sujar o nome da família nobre que ela vinha, ela tinha dois grandes buracos em seu coraçãozinho, um de não ter tido pais e o outro de ter sido separada de sua babá, não por menos ela seria arrogante. Enfim... A ruiva se apresenta, agora a pequena sabia o nome de todos ali. Em um momento de silêncio um ruivo entra na biblioteca voando com o peido? Deixando um cheiro horrível no recinto, parando atrás de Kentarou fazendo gestos obscenos, Aya fica extremamente irritada, ficando vermelha e com as bochechas infladas, de certa forma a deixando fofa, a biblioteca era um lugar sagrado para aquela pequena, não admitia nada errado em um recinto como aqueles, pensou em falar poucas e boas para aquele ser mas Sasha fala antes, de qualquer forma ela não sairia de frente do espelho, aquele objeto virou seu pertence. Finalmente a fantasma apareceu, Metatron estranhamente não a avisou, ele deveria estar distraído com tudo que estava ali, a entidade estava visivelmente irritada berrando, como a pequena estava do lado do espelho teve que tampar os ouvidos com as mãozinhas, junto com o berro a ventania, fazendo os longos cabelos de Aya voarem e embaraçarem, Pierre, seu camaleãozinho, quase voou de novo de seu esconderijo. Yori veio a em direção do espelho ignorando Aya ali, ela obrigada teve que sair da frente, ela era pequena e as pessoas se aproveitavam disso, não que Yori tinha se aproveitado, ele poderia estar empolgado com o fantasma e não ha viu. O rapaz pede para pararem de fazer barulho, Aya não falava nada a um bom tempo, então não era difícil para ela, a pequena fica atras do rapaz, tentando ver o que acontecia, cansada? Mas ela aparecia só de noite, será que era a energia dela que estava baixa? O rapaz começa a falar coisas que a pequena não entendia, mas parecia muito gentil, tentando acalmar o fantasma. Mizuyo finalmente se pronuncia, Aya tinha que admitir que ela era muito inteligente, podiam ser amigas e ter varias conversar nerd's, mas a pequena era muito difícil, por causa de coisas que aconteceram em sua vida, só sendo ganhada com doces - Por ser difícil se conviver, poucos acreditam que é tão fácil ganha-la. A entidade se cala por um tempo e quando volta a falar, estava mais compreensível o que dizia, dava para perceber que ela é uma garota e que o objeto que ela fica era o espelho, mesmo em um tom audível Aya ainda não a entendi, isso a frustrava. Yori esta visivelmente tentando manter a pose, mas era desconhecido o que aconteceria, até a pequena estremeceu um pouco, o rapaz se vira para todos dizendo que ela era legal, mas por que então ela estava atormentando a biblioteca? O que ela quer? Yori fala de novo na linguá do fantasma, parecia meu acanhado, não deve ter praticado com a linguá. Em um piscar de olhas Sasha e Katsumi estavam do lado de Yori deixando a pequena para trás... Pera ai quem teve coragem, depois de anos, ir limpar o maldito espelho foi ela e agora ela estava para trás? Nem enxergava direito com tanta gente na frente... Este fato fez o sangue da pequena ferver, voltando a ficar com as bochechas vermelhas e infladas, ela bufa e bate o pé saindo dali, ela não tinha limpado o espelho com o pano de Mizuyo, mas sim com as mãos, vai para o lado de Kentarou, quase se escondendo perto dele e começa a limpar as mãos no vestido, ele era maior parte preto, não ia aparentar a sujeira mesmo. Estava visivelmente irritada e extremamente chateada, tinha sido deixada para trás, esquecida pelos três grandões ali no espelho, ela era pequena, mas nem tanto, vai. Depois de tanto tempo Metatron se manifesta.*

Metatron: Acalmasse pequena, tem mais de um mistério nessa academia, sinto a presença de varias entidades aqui, têm como você se divertir desvendando outro fantasma.

[Mas este está na biblioteca, meu lugar sagrado, o lugar onde guarda todo o conhecimento, queria ficar com está fantasma.]

*E depois dessa conversa, bufa mais uma vez.*

-Suimiúil... Gach de tú, le do thoil céim níos dlúithe. Ba mhaith liom a chur le breathnú ar a bhfuil tuiscint ar deireadh dom tar éis gach am ollmhór seo.

*Foi a última coisa que a fantasma disse neste idioma, então. Seu pedido fora simples: queria que aqueles que finalmente estão tentando entendê-la depois de uma eternidade chegassem mais perto para que ela pudesse ver melhor. Agora com o vidro ligeiramente menos empoeirado - afinal do jeito que estava, apenas o pano dado por Mizuyo e usado por Aya não seria o suficiente para deixar a imagem realmente clara - uma imagem começava a se formar, meio nebulosa, como se uma fumaça brilhante arrosada começasse a se juntar no centro do vidro. Quando todos finalmente caminharam até o fundo do corredor "proibido", ela finalmente apareceu. Seus cabelos arroxeados e compridos, cortados em um clássico Himecut japonês, apesar de seus traços serem totalmente ocidentais, davam a ela um ar inocente que não remetia nem um pouco às ações assustadoras que ela tomara nos últimos tempos. Seus olhos também arroxeados, tomavam uma tonalidade um pouco mais avermelhada que os cabelos, e não pareciam ter emoções. Típico de quem passou tanto tempo ali sem companhia e sendo temida por todos. Usava roupas clássicas, do século passado... Não, do século retrasado talvez, como um sobrepeliz fino com laços e babados sobre um vestido púrpura já desgastado de seda, mas que ainda brilhava como se fosse novo. Em sua cabeça, um chapéu que mais parecia daqueles que as pessoas antigas utilizavam para dormir, com alguns apetrechos interessantes como laços, pingentes e um broche em forma de Lua Crescente. Séria e sem mostrar nenhuma emoção, a tal fantasma presa no espelho ficou totalmente quieta por alguns segundos, olhando para todas as pessoas que estavam ali. Identificou Yori, o jovem que falara com ela, e criou um certo gosto pela menininha loirinha que estava mais a frente, que fora inclusive quem limpara seu espelho. Ela parecia uma boneca, de fato, e a vontade que a fantasma tivera de início fora de raptá-la para viver com ela ali para sempre. O único motivo dela não tê-lo feito, aliás, é que ela não tem tal poder. Depois desse tempo silencioso, ela finalmente voltou a falar... E desta vez, de forma que todos entendessem.*

-Amaldiçoada em um lugar desses por tantos anos, você perde a noção do tempo. A única coisa que existe de decente é aproveitar uma boa leitura... Mas eu já li todos os livros desse corredor no mínimo umas dez vezes cada. Isso me enjoou... Me irritou... Chega uma hora que a frustração atinge o coração - que eu só sei que ainda tenho graças a isso - e a única coisa que resta é raiva por ter sido pega em algo tão simples como essa maldição. A culpa foi minha por ter sido idiota. De qualquer maneira, o único que se apresentou até agora foi Kawakita Yori... Mas nem precisava. Hazama Sasha, Takahashi Aya, Itezaki Kentarou, Yukiiro Mizuyo, Maeda Katsumi, Miyahara Tazatsu... Alguns de vocês não fizeram absolutamente nada para ajudar nisso, mas eu agradeço de qualquer maneira a todos os que estão aqui. Faz muito tempo que eu não olho para uma pessoa ou converso com uma.

*Então ela tomou um tempo para respirar e apresentar-se apropriadamente.*

-Faz muito tempo que não utilizo este nome... Mas meu nome costumava ser Eire Gwendolyne. Desculpem a falta de educação, mas eu ainda não sei se posso julgar ser um prazer conhecê-los.

- Ela quer um livro diferente, Sasha...

*Disse Yori, conforme ainda prestava atenção no espelho. Sentiu Katsumi aproximar-se, e segurou firma a mão dela, sentindo-se melhor com a ruiva por perto. Era impossível não sentir-se bem com ela. De qualquer modo, a loirinha pareceu bem irritada. A baixinha. Yori queria fazer algo como saber por que ela estava daquele jeito, mas não imaginava. Vê-la daquele modo era irritante e um pouco desanimador. Mas talvez ela fosse só mimada? De qualquer modo, a fantasma finalmente fala suas últimas palavras em irlandês. Pouco a pouco ela vai se revelando até finalmente ser bem visível. Era uma moça muito bonita, uma beleza antiga, mas incrível. Uma beleza "classy" assim como a de Katsumi. Ele apreciava muito aquilo. Assim, ela começou a falar... Até citar o nome de Tazatsu. "Mas Tazatsu nem queria ajudar!" Bom... Não vinha ao caso. Yori curva-se graciosamente para ela, mantendo sua classe de sempre e com um sorriso gentil nos lábios.*

- É um prazer conhecê-la, Eire. - *E esperou um tempo, até que resolveu perguntar.* - Você disse que leu os desse corredor... E se trocássemos os desse corredor por outros, não seria bom? Tem tantos aqui!

*Por fim aquela bagunça parava. Realmente, Sasha havia exaltado-se quanto à fantasma, mas também ela não precisava fazer todo aquele escândalo. Ela dizia mais algumas palavras na língua esquisita e logo mostrava um tipo de quadro. Que garotinha mais meiga aparecera e com um ar de inteligente. Hun, isso lembrava-a de alguém. Olhou para trás na direção de Aya. É... Talvez parecesse de certo ponto... Coitada, havia ficado muito atrás, então, virou seu corpo de lado a fim de dar um espaço para que a pequena boneca pudesse passar para frente e ver o que acontecia. Voltou-se novamente à imagem. Seria direta em suas perguntas. Poderia fazer algumas do tipo "mas por que não conversou em uma língua que entendesse antes?" só que a própria fala da fantasma respondia à sua pergunta. Seria frustante mesmo ficar praticamente dois séculos presa e não ter mais nada além de livros para ler e reler e reler... Uma hora cansaria. Respondeu-a um tanto indignada mas sem querer parecer rude.*
- Muito prazer, eu acho... Se quisesse um livro era só pedir em minha língua que eu ajudaria, oras. Yorin... Não seria melhor tentar quebrar essa maldição ao invés de trocá-la de corredor? Conte-nos... Como começou a maldição? Talvez sabendo como foi seu início podemos ajudar a descobrir como acabar com ela.

-O trabalho de trocar um corredor inteiro é desnecessário, Kawakita. Me tragam um livro novo todo dia que eu prometo parar de incomodá-los. É tudo o que peço depois de passar tanto tempo aqui na maior monotonia possível.

*A voz de Eire era imutável, aquele tom monótono e sem emoção permanecia, por mais que o assunto fosse de seu total interesse. Era possível ver ao fundo, atrás da fantasma dentro do espelho mesmo, uma pilha gigantesca de livros que uma pessoa de fato demoraria uma eternidade para ler. Ela só precisava que lhe levassem livros diferentes dos que ela conhecia ou já tinha lido. Então, Hazama Sasha aparecera dizendo que talvez a maldição pudesse ser quebrada. Sabe de nada, inocente. Eire apenas suspirou de leve enquanto ouvia tudo com calma. Depois de viver na eternidade, paciência é algo que se adquire naturalmente.*

-Eu já disse que minha cabeça se tornou confusa no meio deste tempo todo que passei aqui, até mesmo me esqueci que estou em uma academia no Japão e por isso tentava me comunicar em minha língua mãe, a qual para mim é obviamente de maior fluência. E bom... Eu posso dizer que sei de absolutamente tudo neste mundo, ao vir parar aqui dentro adquiri um conhecimento vasto sobre basicamente todas as coisas. A única coisa que realmente não sei é sobre a maldição que me prendeu aqui. Provavelmente foi proposital.

-Sabe de tudo é, Gwendolyne-san?

*Mizuyo ainda tinha o sorriso de sempre, achando aquilo excepcional, perfeito, mais do que perfeito, genial. Aparentava estar com a cabeça nas nuvens, mas na verdade um bilhão de pensamentos passavam em sua cabeça, criando raciocínios lógicos e planos imensos que poderiam se aproveitar de uma fantasma amaldiçoada que sabe de absolutamente tudo. Informação é tudo nessa vida, se souber usar. E Mizuyo, com seu QI ridiculamente alto, saberia usar qualquer informação precisamente.*

-Não tem alguma forma de compartilhar este conhecimento conosco? Você daria uma ótima conselheira.

- Acho que não tem problema, Eire. Deve ser insuportável ficar presa nesse espelho pela eternidade... Acredito que lhe entregar um livro novo por dia não deve ser nem um pouco problemático!

*E sorriu, suspirando, feliz que tinha resolvido o mistério. Não sabia ao certo que livros entregar à ela, mas com certeza algo daquela biblioteca a satisfaria. A melhor pessoa para ajudar era Sasha, e de qualquer modo, Yori estava satisfeito por ter ajudado a todos e feliz por ter compreendido e ajudado a fantasma com seu problema. Lembrou-se da dica da diretora... Sobre o mistério da biblioteca estar ligado com a floresta e a placa. Com certeza falaria daquilo, mas outra hora. Seria muito chato encher a coitada da moça de perguntas e encheções de saco, então, ficou frio sobre isso por ora. Virou-se para Katsumi, sorrindo e deu um selinho nela, empolgado. Assentiu, como se dissesse "está tudo bem". Nisso, Mizuyo resolveu perguntar sobre mais coisas, e Yori se ligou. Como citado, ele queria fazer mais perguntas, mas não queria incomodar Eire. Então, ficou parado, observando-as atentamente.*

*Eire finalmente esboçou um sorriso. Um sorriso tímido, quase inexistente, que só quem tivesse prestando muita atenção poderia ter notado, e durou menos de dois segundos. Ela sabia de coisa demais no mundo para já estar entendendo mais ou menos o que Mizuyo queria... Mas sua função era ter e usar seu conhecimento, não julgar as pessoas. Yori já oferecera tal trabalho de lhe levar um livro novo cada dia, tudo o que ela mais queria. Com um ar mais leve ao seu redor agora, ela finalizou.*

-Em troca de um livro, eu respondo qualquer pergunta, independente do tema ou situação. Entretanto, após a resposta estar clara, irei ler o livro que me foi trago e gostaria de não ser incomodada nas próximas vinte e quatro horas. O que acham deste acordo?

- A... Ah! Eu... Posso ser o primeiro?

*Disse Yori à todos, um pouco nervoso. Não queria atrapalhar, mas estava muito curioso sobre sua placa e precisava tanto saber do que se tratava, afinal, era outro mistério. Não pode esconder que ficou feliz e grato pelo sorriso da garota fantasma. Imaginava o quão difícil era ser um fantasma aprisionado pela eternidade, então, queria pelo menos ajudá-la a fazer com que essa eternidade não fosse tão ruim. Agora, não queria ser egoísta ,as era hora de dividir o tempo com a senhorita sabe-tudo do século passado. Para que não ficasse estranho, ele colocou as mãos nos bolsos, e com um sorriso sem graça, prosseguiu.*

- Eu... Tenho uma placa. E uma pergunta, um mistério da floresta. E eu quero muito saber sobre aquela árvore e sobre o que se trata a placa. Não quero negociar, afinal, a Eire não é um objeto... Mas... Como ela só vai responder uma por vez, e sem excessões, eu queria saber disso.

-Um livro em troca de uma informação por dia?

*Mizuyo sorria cada vez mais, seus olhos brilhavam, alguma coisa dentro dela fazia com que ela tivesse mais e mais vontade de conhecer aquela maldição, aquela fantasma, toda aquela história mais a fundo, apenas para tentar adquirir tanto conhecimento como ela. Talvez, por causa do seu histórico milenar, Mizuyo tenha um conhecimento milhões de vezes mais amplos que colegiais normais ou até mesmo adultos ou sábios, mas nada se equipara a uma "Mente que Tudo Sabe". Mizuyo coloca seus óculos, como se quisesse prestar mais atenção na fantasma, em cada detalhe que ela pudesse dizer ou esboçar. Interessada cada minuto mais que o anterior, ela então apenas deixou seu parecer, sem mais dizer.*

-Parece interessante para mim.

-Não está esquecendo de nada, garoto?

*O olhar dela voltou a ser extremamente seco, quase que rude, fitando Yori. Se ele queria que ela cumprisse com sua parte do acordo, ele teria que fazê-lo também.*

- Sim, sim! Eu sei... - *E sorriu, um pouco sem graça. Claro que iria pegar algum livro para ela, então, empolgado, e um pouco nervoso, Yori deu um passo para trás, mas só para ter certeza, comentou.* - De um corredor diferente, né?

*Então, depois de um beijo no rosto de Katsumi e um "já volto", pôs-se a andar pela biblioteca, procurando algum livro. Em alguma outra seção e corredor e procurou algum livro interessante. Queria algo rústico, antigo, bonito e com conteúdo. Algum épico... Algo incrível. E encontrou! Esperava que ela não tivesse lido. Podia ser um pouco clichê, mas era um livro que Yori adorava: A Epopeia de Gilgamesh. Era uma história tão incrível... Não era a toa que o protagonista, Gilgamesh, tinha sido feito em várias versões, em diversas mídias diferentes. Como o livro estava apenas naquela seção e corredor, imaginou que não estaria lá com a fantasma. Quem sabe ela não tinha lido em vida? De qualquer modo, parecia fazer muito tempo desde que ela deixou de viver. Empolgado, retornou à seção e aproximou-se do espelho exibindo o livro para Eire. O garoto estava sorridente e extremamente feliz, tanto por poder ajudá-la, quanto por estar perto de resolver seu mistério.*

- O que acha desse aqui? A Epopeia de Gilgamesh. É um épico incrível e muito empolgante... É um dos meus favoritos!

*Eire esperou em silêncio. Não disse absolutamente nada, ficou de olhos fechados apenas aguardando Yori voltar. Pouquíssimos minutos depois, Yori voltou para aquele corredor, de frente para o espelho, levando um livro até o mesmo. Mesmo sendo um espelho, aquele objeto não refletia a imagem de ninguém nem da biblioteca em si, mas apenas mostrava a "dimensão" em que a fantasma estava presa. Entretanto, quando Yori mostrou o livro, o mesmo surgiu no espelho como se estivesse sendo refletido. Eire pegou a reflexão do livro e a puxou. Pelo jeito, apenas livros podiam ser transportados entre estas duas dimensões através do reflexo do mesmo. Ela pegou o livro, apalpou a capa, abriu no meio, passou os olhos, cheirou as páginas. O fechou novamente e então, satisfeita, virou-se uma última vez para Yori, que ainda tinha sua versão da Epopeia de Gilgamesh em mãos - afinal de contas apenas o reflexo se tornou o livro de Eire, ela não necessariamente pegou o que estava na mão do garoto.*

-"O Terceiro Mistério da Academia Youkai não pôde ser desvendado. Clube de Recompensas, 1973". Quem escreveu esta placa foi Aomoto Tsuyuri, do terceiro ano, vice-presidente do Clube de Recompensas que era um clube muito similar ao Clube Pirata que esta menina grisalha que está com vocês faz parte: eles faziam favores e realizavam objetivos de seus clientes para ter recompensas dos mesmos, independente da forma. O clube teve que ser fechado depois de um certo tempo de inatividade, e durante toda a existência do mesmo, que foi de aproximadamente 8 anos, apenas 3 objetivos não puderam ser cumpridos. O primeiro foi um pedido simples de um garoto que queria conquistar uma professora, o que foi impedido pelo fato da professora já ser casada na época e ter negado enfaticamente o amor do garoto. O segundo foi relacionado à fantasma que rodeia aquele átrio... Alguns dizem que aquele clube conseguiu desvendar este mistério mas não revelou para ninguém, outros dizem que foi sua falha. O terceiro objetivo não completo, entretanto, foi o fato conhecido como "Terceiro Mistério da Academia Youkai".

*De certa forma, ela parecia gostar de contar histórias. Apesar de serem fatos reais, era possível ver em seus olhos um certo brilho interessado, gostando de compartilhar de seus conhecimentos infinitos com outras pessoas.*

-Este mistério diz respeito a uma ventania que surge do nada perto do Lago conhecido atualmente como Kuroike, ou o Lago Negro, no meio da Grande Floresta. Pessoas alegam que aquela árvore assopra como um gigante, apesar de não haver nenhum tipo de "fenda" para sair tal ventania. É um mistério muito simples de se desvendar, na verdade, uma vez que é simplesmente uma passagem secreta subterrânea feita a séculos atrás por delinquentes que queriam fugir da Detenção. Uma vez descoberta, a passagem foi lacrada com uma chave, a qual foi escondida, e a porta feita ali foi feita com magia, podendo ser aberta apenas pelo lado de fora... Ou seja, de quem vem pela Árvore. Quem está na Sala de Detenção, mesmo conseguindo encontrar a passagem, não conseguirá passar por ela inteira jamais. Como a passagem ainda existe, o ar acumulado que vai entrando nas fendas por baixo das grandes raízes da árvore do lago uma hora começa a se expandir no local fechado, gerando os tais "sopros". Como quase ninguém conseguiu encontrar a entrada e os poucos que conseguiram não puderam abrir a porta, o mistério foi dado como não resolvido.