Grande Floresta

Relembrando a primeira mensagem :

-Imensa área natural com vegetação totalmente florestal. Árvores grandes e antigas. Bate pouca luz, fazendo ser um local bem escuro.

* Como estava completamente sem sono já que acabara de acordar no jardim, Jin resolveu andar por aí e acabou chegando em um ponto isolado da floresta, o lugar parecia bem quieto e tranquilo, como Jin gosta, então o rapaz resolveu ficar por lá mesmo, andando por um tempo com seu cigarro aceso na boca. *

*Akira entra na Floresta à procura de um lugar legal para ver a lua. Pretendia macacar e subir em umas árvores para, assim, pode observar claramente a mesma, mas sua preguiça era maior. Então vai andando aquele local tentando achar um lugar que as árvores não tampavam totalmente o céu. Não estava tendo sucesso, e agora estava perdido, acabando por chegar em um lugar um tanto isolado, onde tinha um moleque fumando. Inicialmente não percebe quem era esse vagabundo ai, não dando uma única foda, então continua a andar, até que se aproxima do rosto do rapaz e vê claramente Saotome Jin, reconhecendo-o pelo olhar que tinha no rosto, que era um moleque que sobreviveu ao saque de Akira e seu pai fizeram anos atrás. Não pensa duas vezes e se afasta, sabia que a reação daquele capeta seria violenta, e Akira não estava com muita vontade de brigar não.*

- Achei que tinha me livrado de todos os malditos de sua raça, Saotome. Parece que ainda deixei uns vermes andando por ai.

*Falava com um tom de desprezo imenso. Akira estava preparado para todo e qualquer movimento que Jin pudesse fazer, por isso falava coisas daquele tipo.*

* Jin não estava prestando atenção em nada a sua volta, só desviava das árvores enquanto andava apreciando a fumaça enchendo seus pulmões, então não notou de cara a presença de Akira lá, só acabou se dando por conta um pouco antes de ouvir aquela voz irritante. O rapaz já tinha tirado o cigarro da boca e estava se virando para ver quem estava o seguindo quando ouviu a voz de Akira, quando fixou seus olhos naquele rosto nojento que vira a anos atrás, Jin quebrou o cigarro no meio com seus dedos e sua expressão que estava completamente neutra antes ficou extremamente agressiva. Sabia que se Akira estava mantendo distância, era porque ele tinha algum tipo de plano depois de se mostrar na cara dura para Jin, então posicionou sua katana ao lado do corpo lentamente, já abrindo o case e segurando firme o cabo da espada, daquele jeito já poderia sacá-la e atacar Akira numa velocidade muito alta, mas preferiu esperar já preparado para qualquer coisa que acontecesse. *

- Depois de vagar pelo Japão inteiro... Eu te encontro logo aqui...? Fico feliz, você acabou de me poupar de te caçar. A sua cabeça vai ser separada do resto do corpo hoje, Motochika.

* Ao contrário do que acabou de dizer, Jin parecia ter sido consumido pela raiva e isso refletia em seu tom de voz e expressão facial. Estava preparado para qualquer movimento de Akira, pronto para sacar sua katana e atravessar o corpo da sua fonte de ódio. *

- Purificar Arondight...

*Lance ficou ponderando aquelas palavras por alguns instantes, ao mesmo tempo em que a espada se desfazia na forma de névoa e era absorvida pelo seu braço direito. Desde sua origem, ela era uma arma com poderes sombrios, usada contra as Espadas Demoníacas, uma contradição absoluta. Lance se deitou no chão, apoiando sua cabeça em suas duas mãos, encarando a lua como se fosse a última coisa que ele veria em sua vida. Haveria mesmo uma chance de conseguir aquilo? Kagami poderia não sentir sequer uma pequena fonte de luz em Arondight, mas Lance já era íntimo da espada, e sabia muito bem que, em meio a toda aquela escuridão, ainda havia um resquício de honra, um pontinho da Espada Sagrada que não tinha sido tocado pelo ódio da Espada Demoníaca. Valeria a pena tentar? Certamente, valeria o risco.*

- O poder que ela tem agora é imensurável, eu só sobrevivi a Guerra Youkai Européia por causa dela. Porém... Nada se compara a quando ela estava nas mãos de Lancelot... Quando ela era conhecida com a Guardiã das Sombras de Avalon... E se ela me desgasta? Imagine que eu sou uma daquelas gaiolas de aço que mergulhadores usam para nadar com tubarões-brancos...

*Lance se levantou do chão, limpou suas vestes rapidamente e tirou um pouco de mato que estava preso em seu cabelo. Ele iria tentar. Que lugar e momento seriam melhores que os atuais para tentar resgatar a antiga Arondight? Nenhum. Lance então encarou Kagami, escondida embaixo de algumas sombras, e estendeu sua mão, olhando-a nos olhos.*

- Meu coração caminha nas sombras e na luz, e assim será com o coração de Arondight. Sozinho eu não consigo, já tentei. Me ajuda? Me ajuda a resgatar a quinta Espada Sagrada?

*Pensava na bonita e legal frase dita por Jin, que infelizmente não se realizaria. Separar a cabeça de Akira do corpo do rapaz? Jin e um exército de quantos mil tentariam fazer isto naquele momento? Pensava e tentava, realmente, achar sentido nesta frase, mas era em perda de tempo. Aquela frase dita pelo seu rival, se assim podemos chama-los, não passava de bobagens. E então, finalmente, tem uma crise de risadas daquilo. Simplesmente era impossível de se imaginar, para o pirata, e mesmo assim aquele espadachim conseguia falar tais coisas de forma tão... séria. Parecia até mesmo que ele conseguiria machucar Akira, mas bem, possivelmente isto nunca aconteceria, não neste mundo.*

- Você fala bem para um "espírito vingativo". Só que, Saotome, espiritos não podem me machucar, mas eu posso machucá-los...

*E então, com um rápido movimento de suas mãos, Akira saca a sua pistola de dentro da Yukata e realiza um disparo visando a testa de Jin. Claramente era uma bala de verdade, claramente ele tinha uma real intenção de matar aquele moleque desgraçado que se chamou de caçador, em parte de sua fala, e ousou falar que conseguiria decapitá-lo.*

*Chegou ali com Arisato, um pouco doidona. Estava caminhando e fazendo caminho entre as árvores e raízes, volta e meia tropeçando em algumas e se segurando no próximo tronco à frente. Estava empolgada e curiosa com tudo aquilo, afinal, era um lugar totalmente novo e ela adorava explorar e conhecer coisas novas. Estava tudo de boa até escutar um som. Uma explosão. Um tiro!*

- Você... Escutou isso, Reiko?!

- CARALHO! É um tiro!! Será que alguém morreu?

*E virou-se para Arisato, com os olhos arregalados, mas com um gigantesco sorriso nos lábios.*

- Tem esse tipo de gente aqui mesmo?!

* Quando ouviu o barulho de tiro, não fez a mesma reação de Reiko. Só ficou... mais atento. Mesmo bêbado, Arisato ainda sabia os perigos que poderiam ter em uma academia de demônios, ainda de madrugada. Assim sendo, Arisato tomou a frente de Reiko, colocando seu braço esquerdo na frente da garota. *

- Fique atrás de mim, Reiko.

* E com a mão direita, jogada para frente, ele invocou sua lança de obsidiana, a segurando com facilidade. Parecia tão pesada, mas era como uma pena para Arisato. Assim, começou a andar com passos lentos e meio desengonçados, enquanto tentava chegar mais perto de onde ouvira o som da bala. *

- Eu não vou deixar que te acertem.

* Um tiro? Jin ficou um pouco decepcionado com o motivo de toda sua raiva só dar um único tirinho para tentar matá-lo, talvez estivesse sendo completamente subestimado, mas enfim. Simplesmente posicionou a katana um pouco abaixo da cintura e a desembainhou de baixo para cima anulando completamente o atrito da lâmina com o ar, isso fez com que a lâmina da espada cortasse a bala disparada contra Jin no meio, dividindo-a em dois pedaços que acabaram voando um para cada lado. Sem dizer absolutamente nada, Jin posicionou a katana com a ponta em direção a Akira e assim disparou numa velocidade absurda contra seu alvo com a ponta da katana direcionada ao coração. *

*Belo movimento realizado pelo Jin, mas infelizmente só cortar aquela bala e depois avançar desta forma poderia ter sido uma má ideia pela parte do espadachim. Akira dá um dashzinho pro lado, saindo da frente aquele infeliz, e então o pirata puxa sua espada de dentro da yukata, ele sempre estava completamente preparado para um combate. Apesar disto ele se manteve parado, dando alguns passos para trás e continuando à atirar naquele maldito. Estava pouco se fodendo se Jin era capaz de cortar balas, ele permanecia com este ato por um plano, ou algo do tipo, que tinha acabado de bolar. Akira mantinha um sorriso ofensivo (?) no rosto e ria bastante, tudo isto com o objetivo de tentar provocar aquele espadachim.*

- Sato...

*Sorriu com a ação dele, mas achava completamente desnecessária. Colocou as mãos nos ombros dele e apertou de leve ali, sorrindo gentilmente. Passou pelo lado, passando por baixo de braço ou lança sem se importar e avançando à frente, empolgada. Não podia deixar de exibir um sorriso empolgado no rosto.*

- Cuidado, Reiko...

- Até você, Isan? Ah... - *E assim, finalmente chegou até a área. Dois rapazes lutavam, um sério e um sorridente. O sério recém tinha atacado e o sorridente esquivou.* - DÁ UM TEMPO!

*E assim saltou do meio das árvores e chegou ali, ficando a alguns metros de distância dos dois, com um sorriso mais e mais empolgado. Parecia uma criança na frente de um filme de ação. Não fez muita coisa, apenas permaneceu ali, imprudente, observando-os.*

-Já que você insiste...

*Kagami mostra mais uma vez o seu sorriso, da mesma forma que mostrara quando conseguira "domar" Kurokage em suas mãos. Se levantara, olhando para Lance e depois desviando seu olhar para a espada, e então uma última vez para a Lua, que agora já estava minguante (?). A garota pensou e pensou por alguns minutos, em silêncio. Quem seria bom o suficiente nessas artes de purificação? Não... Não adianta purificar a energia, se o sentimento de culpa e tristeza continuar dentro da arma. Eles precisavam fazer aquele "espírito culpado e sombrio" se acalmar e se satisfazer de alguma forma. Como fariam aquilo... Esse é o verdadeiro problema.*

-O que aconteceu com Lancelot após a morte? Ele ascendeu aos céus? Perambulou pela terra como um fantasma ou um cavaleiro negro? Foi pro inferno?

*Chegou em silêncio na floresta, caminhava tranquilamente e aos poucos conseguia ouvir barulhos de longe, então resolveu ir para um caminho oposto, afinal não estava afim de ver ninguém naquele momento, caminhou em direção oposta de onde escutava todos os barulhos, caminhou durante minutos até parar de escutar os barulhos e vozes e apenas conseguir escutar o nada, ah como Hayato amava o silêncio, até se acalmava um pouco com isso, caminhou mais um pouco até encontrar uma construção de dois andares abandonada e totalmente invadida pela vegetação, ela não era muito grande mas chamou a atenção de Hayato, ele gostava de entrar em construções abandonadas, desde quando era criança tinha essa mania de explorar locais abandonados, e assim o fez, passou pela vegetação sem dificuldade graças ao fato de ser bem magro, ao entrar na construção não se admirou muito afinal, já era de se esperar, algumas paredes pichadas, entulhos e lixos, caminhou pelos corredores a procura de algo que ainda desse para se usar ou trocar com alguém, entrava em cada cômodo que havia naquela construção, vasculhou o primeiro andar e não achou nada, então foi para o segundo andar, teve bastante cuidado ao subir as escadas, afinal já estavam bem frágeis e poderiam cair a qualquer momento, fez o mesmo que no primeiro andar, vasculhou todo o local e não achou nada, como não tinha nada para fazer e aproveitando que havia encontrado um sofá ainda um pouco inteiro, se sentou no sofá e ficou lá, encarando a porta, caso alguém também encontrasse essa construção e fosse para o comodo em que Hayato estava no segundo andar levaria um susto, afinal estava tudo bem escuro e somente dava para enxergar um pouco da máscara de Hayato. Ele ficou sentado no sofá em um silêncio tão profundo que nem sua respiração poderia ser escutada, ele não sentia sono, poderia ficar acordado durante meses. Ele só dormia as vezes, ele encarava a abertura que já teve uma porta antes sem nenhuma reação, não pensava em nada, apenas gostava de ficar daquela forma, no mais completo silêncio.*

- Deu origem à minha raça... Perambulou pela terra sob a forma de um espectro de um cavaleiro de armadura negra, e muitos dizem que ele ainda vaga pela ilha da Grã-Bretanha. Outros dizem que Lady Vivian o encontrou e purificou seu espírito, levando-o até Avalon... Ninguém sabe ao certo.

*Lance então percebeu alguns raios de sol brotando por entre as folhas das árvores da floresta. Já estava de manhã? O tempo realmente parecia voar naquele lugar enquanto conversavam. Com um aceno de cabeça, permitiu que Blackshade retornasse para sua dimensão, afinal, se durante a noite já era um tanto difícil esconde-lo de olhares curiosos, de manhã, onde sua cor negra não mais o escondia, e sim o destacava, era uma missão impossível. Lance estava sentindo duas coisas naquele momento, fome, muita fome, e um pouquinho de sono. Com o pensamento de que Kagami talvez estivesse se sentindo da mesma forma, arriscou perguntar.*

- Você também não deve ter almoçado nem jantado né? Quer ir comer alguma coisa ou prefere dormir um pouco? Podemos tentar chegar à uma conclusão sobre o que fazer com Aron.

-Eu só preciso mesmo descansar um pouco. Me alimentei muito bem durante o resto do dia, antes de vir pra cá.

*Apesar de responder sucintamente as perguntas de Lance, ela ainda estava pensando initerruptamente sobre Arondight ou o que possa ter acontecido para que a espada chegasse a um nível tão baixo. Se ela vai adquirindo os sentimentos de seus donos, assim conseguiu se tornar uma espada amaldiçoada com os sentimentos ruins de Lancelot. Mas ela fora passada de geração em geração para vários cavaleiros, e agora com Lance. Será que nenhum deles tinha sentimentos bons o suficiente para que a espada pudesse sugar e começar a substituir a energia maligna dela? A coisa mais simples que ela podia pensar era isso: se ela caiu tanto por causa de energias e sentimentos ruins, ela pode ascender novamente com energias e sentimentos bons.*

-Podemos nos falar melhor outra hora. Não é como se fôssemos conseguir consertar essa espada da noite pro dia... Literalmente.

*Passou de boa, trotando ainda, pela Grande Floresta. Hikari não adentrava a mesma de fato, apenas passando pela borda daquele local, se assim podemos dizer, se aproximando mais da Área Comercial. Conseguia escutar barulhos de tiros e vindo de dentro da floresta, o que lhe deu mais um motivo para não entrar lá de forma alguma, poderia ser realmente perigoso. E, assim, ela continua, sem reduzir seu ritmo em momento algum, até sair da área de floresta e ir até seu próximo próximo ponto, as Ruas da Área Comercial.*

* Os primeiros raios do incandescente sol já começavam a penetrar o local. Logo que Reiko deu os primeiros passos na frente dele, Arisato já decidiu tomar ainda mais a frente dela, mas com a velocidade que ele alcançava bêbado, não conseguiu chegar tão mais longe que ela. Via os dois caras ali, e com a lança em punhos, ele fazia um giro com ela no ar, logo após segurando-a com as duas mãos, como um guardião, na frente de Reiko. Ele não tinha nada a ver com aquilo, mas né, bêbado herói é mais útil que bêbado cagão. Assim sendo, ele soltou um berro à frente de Reiko, uma coisa tão nada a ver quanto a ideia retardada de adentrar a floresta na madrugada, e já estar de manhã. *

- NINGUÉM ENCOSTA NA REIKO E O QUE CARALHOS TÁ ACONTECENDO AQUI?

* Todas as balas da arma de fogo de Akira eram facilmente cortadas pela katana de Jin em uma velocidade absurda, sempre tentando contra-atacar com estocadas e cortes verticais quando se aproximava o suficiente de seu alvo. Jin estava completamente concentrado em Akira e em todos os tiros dados pelo mesmo, até que ouviu uma voz feminina berrando ao fundo dos tiros, imaginando que seriam reforços de Akira, Jin assumiu uma posição mais defensiva com a espada em mãos, ficando um pouco mais afastado dos três que ali estavam. Jin não entendeu muito bem as palavras do cara que apareceu com a lança, ele parecia estar um tanto alterado, mas é melhor prevenir do que remediar, seria difícil demais lidar com três de uma vez só. Sua expressão ainda era de raiva, seus olhos ficavam trocando de alvo de segundo em segundo entre os três, mas sua katana continuava apontada para Akira, já que o único que aparentemente poderia atacar de longe seria ele. *

*Akira estava prestes à botar seu plano em prática, afinal, Jin estava cortando todas as balas assim como era esperado, nem se preocupava em tentar desviar ou nada parecido. Então o pirata levanta sua espada, pronto para realizar um golpe, porém escuta vozes chegando naquele local, uma feminina e um e um macaco bêbado. Não se importava muito com eles, porém logo passa a pensar que poderiam ser amigos de Jin que chegaram ali para ajudar o mesmo. Maldito espadachim covarde, chamando uma turminha para dar conta de uma única pessoa. Sem perder muito tempo ele se põe à atirar umas três ou duas vezes contra a garota, Reiko, que estava ali. Poderia ser uma peça fundamental daquele grupinho, afinal, o macaco bêbado falou que ninguém encostaria nela.*

- Maldito covarde! Desta vez eu lhe deixarei vivo, de novo, mas não pense que acabou, Saotome!

* Com um tom de voz claramente irritado ele resolve sair daquele local, era perigoso demais. Akira lembra-se de algo que deixaria sua escapatória totalmente viável, uma técnica sua que criava uma neblina no campo de batalha. E então realiza tal movimento, ficando fora do campo de visão de Jin e podendo escapar da Grande Floresta com segurança, mas sem um rumo definido.*

*Não entendeu muito bem o que houve, estava confusa, mas Arisato tinha se posto na frente dela para proteger. Porém, isso logo veio a ser útil, pois Akira disparou algumas vezes contra Reiko. Rapidamente, ao perceber que isso aconteceria - os tiros -, a garota rapidamente se atirou no chão e, ao mesmo tempo, deu uma forte rasteira no garoto à sua frente, a fim de derrubá-lo com velocidade. Antes alguns machucados do que alguns tiros. Agora, depois de ter esquivado, levantou-se, dando uns passo à frente sem entender mais ainda o que aconteceu. O outro garoto, Akira, tinha desaparecido e o único que restava era Jin. Eles estavam lutando? Por quê? E por quê os dois recuaram quando Reiko e Arisato chegaram? Então simplesmente fitou o outro garoto que estava ali.*

- Err... Uh... Tá tudo certo?

* Logo ao ouvir os tiros, Arisato rapidamente começava a girar sua lança na sua frente, fazendo um rápido escudo contra os tiros, fazendo com que os mesmos parassem na frente do escudo e simplesmente caíssem, perdendo a força. Reiko se jogara no chão e tentara dar uma rasteira em Arisato, que nem ao menos se mexeu com o poderoso impacto da perna de Reiko contra a sua. Após ver aquela névoa toda, o garoto cobriu os olhos, não deixando que aquilo atrapalhasse sua visão. Tudo já estava normalizado quando viu o samurai, o mesmo que talvez seria o alvo principal do meliante que tinha saído covardemente ~~IGUAL UM CAGÃO FILHO DA PUTA~~ de cena. Assim sendo, Arisato faz a lança sumir mais uma vez, agora ajeitando seu sobretudo e olhando para o samurai. Mesmo bêbado, Arisato ainda tinha seus reflexos e claro, não deixaria Reiko se machucar de forma alguma. *

- Ei, cara, você tá bem? Reiko, você tá bem também?

- Então, antes de nos despedirmos...

*Lance leva suas duas mãos para trás de sua nuca, e movimenta seus dedos gentilmente, abrindo a presilha que segurava seu colar feito de tiras de couro, e o retirando. Segurou o objeto com sua mão direita, e a estendeu até quase tocar o rosto de Kagami. O colar em si era bastante simples, quatro tiras de couro trançadas manualmente, mas o pingente era o total contrário. Uma pedra olho-de-tigre, esculpida à mão na forma de uma cruz celta de mais ou menos 5 centímetros de altura por 3,5 centímetros de largura, com pouco mais de meio centímetro de espessura, lapidada com tanta perfeição que parecia ter sido feita pela mais precisa das máquinas modernas. Aquele colar era mais que especial para o cavaleiro, pois tinha sido um ponto quase que imperceptível de pureza em meio ao caos da guerra.*

- Aceite como um símbolo de nosso comprometimento. É uma tradição de onde eu venho.

*Kori chega na grande floresta correndo. Corre por todo a extensão que consegue por mais ou menos uma hora, tenta contornar o grande lago, presta extrema atenção no caminho que fazia por causa da névoa que persistia naquela manhã, mas acaba sendo distraída por vozes, ao olhar vê alguns alunos pela redondeza, com essa distração a moça se enrosca em uma raiz que estava para fora no solo, rolando no chão, a moça se levanta observando o estrago, tinha arranhando bastante os braços e com certeza teria hematomas nas pernas, mas uma coisa q a moça não percebeu é que quando rolou no chão, bateu a cabeça, fazendo um ferimento na lateral com cerca de 3,5 cm, ela confundiu o liquido quente escorrendo com o suor, afinal corria a quase uma hora, como para ela estava tudo certo, só arranhões e hematomas foi correndo para o pronto-socorro passando pelo jardim.*

* Continuou defendendo facilmente os ataques de Akira enquanto estava em uma posição completamente defensiva, até que viu o covarde fugindo bem a frente de seus olhos depois de atirar no casal que acabara de aparecer, completamente em duvida, Jin embainhou sua katana ao ouvir ambos falando com ele, parece que o moreno acabou se enganando e eram duas pessoas randomicas que simplesmente ouviram os disparos de Akira. Talvez tenha sido melhor deixá-lo fugir, o ambiente em que se encontram não seria muito propicio para uma luta séria, mas é óbvio que Jin não demonstraria isso. Guardou novamente a katana em seu case e tirou um cigarro do bolso, o acendendo com um isqueiro guardado no mesmo local, sua expressão era de desprezo, já imaginava que Akira iria fugir como o covarde que é na primeira chance que tivesse, e aquela porra casal bêbado acabou servindo muito bem pra isso. *

- Que merda vocês tão fazendo aqui? Acabaram completamente com a melhor chance que eu tive nos últimos anos. Tsc, retardados.

* Apesar da fala completamente agressiva, seu tom de voz era bem normal apesar de alto, fazendo questão de que eles ouvissem bem direitinho o "retardados" que soltou no final. *

*Não ligou pra reação de Jin até ele falar "retardados". O que ele estava pensando? Até mesmo em circunstâncias normais, Reiko se irritaria e tomaria alguma decisão sem pensar, causando algum tipo de confusão. Ou não. Mas aquele era um desses casos. Irritada, a garota dá alguns passos à frente.*

- RETARDADOS? O QUE 'CÊ DISSE?! - *Apontou pra ele, furiosa.* - TÁ DOIDÃO? TÁ ACHANDO QUE TÁ FALANDO COM QUEM, Ô ZÉ FUMAÇA?

*E lembrou-se no mesmo instante que Arisato COM CERTEZA se meteria. Mas ela detestava aquilo em alguns momentos. Odiava brigas injustas, e se aquilo piorasse, não queria que o garoto se metesse. Então rapidamente virou-se para ele. Depois de falar, voltaria sua atenção pra Jin.*

- E FICA FORA DESSA, ARISATO!

- O cara tá só puto, pelo jeito ele ia cometer um assassinato e a gente empatou a foda dele.

* Dizia isso como se fosse a coisa mais simples do mundo, rindo. Logo fazia o mesmo que Saotome Jin e acendendo um cigarro com rapidez, fazendo a fumaça se esvair como um grande fantasma de sua boca. Olhava para Reiko do mesmo jeito que ela falara com ele, com petulância e escarro nos olhos. Mesmo assim, Arisato riu, vendo que Reiko ainda não tinha mudado esse jeito retardado dela de querer sair estourando a porra toda e agir sozinha. *

- Eu não vou me meter em merda nenhuma mesmo, não tem o que me meter. Se você quer fazer um escândalo a toa, faça. Tá mais do que óbvio que o cara só tá puto. E não estamos fazendo nada aqui não, essa coisa aí quis sair pra conhecer a academia e cá estamos. A pergunta de verdade é: porque ele estava te atirando? Sem motivos que não deve ser.

* E assim até ele ria, passando a observar o que Jin faria. Nem ligou para os "xingamentos" do outro segundanista. Reiko tinha explodido como sempre, porém Arisato estava tranquilo como uma pena, talvez por causa do álcool mas também por causa de seu auto-controle.