Grande Floresta

Relembrando a primeira mensagem :

-Imensa área natural com vegetação totalmente florestal. Árvores grandes e antigas. Bate pouca luz, fazendo ser um local bem escuro.

- Com uma garota retardada que provavelmente vai ter problemas com álcool no futuro.

* Ao ver que o garoto não tinha ficado irritado, Jin chegou a conclusão de que pelo menos alguém ali tinha um cérebro funcional além dele mesmo. Ficou encarando Reiko com uma expressão nada amigável, apenas levando a mão direita até sua boca de segundos em segundos para tirar o cigarro de lá e liberar a fumaça, parecia não se importar muito com o que a garota faria, se viesse para cima dele daquele jeito, seria até fácil de lidar com ela, bêbados não treinados não tem reflexos bons, afinal. Aquela situação estava ficando cada vez mais irritante... Ainda mais depois de perguntarem o motivo de Akira para disparar contra ele, curiosos alheios que não tem nada a ver com o que está havendo não merecem respostas dignas, pelo menos na cabeça de Jin. *

- O que te interessa saber o porquê? Não tem nada a ver com os metidos aí.

*Colocou as mãos na cintura, indignada com a situação. Fitava Jin puta da vida, enquanto tentava manter o pouco controle que tinha. Tinha menos ainda porque tinha bebido um bocado anteriormente. Observou cada movimento que ele fez, e por fim, o mesmo disse que não era da conta dos dois. A garota apenas deu um passo pra frente, gesticulando com os braços conforme falava.*

- COMO ASSIM?! Sei lá, talvez porque NÃO SEJA NORMAL a porra de um SAMURAI contra um cara METENDO BALA no meio do MATO do lado da ESCOLA!

*E colocou as mãos na cabeça, com aquela expressão de "WTF" clássica daquela velha imagem do Jackie Chan.*

- Reiko, para de berrar, mano. Deixa o cara sozinho. Vamos embora.

* Ele sabia que isso não adiantaria nada, e que Reiko iria continuar ali querendo saber a verdade: o fato dela estar bêbada mais o fato da curiosidade da garota estar explosivamente chata, fez com que Arisato nem saísse do lugar e só ficasse ali, olhando o que Reiko faria. Sabia que ela continuaria berrando até Saotome Jin fazer algo. Continuava fumando o cigarro até algo de mais acontecer, quieto. *

-...

*Kagami pega o objeto que Lance lhe entregara e olha para ele com atenção. Era realmente um objeto lindo, que a deixava até um pouco maravilhada em imaginar como teria sido feito. Com ele em suas mãos, ela o guardou no bolso de seu blazer, voltando a olhar seriamente para o rapaz logo depois.*

-Normalmente eu não aceitaria algo assim de tanta importância pra você. Mas já que é um "símbolo do nosso comprometimento"... Eu prometo lhe devolver assim que alcançarmos nosso objetivo.

*E então, para não prender o Lança ainda mais do que ele já está preso por aqui há dias por minha causa, Kagami de forma estilosa como sempre se despede com uma leve curvada de seu corpo, fazendo uma educada reverência e então virando-se, levantando a mão direita acenando para ele antes de desaparecer por entre as árvores e voltar aos Arredores da Academia.*

*Lance se despede de Kagami com sua característica continência, levando sua mão direita ao peito e curvando levemente a cabeça para frente. Acabou se sentindo um pouco estranho sem seu colar, mas se acostumou com a ausência do objeto quando colocou em mente seu novo objetivo. Talvez aquele fosse o motivo do galês se sentir tão estranho durante os dias que se passaram, a falta de um objetivo claro a ser atingido. Embora Kagami parecesse inteligente, sozinha ela não poderia fazer muita coisa, então o moreno tratou logo de começar sua busca. Lembrou-se da garota que tinha falado com ele no dia anterior, e que se sentava atrás dele em sua sala. Ela falara com ele como se soubesse de grande parte das coisas sobre seu passado, e talvez pudesse responder alguma de suas perguntas. Ainda estava cedo, e talvez ela sequer tivesse deixado seu quarto. Lance então resolveu ir direto para os Dormitórios, procurar a tal garota antes de qualquer outra coisa.*

*Aproveita o terreno desnivelado, para ter mais impacto em sua corrida, começa a trotar para aquecer e depois de alguns minutos ele começa a correr em uma velocidade constante e considerável. Depois de um bom tempo correndo pela floresta ele vai em direção ao lago que ficava no centro.*

- Não vou perder meu tempo com você, mesmo. Vambora, Sato... Tem muito mais coisa pra fazer.

*E fitou Jin por mais alguns instantes, virando-se e indo embora. Como o off dele me disse que tá abandonando os personagens, não tem mais porquê esperar. Sendo assim, Reiko foi embora, indo pra qualquer lugar.*

- Oe, espere, Reiko!

* Arisato saía de perto de Jin, jogando a bituca de cigarro no chão mesmo e nem ao menos dando uma reverência ao garoto. Alcançava Reiko meio que aos balanços e tropeços por causa da bebida. Agora ao lado da garota, tomava um ritmo normal de seu andar, como ela fazia. *

- Ah, tem coisa melhor que fazer? O que, por exemplo?

- Sei lá. Vamos lá pro fliperama gastar os dedos um pouco. Hehehe.

*E riu, colocando as mãos pra trás e caminhando pra lá com esse post rapidinho porque preguiça.*

* Ia atrás dela, acendendo mais um cigarro. *

*Madrugada, Hayato adorava a madrugada, o clima estava da forma que ele mais gostava, noite fria, muito vento, ele saiu da pequena construção em que estava e notou que havia um pouco de neblina pela floresta, bem ele não ligava para isso, podia enxergar até melhor com a neblina, sentiu uma sensação que não sentia a um certo tempo, e graças a isso um sorriso apareceu em seu rosto, esse sorriso era enorme, ele sabia o que era, seu lado slender e ele mesmo sentia cede de sangue. Ele sentia falta de ouvir gritos, de ouvir pessoas implorando por suas vidas, ele sentia falta de sua boa e velha companheira morte. Mesmo sem destino, ele saiu andando pela grande floresta, apenas seguindo seus instintos.*

*Ah a floresta, como ele amava aquele lugar, a floresta era o lugar que ele mais se sentia em casa, ele caminhava agora em silêncio, porém sorrindo, aquela sensação de ter matado alguém, de ter alguém implorando pela a vida era a melhor de todas, pelo menos para ele, então, ele começou a gargalhar, mas gargalhar alto, ele não se sentia tão bem assim fazia tempo, até que tropeçou em algo, ele se abaixou para verificar o que era e para sua surpresa era uma faca de caça abandonada, na hora ele pegou aquela faca para si, se levantou e se encostou em uma árvore avaliando cada detalhe daquela faca de caça, ela tinha uma lâmina bem afiada e era bem bonita, ele enquanto avaliava a faca de caça, ria um pouco mais baixo do que antes, ele realmente estava impressionado com o que havia encontrado no meio daquela imensa floresta.*

*Assim que pisou na floresta, na mesma hora pôde sentir a presença de Hayato. Ele estava por ali, em qualquer lugar no meio daquela floresta escura e fria. Aquele ar insano, arrepiante, que faria qualquer pessoa normal molhar as calças como uma criancinha. Ah, como adorava isso, se sentia mais vivo e o fazia se mostrar como era realmente, um maníaco, assim como o garoto ali escondido. Abriu o sorriso mais macabro que podia, nem parecia mais a mesma pessoa aparentemente muito doce do hospital. Tratou logo de se embrenhar mais, indo para uma parte bem densa da floresta, e então tentou chamar o rapaz.*

- Hayato... Sei que está aí, eu sinto sua presença perfeitamente. Eu recebi o seu presente.

*E calou-se logo depois, ficando apenas aguardando o garoto aparecer.*

*Após escutar a voz de Hideki, ele não ficou surpreso, mais cedo ou mais tarde saberia que Hideki iria vir atrás dele, aproveitando que a floresta era o lugar em que ele mais tinha conhecimento, e por conta da preguiça de ficar procurando onde ele estava, Hayato seguiu o som da voz de Hideki e se teletransportou para atrás do mesmo, a faca de caça, mesmo no escuro sua lâmina brilhava um pouco, para testar seu corte ele deu uma passada de leve na faca em sua mão, algo que resultou em um pequeno corte, é ela era boa, ele analisava a lâmina a faca que agora estava suja de sangue, depois outro sorriso apareceu em seu rosto.*

-Olá doutor, como vai? deu para fazer alguma marionete com aquilo?

*Além de ficar analisando a lâmina da faca, ele observava as reações de Hideki.*

*Como esperado, ele apareceu. Agora, longe das vistas dos outros, no meio de uma parte de difícil acesso da floresta, eles podiam conversar "no mesmo nível". Hideki também mantinha um sorriso bizarro no rosto, que aumentou de tamanho ao ver o rapaz brincando com aquela modesta faca.*

- Muito melhor agora longe daquela gente. Eles me cansam.

*Continuou observando Hayato e sua faca, ao mesmo tempo, Hideki resolveu soltar o cabelo, que caiu ligeiramente bagunçado sobre seu rosto, aumentando ainda mais a insanidade de sua aparência naquele momento. Com esse garoto não precisava fingir nada, então apenas seguiria sendo ele mesmo finalmente e começou a explicar a ele como fazia suas marionetes.*

- Bem, eu realmente fiquei muito lisonjeado com o presente, mas infelizmente ele não me é de nenhuma utilidade. Não é dessa forma que crio minhas marionetes. Um corpo de um ser vivo é algo muito fraco e apodrece logo depois de morto, não serve, por isso eu uso o corpo das bonecas. Corpos que eu mesmo crio para alojar uma alma, que é o que me interessa. Almas são algo infinitamente mais forte que um corpo. Eu tenho a capacidade de trazer uma alma de volta do mundo dos mortos e aprisioná-la na marionete. É isso o que eu faço. Também não é com qualquer um, não quero almas inúteis de gente inútil nas minhas marionetes. Se eu tiver um propósito, um vínculo com aquela alma, a ligação e a magia são muito mais fortes. Por isso, até agora, apenas uma de minhas bonecas tem uma alma, apenas Elizabeth. Mas logo ela terá companhia, ganhará uma irmãzinha, hehe.

*Só de pensar em botar as mãos na alma daquela fedelha e fazê-la sua, já fazia seu sangue frio ferver de excitação. Queria tem o controle sobre ambas as irmãs que tanto fizeram de sua vida um inferno, para ele, agora, fazer da morte delas um inferno. Isso lhe fez abrir mais uma vez aquele sorriso extremamente maníaco e assustador de antes e o fez rir, gargalhar de um modo que estava segurando até agora. Ria alto, descontrolado e de forma insana. Riu até se cansar, então respirou fundo, retomando sua postura de sempre. *

- Me desculpe por isso, precisava rir. Agora, tenho que me desfazer daquele corpo. Pensei em usá-lo como isca para os peixes do lago vermelho. Quer vir comigo?

-E quem seria a irmãzinha?

*Havia ficado meio curioso para saber quem seria a pessoa, na hora em que o médico começou a gargalhar, um sorriso apareceu no rosto dele, era como se Hideki fosse seu irmão mais velho, ambos se entendiam, ambos eram loucos, insanos e psicopatas. Ele olhava fixamente para a faca, que agora estava meio suja de seu próprio sangue, a luz da lua iluminava um pouco o local, deixando ele um pouco mais sombrio, ele gostava daquilo, aquela madrugada era perfeita.*

-Existem tantas formas divertidas de se livrar de um corpo... Até podemos fazer uma versão alternativa daquela brincadeira em que atacamos pedrinhas em um lago e a pedrinha que for mais longe ganha.. algo assim, não chegava a brincar muito daquilo quando era pequeno... tinha coisas mais interessantes a fazer, porém acho que entendeu a que brincadeira me refiro.

*E não deixou de rir, ele estava tão bem que mal podia conter a vontade de rir, ele retirou sua máscara, a colocando na parte de trás de sua cabeça, os olhos dele estavam fixos em Hideki, chega brilhavam levemente, até que arremessou sua faca na direção de Hideki, porém a faca passou raspando pelo rosto do mesmo e acertou em cheio uma árvore que estava a alguns metros a frente deles, Hayato agora gargalhou, enquanto andava em direção a onde a faca estava cravada, ele ria baixo, pois percebeu que tinha feito um pequeno corte no rosto do médico, assim quando chegou perto da árvore onde a faca estava ele a pegou, voltou a olhar para Hideki, com um sorriso enorme no rosto, acenando para ele com a faca.*

-Te vejo no lago.

*E sumiu em meio as árvores, indo para o Kuroike.*

- Uma garota que sempre foi um grande estorvo na minha vida. Recentemente descobri que ela está estudando aqui e vim atrás dela. Quero ter o prazer de matá-la com minhas próprias mãos. Mas, eu a odeio tanto, que nem depois de morta vou deixá-la em paz, trarei a alma da menina de volta e colocarei em uma marionete. Ela viverá eternamente me servindo obedientemente, que ela considera como sendo a pessoa mais repugnante que ela conhece. Vai ser divertido.

*Seu sorriso macabro não abandonava seu rosto um segundo sequer. Quanto mais pensava em todas as formas com que poderia matá-la, acabava se excitando mais, sorrindo de modo mais macabro ainda, pior não poderia mais ficar. Quando ouviu as ideias de Hayato para se livrar do corpo, gargalhou alto e de modo psicótico novamente. Aquele garoto era divertido realmente.*

- Eu adoro o modo como você pensa. Vamos nos dar bem, garoto. Muito bem, vamos brincar desse modo que sugeriu então.

*Hideki nem se moveu do lugar ao ver a faca vindo em sua direção, que passou de raspão pelo seu rosto, e fez um corte bem de leve. Porque não desviou ou porque Lizzie não apareceu na frente para protegê-lo? Simples, Hideki sabia que não o acertaria em cheio, Hayato não o mataria, não ainda. Ele era a única pessoa que poderia garantir ao garoto algumas coisas que ele precisava. E o contrário também funcionava, Hideki pensava que o garoto poderia ser muito útil em alguma ocasião, então precisava da confiança dele.*

- Certo. Até o lago.

*E seguiu em direção ao Lago vermelho.*

*Se embrenhando pelas áreas mais escuras da floresta. Precisava ser o mais furtivo, discreto e rápido que conseguisse. Não podia levantar suspeitas agora ou isso acabaria com seu trabalho. Hideki havia estudado e se esforçado muito por anos para conseguir mudar sua aparência e se ele conseguisse colocar as mãos nesse poder... Seria perfeito, tudo se tornaria tão mais fácil! Certamente faria de tudo para consegui-lo e, com esse objetivo em mente, Hideki segue seu caminho em direção à academia.

*Não importava quantas vezes Hideki entrasse na floresta, ele sempre adorava estar ali todas as vezes, principalmente durante a noite, onde podia se embrenhar pela escuridão e curtir a energia negativa que pairava. Mas não ficaria ali curtindo e perdendo tempo, precisava voltar ao navio o quanto antes e terminar qualquer coisa da pesquisa. uma pequena descoberta já o deixaria satisfeito para começar. Foi se embrenhando cada vez mais e indo em direção ao Kuroike.*