-Quarto 210

-Este quarto está registrado no nome de Frank Whittle.

*Entra, fecha a porta atras de si. O quarto era bom, tinha tudo o que ele precisava ali: cama, armário, uma escrivaninha e um banheiro de bom tamanho para uma pessoa. Era mais do que p suficiente pra Frank. Entao ele começa a desfazer a mala e arrumar as coisas com calma.*

*Terminando de colocar tudo em seu devido lugar, o quarto de Frank parecia mais uma oficina do que um quarto, cheio de ferramentas e utensilios mecânicos pendurados nas paredes. Na escrivaninha, deixou os livros que utilizaria durante o semestre no canto direito e, no esquerdo, papéis de alguns projetos e esboços de geringonças que tinha começado a planejar.*

Aff, terminei de arrumar. Agora um banho seria bom.

*Abriu o armário, pegou uma muda de roupas e entrou no banheiro. Tirou as roupas sujas, deixando num cestinho que havia alí, ligou o chuveiro e começou seu banho.*

*Depois de um tempo, Frank saiu do chuveiro. Se secou, pendurou a toalha, se vestiu e saiu do banheiro. Olhando o relógio, viu que ainda tinha tempo para dar uma volta então abriu a porta e saiu do quarto, trancando a porta novamente em seguida.*

*Destranca a porta, entra no quarto e fecha a porta novamente.*

[Aff... Finalmente]

*Estava exausto, muitas coisas tinham acontecido logo no primeiro dia e que pensou que tinha sido uma pequena amostra de como aquela escola funcionava. Mas isso era bom, significava que seu novo emprego seria tudo menos monótono. Logo, pegou uma pequena bacia em um dos armários, colocou água e sabão, tirou as roupas ali mesmo e jogou dentro, deixando de molho pra ir tirando o grosso da sujeira que o caldo de katsudon tinha causado. Feito isso, já entrou no banheiro, fez suas necessidades e entrou no banho. Depois de um tempo já estava limpo até demais, então desligou o chuveiro, pegou a toalha, se secou, saiu do banheiro, andou até o armário e se vestiu. Não tinha o hábito de usar pijama certinho, costumava usar para dormir uma camisa mais folgada e um short azul escuro. Se sentou na cadeira junto à escrivaninha e pegou seu horário de aulas para confirmar a sala em que deveria ir.*

Humm... 3º ano, sala B. Ok.

*Tendo visto a sala, separou o material que usaria, deixando tudo pronto em cima da mesa. Finalizadas as preparações para o dia seguinte, ajustou o despertador, foi até a cama, deitou e logo dormiu.*

*Estava tendo um daqueles sonhos totalmente nada a ver quando, ao longe, começa a escutar um apito repetitivo.*

[hum... zzzz... despertador... zzzz... acordar...]

*Pouco depois de começarem os pensamentos "modo zumbi" de quem está entre as fases "dormir" e "acordar", Frank abre os olhos. Então dá um tapa em cima do botão do relógio para desligar o alarme, que já o estava irritando, e senta-se na cama enquanto dá um grande bocejo. Olha em volta, se lembrando que estava na academia e sua primeira aula começaria em breve.*

[Ok... fim do descanso]

*Frank se levanta, vai até a pequena cozinha que tinha no quarto e põe um pouco de café na cafeteira pra ir preparando enquanto se arrumava. Olhou no canto e viu a bacia com roupa de molho.*

[Puts... tem isso ainda.]

*Pegou a bacia, jogou a água suja fora, encheu novamente de água limpa. Não dava tempo de lavar direito agora, então deixaria na água por enquanto e pegaria depois das aulas da manhã. Feito isso, foi até o banheiro, tomou uma ducha bem rápida pra acordar direito, se secou, pegou uma muda de roupas limpas e se vestiu. Usava uma calça larga verde-escura, uma camiseta branca com uma camisa azul sobreposta. Sentiu o cheiro do café pronto, preparou rapidamente uma torrada e serviu o café em uma caneca. Comeu, deixou a louça na pia e voltou ao banheiro para escovar os dentes. Logo após, colocou suas plaquetas de identificação no pescoço, seus óculos de aviador na cabeça e o maço de cigarros em um dos bolsos da calça (os três itens que não Frank ficava sem). Pegou os livros didáticos na escrivaninha, abriu a porta e finalmente saiu do quarto.*

*Após fechar a porta, nem trancou porque seria rápido, ele vai até a bacia com as roupas, tira a água que estava ali e depois já sai com ela nas mãos, voltando para o corredor.*

*Quando Frank entra no quarto, percebe a pequena bagunça que havia deixado de manhã. Era pouca coisa, tinha que ajeitar a cama e lavar umas poucas louças na pia, mas decidiu aproveitar e já arrumar isso também, pois se deixasse acumular daria mais preguiça depois. Começou guardando as roupas limpas no armário, deixando o cesto ali no cantinho para usar novamente depois, em seguida esticou os lençóis da cama e, por fim lavou a louça. Estando tudo arrumado, agora podia descansar um pouco. Resolveu ir para o terraço dos dormitórios, imaginando que não teria ninguém lá nesse momento por ainda estarem em período de aulas. Sendo assim, abriu a porta do quarto e saiu mais uma vez.*

*FINALMENTE entrava em seu quarto depois de DOIS DIAS inteiros. Era um alívio, igual chegar em casa depois de uma viagem, Frank precisava ficar em seu cantinho um pouco. Mas dessa vez teria uma companhia, certo? Por sorte tinha o hábito de ser organizado, seu quarto estava bem arrumado e limpinho, apesar de parecer mais uma oficina de tantas ferramentas penduradas nas paredes. Mas ao menos não passaria vergonha nem teria que sair correndo pra arrumar. Isso lhe daria um pouco mais de tempo para tomar banho com calma. Fechou a porta do quarto, sem trancar, foi até o armário e pegou roupas confortáveis. Como teria a visita da sensei, não pegou a regata e o shorts que sempre usava, era à vontade demais. Escolheu uma camiseta preta e uma bermuda azul clara, bem simples e um pouco mais larguinhas, que eram confortáveis mas que eram um pouco mais apresentáveis. Foi para o banheiro, tirou as roupas usadas, jogou-as no cesto e entrou no chuveiro. Sentir aquela água morninha cair em seu corpo era bastante relaxante e revigorante. Depois de uns minutos que passou só relaxando com a água, ele começa a se lavar e bem lavado. Tomou um banho equivalente aos dois dias que ficou sem. Até aproveitou e fez a barba, que já estava a ponto de o deixar com um aspecto de relaxado. Mais limpo não poderia sair daquele banheiro. Desligou o chuveiro, se secou, se vestiu e saiu para o quarto, se sentando na cama para esperar a moça chegar.*

* Yoko tentou chegar correndo no quarto, e chegou. Queria fazer uma surpresa para o professor mas falhou nisso também, pois ele já tinha tomado o banho dele. Entrou no quarto toda sorridente, mas ao vê-lo na ama, Yoko fechou seu sorriso. Andou até a mesa dele, tirando da sacola ambas as vasilhas e o prendedor de cabelo e colocando-os lá, exceto o prendedor. Yoko aproximava-se do professor e assim, com ambas as mãos, Yoko entregava ao professor o prendedor de cabelo, de cabeça baixa. *

- E-eu... eu não quero que se esqueça de mim, Pedreiro-sensei. A comida é um pedido de desculpas e agradecimento, e o prendedor é só pra você se lembrar de mim... ele é de panda, como o que eu uso sempre.

* Após entregar o prendedor, Yoko saia correndo para longe dele, completamente sem graça. Se sentava no chão do outro canto do quarto, ficando lá sentadinha, completamente corada. Ficava calada. *

*Quando ele ouviu a porta, logo se virou e sorriu para a professora. Mas ela trouxe uma sacola com algumas coisas. Era comida, que ela deixou em cima da mesa e... um pandinha? Ele não esperava algo assim. Mais uma vez Yoko o surpreendia. Frank se levantou e deu um abraço forte nela, sem machucar, obvio.*

- Ora, desculpar-se pelo que? E porque eu te esqueceria?

*Falou meio baixo, pelo do ouvido dela. Mas logo se afastou de novo e abriu um grando sorriso pra ela.*

- Mas fico feliz pelo presente, obrigado.

*Ele pegou o pandinha e colocou-o sentadinho, perto do relógio, em seu criado mudo que ficava bem ao lado da cama. Depois ele se virou novamente para a professora.*

- Vou fazer o chá que lhe prometi mais cedo. De qual gosta?

* Yoko, mesmo assustada, retribuia o abraço tão forte quanto ele. Sorria largamente para o mesmo, enquanto se levantava do chão, ainda meio coradinha, já que estava sem graça. Ele realmente gostou de um prendedor de cabelo em forma de panda? Isso era bom, pois foi de coração. Mas... ele ter falado aquilo baixinho fez Yoko dar uma pequena suspirada profunda, enquanto tinha alguns calafrios. Ué... por que disso? Será que Yoko estava ficando doente? Bom, Yoko fora perto do guarda roupa dele e assim, tirou o roupão que estava vestindo, bem devagar e até um tanto sensual, colocando-o pendurado na porta do guarda roupa. Virava-se para ele, sorrindo meigamente. *

- Eu ficaria muito feliz com o chá. E eu gosto de qualquer um, pode fazer seu favorito.

* Logo após falar, Yoko se aproximava do professor, e sem pedir, se sentava na cama de pernas cruzadas. Olhava para ele, sorrindo, mas logo passou a observar o quarto do mesmo, cheio de ferramentas e afins. *

- Então quer dizer que... você é um mecânico?

*Um pouco sensual? Ver uma mulher linda, com um corpo lindo, retirar o roupão daquela maneira foi sensual o bastante para o deixar de queixo caído. Sorte que ela estava de costas, assim não viu a cara de abobado que ele fez.*

[Frank... Se... Controle]

*Pouco ante dela se virar, ele balançou a cabeça de um lado pro outro pra tentar afastar vários pensamentos que lhe passaram pela cabeça. Tinha acabado de escutar a história dela, começado a conquistar sua confiança, então tinha que se controlar mesmo que esteja beirando o impossível. O chá, se concentraria em fazer o chá. Foi logo para a cozinha, colocou água na chaleira e pois no fogão para esquentar.*

- Bom, meu favorito é chá preto com limão (ingleses são ingleses -Q). Mas não é muito indicado de se tomar anta de dormir. Um mais leve seria melhor... Han... Tenho camomila, pode ser?

*Abriu o armário para ver os sabores que tinha. Eram poucos, não havia ido ao mercado ainda desde que se mudou para a academia. Enquanto a água fervia, deu uma arrumada na mesa. Primeiramente guardou a comida que Yoko trouxe na geladeira, para que não estragasse. Depois colocou uma toalha na mesa, um jogo de chá branco simples, sem muitos adornos, e uma pequena bandeja com alguns biscoitos doces, tipo sequilhos, bolachinhas de nata e tals. Ficou bem arrumadinho. Ao ouvi-la perguntar sobre mecânica, ele olha pra ela sorrindo e vai se sentar ao lado dela enquanto espera a água.*

- Sim, eu sempre gostei de mecânica. Eu sempre fui muito curioso sobre como as coisas funcionam. Quando era garoto eu desmontava tudo que tinha em casa, minha mãe ficava brava quando sumia algo da cozinha, haha. Mas depois eu montava novamente e tinha que funcionar ou eu não ficava contente e refazia até dar certo. Acabei cursando engenharia na faculdade por causa disso e era com o que eu trabalhava ante de vir pra cá.

*Frank respondia bastante animado, realmente gostava de falar sobre isso.*

* Via o professor balançar a cabeça, mas... wat? Por quê? Bom, não questionaria. Permanecia de pernas cruzadas, enquanto lentamente levava ambas as mãos aos cabelos, e começava a tirar o prendedor de pandinha. Ao tira-lo, Yoko balançava seu pescoço para que seus longos cabelos se espalhassem. Após arruma-los com a mão, a morena arrumava seu óculos e voltava a olhar para o cenário. Era bem acolhedor. Yoko realmente precisava logo enfeitar seu quarto. Ok, ok. Ouvia o chá que o professor falava e ficava... "hã?". *

- Chá... preto com limão? Aceito o de camomila...

* Deveria ter gosto de, sei lá, algo muito ruim. AINDA BEM QUE ELE NÃO QUIS ISSO. Via o professor arrumando tudinho por ali, colocando biscoitos e vários docinhos, como um belo chá da tarde. Não costumava fazer nada disso, em nenhum horário, então seria bem divertido. Ficava a sorrir com todo o capricho dele, já que o mesmo deveria estar super cansado. Agora com ele sentado ao lado da professora, ficava a prestar atenção em todas as palavras que ele dizia, sem deixar nada escapar. Fazia feições de surpresa e assustada, e até dava umas risadinhas. A história dele era bem legal. *

- Então, você é o Mecânico-san! Bom saber!

- Sim, devia experimentar. Se bem que as mulheres costumam gostar mais com leite, que é muito bom também, por sinal.

*Notou que ela não havia gostado muito da combinação que fazia com o chá e deu uma risadinha de leve. Mas logo parou de rir ao observar ela desamarrando os cabelos, que eram bem lisos e compridos. A forma como balançou os cabelos lembrava aqueles comerciais de xampu, pois por algum motivo pareceu que o movimento ficou em câmera lenta e o cabelo esvoaçante, com um fundo colorido e brilhante atrás. Frank até deu umas piscadas para ter certeza que não estava vendo coisas. Ele estava ficando maluco, será? Bem, em todo caso, Yoko ficava muito bonita assim também. A ausência do panda a deixava com um ar mais maduro, mas o panda combinava com ela também. Ou seja, ele gostou dos dois jeitos.*

- Fica bem assim...

*Falou bem baixinho, mais como se estivesse pensando alto. Mas logo a chaleira começa a apitar com a água fervida e isso o faz "voltar a realidade". Se levantou, indo até a chaleira e a tirou do fogo, em seguida colocou as folhas de chá dentro para infusão. Em alguns minutos estaria pronto. Então ele escuta seu novo apelido e começa a rir.*

- Haha, eu evoluí, então? Gostei desse novo.

*Depois foi voltando ao normal e nesse meio tempo o chá ficou pronto. Ele colocou o bule na mesa e serviu primeiro a xícara dela. Sorriu e a chamou para se sentar à mesa.*

- Venha, está pronto. Espero que esteja do seu agrado.

- Vamos ver, vamos ver.

* Não. Não estava nem um pouco confiante com esse chá doido que ele citou. Eles tomavam isso lá do outro lado do mundo? Que estranho. Bom, deu mais uma chacoalhada em seu cabelo, para terminar de arruma-lo. A morena ficava completamente diferente, até com um ar mais maduro. Ficava observando aquele local cuidadosamente, tentando identificar quais objetos era aquele, como um joguinho mesmo, mas... não sabia nem o que era uma chave de fenda. Bom, observava o professor olhando-a e percebia que ele disse algo baixinho, mas não entendera nem um pouco, e nem resolvera perguntar. Finalmente o chá estava pronto, e assim, se levantava e se sentava numa cadeira de frente para ele. Logo, segurava o banco da cadeira e começava a dar vários pulinhos até conseguir ficar ao lado do professor, bem colada mesmo. *

- Espero que não se incomode comigo assim, mecânico-san.

* Sorria para ele, já tratando de pegar um pratinho para colocar vários biscoitos diferentes. Yoko amava doces, aquilo tava sendo um sonho. Segurava a xícara com ambas as mãos e levava para perto da boca, assoprando bastante para não se queimar. Mas mesmo com todo o cuidado, Yoko acabou se queimando, e o susto a fez derrubar a xícara em sua camisola. Caramba, como aquilo tava quente. Yoko se levantou num pulo, derrubando a cadeira que estava no chão, e assim, começava a dar vários pulinhos. Sem hesitar, Yoko retirava rapidamente sua camisola, ficando somente com sua roupa íntima branca e cheia de rendinhas. Jogava a camisola longe, enquanto olhava para suas coxas e barriga e via aquela vermelhidão. Aquilo tava ardendo, mas tava começando a passar. Yoko foi para a cozinha e jogara um pouco de água aonde estava ardendo, até que se deu conta do que fez. Estava só com roupa íntima na frente de um cara. Corava brutalmente, ficando completamente estática. Parecia um robô, ficando o tempo todo de costas para o professor. Yoko não tinha reação, estava sem graça e assustada, aquilo fora bizarro. Mais uma vez sua desastres acabando com os momentos, e o pior... acabando desse jeito. Não se mexia, não falava nada, não fazia nada. Aquele momento a deixava mais sem graça do que nunca. *

*Frank deu uma risadinha com aqueles pulinhos. Quase deu pra escutar uns barulhinhos tipo "poing poing" de bichinhos de desenhos quando pulam. Mas acabou ficando um tanto vermelho quando os pulinhos terminaram bem do seu lado e Yoko ficou grudadinha com ele. Ficou observando ela pegar as bolachinhas e o chá, toda feliz.*

[Heh, que fofa........... Eh?? No que eu to pensando?!]

*Ficou vermelho mais uma vez, mas logo escuta ela gritar e isso o tira desses pensamentos na mesma hora. Yoko havia derrubado o chá pelo corpo e se queimado, mas quando ele se levantou para ajudar, ela já estava tirando a camisola e ficando só com as peças íntimas. Frank quase tem um pirepaque porque seu cérebro estava processando as duas informações ao mesmo tempo: a de ela ter se queimado e a de que ela estava só de lingerie na sua frente.*

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*Mas então, depois ela se tocou de como estava e virou de costas, toda sem graça. Isso o trouxe "de volta à terra" mais uma vez.*

- Yoko-san, com licença.

*Frank rapidamente a pega no colo e a leva correndo até o chuveiro, liga a água fria e coloca a moça debaixo. Não pensou em outra maneira para aliviar, a princípio e de imediato, as queimaduras dela.*

- Fique aí até sentir que melhorou a ardência. Vou pegar uma toalha e algumas roupas secas.

*E correu novamente para o quarto para pegar as coisas enquanto deixava a morena na água.*

* O professor fora um tremendo cavalheiro. Ao sentir ser pega por ele, Yoko ficava mais sem graça ainda, já pensando que ele iria tentar fazer algo com ela, mas não, ele a levou para o chuveiro e a deixou lá para que a ardência passasse. Ficava olhando para ele com os olhos um tanto arregalados, surpresa pela ação dele. Agora debaixo do chuveiro, Yoko ficava lá sem nem ao menos fazer um movimento, até que começou a tomar um "banho" quase que comum. Molhou seus cabelos, e todo o seu corpo, molhando mais ainda as partes das ardências, até notar que um pequeno machucadinho fez em sua coxa. Yoko ficava extremamente triste com isso, e como era uma harpia, tudo quanto é fogo e quentura era 2x pior para ela. Dava uns assoprinhos na coxa, se contorcendo bastante para isso. Ficava lá tomando o banho enquanto esperava o professor voltar. Yoko precisava MESMO parar de ser desastrada assim, antes que se machucasse feio, e antes que assustasse a todos. O professor não deveria nem mais querer a companhia dela. *

- Me desculpe, mecânico-san...

*Ele volta correndo, trazendo toalha e algumas roupas. Eram suas e ficariam grandes nela, mas não tinha outras no momento. Estava preocupado com a seriedade das queimaduras. Com certeza ela não era resistente a coisas quentes como ele. Tinha que ser mais cuidadoso com essas coisas perto dela.*

- Aqui estão as roupas. Vão ficar meio grandes porque são minhas.

*Ela se desculpa com ele e fica com um olhar triste. Mas de forma alguma Frank pensou que fosse culpa dela, ao contrário, achava que ele quem tinha sido o responsável por não ter tido cuidado o bastante.*

- Eu que me desculpo, se queimou porque deixei quente demais. Eu tenho tolerância a coisas quentes então às vezes me esqueço. Sua perna está muito ruim? Já venho.

*Correu mais uma vez, dessa vez até a cozinha. Abriu o congelador, pegou todo o gelo que tinha e enrolou em um pano, fazendo uma trouxinha. Voltou ao banheiro, colocou sobre a coxa dela. Mas logo pega uma das mãos de Yoko e a leva a té a troxinha com gelo para que ela segurasse. Não queria deixá-la mais sem graça ainda ou que pensasse que estava se aproveitando disso. Na verdade estava um pouco, pois vê-la de lingerie e molhada já era proveito o bastante. Depois sai do box e espera perto da pia do banheiro.*

- Espero que melhore com isso. Depois posso te levar ao hospital se quiser.

* Yoko continuava aproveitando aquele banho, até ver o professor trazendo uma trouxinha com gelo. Yoko abria um pequeno sorriso para ele, achando aquilo muito fofo da parte do mesmo. Ele parecia muito preocupado com a morena, e isso a fazia passar a confiar muito mais nele. Ficava agora segurando a trouxinha em cima das queimaduras, mas não era lá algo tão feio a ponto de ir parar no hospital. Mas não, não era culpa dele, pelo contrário. *

- Mecânico-san... eu sou uma harpia, então não me dou muito bem com fogo ou coisas quen...

* Antes que terminasse de falar, Yoko levava ambas as mãos para a boca, tapando-as. Lembrou que era proibido contar qual era sua raça. Yoko soltou rapidamente a trouxinha, já que estava bem gelada para se encostar no rosto, derrubando-a, mas tratou de pegar gelo por gelo e monta-la de novo. *

- Eu... eu sou muito desastrada... me desculpe.

* Yoko, as vezes, ficava sem graça por isso. Ao melhorar, Yoko saia do box e se secava, tratando de pegar uma camisa que ele emprestou. Não colocava um short por não caber e não querer que algo fique raspando em suas coxas queimadinhas. É claro que aparecia um teco de sua calcinha, mas isso não tava sendo mais um problema, já que ele a viu só de lingerie. Saia do banheiro, segurando a mão do professor com a mão livre, e se sentava novamente na cadeira onde estava. *

- Espero que... eu não tenha acabado com o nosso lanche, mecânico-sensei.

- Harpia, é mesmo, você falou que era quando me contou sua história. Eu estava curioso para saber que tipo de youkai você era depois que comentou sobre suas asas lá na sala do clube.

*Ela tinha mesmo comentado acidentalmente enquanto se abria para ele durante o jantar, mas naquele momento Frank nem havia comentado nada pois não era o foco da conversa.*

- Se não se dá bem com fogo então eu devo redobrar minha atenção para não acabar te machucando novamente. Sou um Wyvern, por isso sou resistente a fogo e coisas quentes. Agora não precisa se preocupe por ter me contado sua raça, eu guardo seu segredo e você o meu, que tal?

*Dá uma piscadinha e um sorrisinho pra ela, assim ela ficaria despreocupada quanto a esse assunto. Frank não tinha brigado nem com os caras do churrasco, porque ele iria ser mala logo com a Yoko? Também não tinha mais ninguém em volta pra falar qualquer coisa. Deu uma risadinha quando ela derrubou o gelo. Era realmente desastrada, mas na verdade achava isso um tanto engraçado esse jeitinho estabanado.*

- Tudo bem. Se sujar é só limpar, se quebrar alguma coisa eu posso tentar consertar pra você. Só tome cuidado para não se machucar.

*Sua camisa havia ficado realmente larga nela, mas ainda curta em comprimento, deixando a mostra as pernas dela e um pouco da calcinha, o que também a deixava bem sexy. Então se sente ser puxado e arrastado novamente para a mesa do lanche. Ela ainda queria comer com ele mesmo depois de tudo isso? Mas, agora que se sentou Frank nota um pequeno problema, sua camisa estava molhada. Deve ter sido quando entrou no box com ela e quando levou o gelo.*

- Mas é claro que não. Vamos comer, só vou trocar minha camisa, ok?

*Frank se levanta e vai até seu armário, pega uma camisa seca e se troca ali mesmo pra ser mais rápido mesmo. Depois pendurou a molhada em um cabide para secar. Logo ele volta a se sentar do lado dela.*

- Ao menos deu tempo de esfriar. Da próxima vez eu não vou deixar a água ferver, vou ficar olhando e tiro do fogo antes, assim não vai se queimar mais.

*Realmente dessa vez deu tudo certo e eles conseguiram comer o lanche. Parecia que Yoko havia gostado das bolachinhas e estava comendo toda feliz, o que deixou Frank contente e aliviado. Ele tinha ficado preocupado com ela depois da queimadura. Yoko até voltou a roubar as bolachas de seu prato, o que recomeçou aquele roubo de comida do jantar e acabaram rindo disso. Mesmo sendo algo tão bobinho, estava bom esse tempo que passavam juntos. Logo eles terminaram de comer e Frank recolheu a louça para lavar. Quando terminava de lavar, ele percebe um clarão vindo da janela. Era a luz do sol anunciando que um novo dia havia chegado.*

- Já amanheceu? Caramba, nem vi que varamos a noite. Passou rápido não foi, Panda-san.

*Mas ela não respondeu, o que achou estranho. Ele se virou para a moça e, para sua surpresa, ela havia dormido. Estava debruçada sobre a mesa, parecia tão tranquila dormindo que Frank ficou até com pena de ter que acordá-la. Mas tinha que fazê-lo ou alguma turma ficaria sem aula de geografia.*

- Panda-san... acorda. Panda-san!

*Balançou de levinho os ombros dela, mas ela não acordou. Estava dormindo profundamente, devia estar bastante cansada. Frank se sentiu um pouco culpado, pois foi ele quem a chamou para o lanche e a fez ficar acordada tanto tempo.*

[Ela poderia ter me falado que estava cansada. Bem, acho que vou ter que deixá-la dormir... mas não desse jeito.]

*Ele vagarosamente pega a moça no colo, a leva até sua cama e a solta também bem lentamente. A cobre com o lençol e tira os óculos dela, para que não quebrassem nem a incomodassem, e deixou ao lado do travesseiro, assim seria fácil de achar quando ela acordasse.*

[Hum... será que ela vai se assustar quando acordar aqui? Ou se não me encontrar? Acho que vou deixar um bilhete pra ela.]

*E assim fez. Pegou um bloquinho de notas e escreveu um recado para ela, que deixou em cima do criado mudo junto com uma cópia da chave do quarto e uma caixa novinha dos biscoitos que ela tinha gostado.*

Recado:

*Depois disso, Frank pegou uma calça e uma camisa, foi ao banheiro se trocar, escovou os dentes e arrumou o cabelo. Terminando de se arrumar, voltou para o quarto e, antes de sair, fechou melhor as cortinas, para deixar o quarto mais escurinho e ela dormir melhor. Depois saiu para o corredor, fechando a porta logo em seguida.*

- H-hã...?

* E assim Yoko acordava de um baita sonão. Levava ambas as mãos aos olhos e os coçava suavemente, e ao abri-los percebia que... estava claro. Mas não estava só "clarinho", estava CLARO mesmo, assim, Yoko levantava num pulo e corria ao banheiro. Jogava uma água no rosto e escovava os dentes com a escova de Frank mesmo, e corria novamente para o quarto. Colocava seu roupão e já tratava de correr para a porta, mas ela estava trancada. Procurou pelo quarto todo uma chave e achou em cima do criado mudo, junto a um bilhete. Yoko riu baixinho. Frank era realmente um cavalheiro. Assim, pegou a chave e correu para o seu quarto, e como eu to com preguiça de postar lá, Yoko pegou sua roupa normal e seus materiais de trabalho e voltou para o quarto de Frank. Ao chegar lá, fechou a porta e se trocou rapidinho, voltando a prender seu cabelo e colocar seus óculos. Fora até o armário dele e passou um perfume do mesmo sem se importar nem um pouco, e logo passava a comer rapidamente os biscoitos, colocando o máximo que conseguia na boca. Após toda essa festa, Yoko colocava sua bolsa com os materiais no ombro e saia correndo em direção aos corredores do primeiro andar. *

* Graças a chave que Frank a emprestou, Yoko conseguiu entrar no quarto com facilidade. Colocou as sacolas no chão, o que tinha que ficar na geladeira ficou, e o que tinha que ficar no armário ficou. Foi-se para a cozinha e já tratou de por a água pra esquentar e o forno para aquecer, mas ainda não fazia ideia do que cozinhar. Indecisa, Yoko se sentou no chão e ficou ali, a pensar no que ele gostaria. Levantou-se e logo tratou de começar a cozinhar um típico Curry britânico, da melhor forma possível. Cantarolando e rodopiando, Yoko estava mais feliz do que nunca por cozinhar para alguém tão especial. Com certeza ele ficaria feliz e esqueceria da infantilidade da professora. Após isso, Yoko começou a fazer a tradicional Fish’n’Chips, porque não há britânico que se prese que não goste de Fish’n’Chips, né? *

- Hum... Pode melhorar...

* Aquilo estava parecendo um pub, então, de rapidamente Yoko começou a fazer dois bolos. Um de cenoura com cobertura de chocolate meio amargo, e um de coco com chantilly beeeem caprichados para a sobremesa. Colocou-os para assar, enquanto mexia o tempo inteiro no curry, que estava mais ou menos bem apimentado. Pensou, pensou e pensou mais um pouco, e decidiu fazer um bangers and mash (Salsicha com purê de batata) para acompanha-los mais ainda. Fez, também, alguns molhos, como o conhecido molho Rosé, e molho Branco. Mas, por fim, fez um Gua-Bao (Sanduíche de barriga de porco), comida típica chinesa, só para mostrar que as duas culturas são bonitas. Ficou lá, fazendo tudo perfeitamente, somente para agradar o professor. *

- Tudo isso ficará lindo...

* E assim, fora até seu próprio quarto e pegava uma mesa ocidental circular, e duas cadeiras, e logo voltava para o quarto de Frank posicionando-as ao lado da mesinha oriental que tinha lá. Pegava os bolos na geladeira, claro, após de recheá-los e enfeita-los. Na mesa ocidental, colocava o vasinho com a rosa no centro, enquanto colocava uma vela em seu suporte em cada "lado" que eles não se sentariam, totalizando duas velas. Deixava as cadeiras uma de frente para a outra, e assim, colocava um prato pra cada. Colocava talheres também, no lado certo de cada, junto as taças. O vinho ficava guardadinho, esperando pelo professor. Na mesa oriental, baixinha, colocava as comidas em pratos grandes, extremamente bem dividido, um prato pra cada alimento. Colocava os molhos em pequenos "suportezinhos", também de porcelana, feito para molhos mesmo. Colocava 4 velas naquela mesa, e principalmente, colocava algumas em volta do lugar aonde estava. Pegava o pandinha de celular e colocava no saquinho de cookie para enfeita-lo, colocando-o sobre a cama, junto a nova escova de dentes e perfume. E assim, se sentava na cama, esperando o professor chegar ansiosamente. *

*... Quando Frank abriu a porta e viu o quarto todo iluminado à luz de velas, um jantar lindíssimo e cheio de pratos britânicos e alguns que não conhecia, mas que estavam tão lindo quanto, a mesa muito bem decorada com taças de vinho nela, que davam um clima SUPER romântico e gostoso mesmo no seu quarto cheio de ferramentas e coisas nada românticas, e Yoko esperando por ele sentadinha na cama, ficou simplesmente sem palavras. Miya tinha dito pra Frank prestar atenção em pequenos detalhes mas, com isso tudo não tinha dúvidas de que ela sentia alguma coisa por ele também pra fazer um jantar tão caprichado e aquela ambientação toda.*

- Puxa... Yoko-san, incrível! Ficou tudo tão lindo.

*Frank fechou a porta atrás de si e voltou a observar o quarto, prestando atenção em cada detalhe e... os pratos que ela fez!!!! Curry, Fish'n'Chips, Bangers and Mash! Eram pratos de seu país! Estava impressionado e muito feliz com tudo, e olhou pra ela com um sorriso enorme.*

- Nossa, isso deve ter te dado muito trabalho mas, ficou incrível! Você... fez tudo isso só pra mim? Por que?

*Sim, ele quis perguntar logo, mesmo já tendo ideia da resposta... ou nãoa.*

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