Terraço

Relembrando a primeira mensagem :

-Parte superior aberta dos prédios do campus. Uma ótima vista está disponível para quem vem aqui.

- Hoje é meu primeiro dia, os documentos da minha transferência atrasaram.

*Takume inventou uma desculpa bem rápido. Pela cara que Chidori tinha feito quado ele se sentou, Takume teve certeza que tinha feito a coisa certa ao não esperar uma resposta. O rapax então se aproxima um pouco mais, deixando bem claro o que ele tinha acabado de fazer. Se seu palpite estivesse correto, e isso ele tinha pensado apenas por ter visto direito o rosto de Chidori, a menina não era de fazer rodeios.*

- Chidori é um nome muito bonito. Posso saber o motivo de alguém tão bonita, com um nome tão bonito, estar tão cabisbaixa assim?

*Chidori não gostou muito da aproximação do cara que acabou de conhecer. Ele era abusado isso sim. E ela estava pensando e não cabisbaixa. Homens, pensou ela.*

-Na realidade vim aqui para descansar e estava apenas com a mente longe. Não estou cabisbaixa.

*Ela se afastou do cara ao seu lado e ficou o encarando. Tinha cara de ser gente boa e era muito, mas muito bonito. Uma beleza que Chidori nunca tinha visto.*

- Como chegou hoje, você já conhece a academia?

- Na verdade conheço. Fiz uma visitas antes com meus tutores. Mas eu não negaria um tour...

*Takume diz uma mentira deslavada, ele conhecia a Academia sim, mas porque tinham lhe dado fotos e mais fotos, mapas e mais mapas, informações e mais informações. Porém, ele nunca diria isso para uma garota com a qual ele estava flertando. Volta a se aproximar de Chidori, porém, mais suavemente dessa vez. Ergueu sua mão direita e começou a acariciar os cabelos prateados da menina, de forma bastante carinhosa.*

- Seu cabelo é lindo. Alguém já te disse isso? É muito macio também...

*Chidori cora bruscamente com a aproximação de Takume. Ele estava tocando em seu cabelo, acariciando e aquilo era para derreter qualquer mulher. O que será que ele queria com aquilo? A de cabelos prata ficou pensando. Ela então por vergonha ou por impulso se levanta toda desajeitada.*

-O-o que acha então de conhecer a escola na visão de um aluno?

- Tem certeza que quer fazer isso? Está tão bom aqui com você...

*Takume responde, apoiando seu rosto em sua mão esquerda e dando uns tapinhas no lugar ao seu lado com sua mão direita. A menina não só corou como deu um pulo, já estava no papo, era só esperar a hora certa e partir pro abraço.*

- Eu não gostaria de ficar vendo coisas chatas quando posso ficar te olhando desse jeito.

*Chidori estava ficando nervosa com as investidas do garoto. Ela conhecia seu tipo, tinha ficado mesmo vermelha, afinal foi pega de surpresa, mas não cederia aos encantos dele com facilidade.*

-Por favor, há um lugar que vai gostar e podemos ficar sozinhos conversando se quiser.

*Chidori sorriu um pouco sem graça para ele esperando que ele dissesse sim.*

[Ganhei.]

*Takume sorriu mentalmente. O rapaz se levantou, se aproximou de Chidori, e ficou ao seu lado. Fez um sinal com a mão para que ela seguisse na frente. Tinha sido mais rápido do que Takume tinha esperado. Talvez ela não fosse assim tão durona quanto parecia. Mas, sendo durona ou não, ela continuava sendo do interesse de Takume, na verdade, quanto mais fácil melhor. Conversar? Por favor, a última coisa que eles fariam seria conversar.*

- Me mostre então, Honey...

*Chidori seguiu em frente em direção a saída do terraço e as escadas externas.*

*Hayato continuou ali observando a paisagem, não fazia ideia do que fazer durante a tarde então continuou ali imóvel feito uma pedra*

-Eh? Olha, nem mesmo meu QI superior consegue entender o que você quer dizer agora, Alveronne. Custava você simplesmente fazer um comentário sobre a arte como fez com as outras?

*Mizuyo realmente não estava entendendo. Como assim havia algum problema em fazer um comentário sobre aquilo? E o que diabos aquilo tinha a ver com seu Masterplan? Claro, no fundo, aquela arte de fato remetia à conexão profunda que existia entre o Balanço do Tempo-Espaço, ou seja, a junção de Yukio, Mizuyo e o provável Alzeinbern que existe por aí em algum lugar... Que parece ser aquela academia. Ela então, com a mesma expressão indignada, aproxima-se mais dele, como se o pressionasse a falar logo.*

-E aí? Vai me dizer ou não?

-Ah, entendi. Você está com ciúmes.

*Não, Yukio realmente não mede palavras e muito menos consequências. Acusar uma garota de ciuminhos por um motivo desses não era só rude, mas pegava em um tipo de ferida bem mais profunda, que mesmo se não existisse, já se abriria como uma cratera. Ele então passou a mão na cabeça de Mizuyo conforme ela se aproximou, parecia um homem fazendo carinho em um cachorrinho, afagando os cabelos dela de leve como se tentasse acalmá-la para não tomar uma mordida. Aprendera isso lidando com Sae, uma verdadeira canina que... morde se você provocar.*

-"Dizem que o tempo cura todas as feridas. Mas uma vez que você busca todas as saídas apenas no tempo ao invés de sua própria capacidade, se torna incompetência". O tempo não traz respostas, Anze. Ele alivia dores... Mas não cura as doenças.

-N-nani yo!? Watakushi ga yakimochi wo i~~

*No meio de uma frase-reclamação a respeito dele estar chamando-a de "ciumenta" ou o que aquilo poderia significar, Mizuyo ouve o que ele fala logo depois e fica calada. Aquilo entra na sua cabeça como um tiro de canhão. Sua cabeça chega a bambear um pouco, suas pernas perdem um pouco das forças, mostrando tal fraqueza ao chacoalharem como se não aguentassem o peso do próprio corpo. Suas mãos moveram-se até sua boca enquanto sua respiração ficava mais densa e sonora, tornando o ar ao seu redor até um pouco mais pesado. Seus ombros tremiam de leve, seus olhos brilhavam não de admiração, mas por causa de lágrimas que começavam a enchê-los. Sem tomar controle do próprio corpo, Mizuyo começa a chorar soluçando, sem emitir sons para não chamar a atenção de quem mais estava no terraço. Se joga em Yukio, afundando seu rosto na camisa do professor, tentando abafar o pouco de voz chorosa que saía enquanto ela tentava formular as palavras que, balbuciantes, travavam antes de ultrapassar a barreira criada pela sua garganta travada. Enquanto o vento ficava mais fresco conforme a noite ia chegando mais perto, Mizuyo parecendo até enfraquecer como seu corpo mostrava, sentia ainda mais aquele ar gélido que penetrava em sua pele como mil agulhas. Sentia no peito um aperto, um vazio, uma frustração que lhe desconsertava. "Alveronne...", pensava ela. "... como consegue enxergar tudo tão claramente quando nós somos apenas meras máscaras tentando esconder a verdade que nos desagrada?". Depois de muito soluçar e deixar até uma mancha molhada na camiseta do mago, ela sai um pouco, dando algumas últimas gaguejadas antes de fazer uma simples pergunta, muito mais simples do que parecia que ela precisava.*

-Você... Você não vai me deixar sozinha também... Vai?

-Ninguém te abandonou, Anze... Aliás, Lizbeth Evangeline Ayla Mariamme Ydril d'Anzelotte. Você foi a única que se isolou com isso tudo... Estou errado?

*Yukio parecia entender do que ela estava falando, mas na verdade apenas fazia deduções. Aquele choro na verdade dizia muito mais do que ele conseguia identificar, o que facilitava sua vida. Pelo jeito lidar com Yukiiro Mizuyo será bem mais fácil agora, principalmente que ela já "desfez a barreira" que lhe dá segurança. Ela é forte, de fato, mas ainda é uma garota que passou por uma eternidade de infelicidades e desafios difíceis durante sua vida... Todas elas.*

-Fala a verdade. É por isso que você quer ter o filho de um Alveronne, certo?

*Mizuyo permanece em silêncio. Ela não conseguia distinguir se Yukio realmente sabia de tudo ou se realmente era um simples chute muito do correto. Mas de fato, ele dissera todo o seu nome completo, não só o dessa encarnação, mas o da primeira de todas, lá atrás, na idade média, quando Lizbeth d'Anzelotte, Oliver Alveronne e Cyrus Alzeinbern foram consagrados pelo submundo como os maiores magos de toda a história, os Três Grandes Bruxos capazes de controlar o Universo. Aquela magia que fluia no corpo da garota não era uma magia qualquer, mas sim de uma reencarnação, de uma descendente, de uma Rainha Suprema do Universo.*

-Eu preciso acabar com essa maldição, Alveronne... A eternidade é tempo demais para que eu suporte.

-Naruhodo... Então é por isso que os Anzelotte são considerados os mas Maquiavélicos e calculistas das três famílias, não?

*Yukio abre um sorriso sarcástico, como se visse graça no rosto de sofrimento da garota. Claro, ele não é nenhum admirador de desgraça, não era exatamente isso que sentia. Mas ele sabia que no fundo a garota também não estava sofrendo tanto assim. Afinal de contas, aquilo tudo provavelmente fazia parte do seu MasterPlan.*

-Quando a criança atinge seus 13 anos de idade, a atual Anzelotte morre e transfere seu espírito para a jovem moça descendente dos poderes mais fortes. Você vem feito isso com todas as suas descendentes durante mais de meio milênio, Lizbeth. Não me parece uma maldição, mas algo premeditado, calculado... Me parece mais uma "bênção" da vida eterna que muitos por aí tanto sonham.

-O... O que!?

*A acusação de Yukio não fora simples, fora detalhada até demais. Como ele sabia de algo desse tamanho? Aliás, o que diabos ele estava falando? Nem para ela parecia fazer tanto sentido assim, embora fosse possível no mundo da magia que eles viviam desde seus nascimentos. Uma dor forte parecia querer tomar conta da cabeça de Mizuyo naquele momento, mas ela não se renderia. Queria terminar aquele assunto o quanto antes.*

-Do que você está falando, Alveronne? Isso é uma maldição, não consigo mais controlar nada!

-Eeeh... Então eu acertei sobre a sua vida eterna?

*Com um sorriso mais zoeiro que o bátima, Yukio parecia ter acertado na mosca após ter atirado uma rajada de balas totalmente no escuro naquela conversa que, para qualquer outro, seria sem sentido algum. Yukio estica seu corpo e alonga seus braços para cima como se estivesse se espreguiçando. Aquele climinha fresco no terraço sentindo a brisa perto do anoitecer dava a ele um certo soninho, mas não interrompia de forma alguma seu QI gigantesco de funcionar. Anzelotte é inteligente, mas não é o Rei Supremo do Balanço Universal entre o Tempo e o Espaço.*

-Não sei se devo acreditar. Seria muito conveniente se seu próximo corpo fosse uma Anzelotte com poderes descendentes dos Alveronne, também. Depois disso bastaria ter um filho com um Alzeinbern e você dominaria o universo, certo?

-M... Mentira...

*Mizuyo estava encurralada. Ela não sabia o que fazer. Seu objetivo jamais fora dominar o universo, não chegaria nem sequer perto disso, mas de fato as deduções estavam chegando perto demais de tudo o que acontecia durante as eternidades na família Anzelotte. De fato a vida de uma Anzelotte se move para sua descendente em uma certa idade, e isso a torna praticamente imortal. Mas a imortalidade machuca tanto... Ela viu tantas pessoas amadas morrerem, viu tantas desgraças no mundo, e mesmo com todo o seu poder ela foi incapaz de impedir qualquer coisa. Isso lhe dava um vazio, uma tristeza que ela mal conseguia suportar. Parar com o sofrimento era tudo o que ela queria... Mas será que ele acreditaria?*

[Oliver... Eu sabia que você sempre foi um gênio, mas você deveria estar vivo aqui e agora para ver esse homem na minha frente. Que deduções são essas... O que diabos é esse cara!?]

-Por favor, me ajude, Alveronne! Eu juro que só preciso de uma cura para a maldição! Se o tempo não cura as doenças, me mostre o que cura então!

-Ok, então.

*Apesar das acusações aparentemente totalmente verídicas que Yukio fizera sobre a garota agora não tão inocente assim, ele parecia também baixar a guarda depois daquele último pedido dela, sorrindo e respirando fundo. Olhando no fundo dos olhos dela, ele podia sentir uma sinceridade vinda deles, mas não podia dizer se era algo confiável. Afinal de contas, Yukio também era o tipo de pessoa que passa um olhar de confiança absurda mesmo quando mente, por causa da sua capacidade de atuação absurdamente competente. Se Mizuyo fosse no mínimo parecida, não teria porque não continuar desconfiado daquele assunto todo, que a propósito continuava parecendo muito estranho, uma história mal contada por todas as partes. Pelo jeito, ele tinha um plano.*

-Você tem três anos de colegial pra me provar que isso é uma maldição. E eu vou tentar de todos os métodos retirar essa tal maldição de você se ela for verdadeira ou se eu mesmo identificá-la. Caso contrário, eu terei que lidar com você... do jeito menos amigável. Afinal eu não quero ser forçado a fazer um filho e amá-lo por 13 anos para que ele se torne um boneco de carne para uma princesinha realizar seu desejo de vida eterna. O que me acha?

*Sayo finalmente chega no terraço, primeiro vai até a beira olhando para a paisagem linda, conseguia ver praticamente toda a academia, ficou maravilhada com aquela visão, depois olho por um momento para baixo, vendos as pessoas andando lá em baixo, aquelas pessoas estavam tão pequenas, parecia que dava para pega-las com a mão, Sayo estica o braço para a direção daquelas pessoas, fingindo estar pegando elas, ela achou graça daquilo e deu uma risada baixa, ao qual apenas ela ouviu, pelo menos ela achava isso. Naquela altura ela começou a se recordar das arvores do seu vilarejo, quando Sayo subia elas para se esconder dos outros.*

[Lá tinha arvores altas, muito altas, mas nunca subia nelas até o topo, também os galhos do topo não me aguentariam... Bem, mas nunca cheguei a essa altura, é maravilhoso ficar aqui em cima olhando para baixo, ninguém me vê nem me julga... Mas acho melhor me sentar.]

*Então Sayo procura um lugar para se sentar, encontrando depois de poucos minutos um canto com um pouco de sobra e se senta com as pernas esticadas, já que estava de saia, abriu o livro de alquimia e começa a lê-lo.*

*Yutaro acaba chegando ao terraço e olhando para o horizonte vê aquele belo pôr do sol, lembra um pouco de sua terra natal, viajando no tempo através de suas lembranças, recobrando sua consciência após ficar um tempo perdido em sua memória, olha para os lados e vê um canto sombreado resolve sentar ali para estar 100% pronto para a luta. Chegando naquele local ele percebe que uma jovem, um tanto quanto diferente, sua aparecia indicava que ela não era daquele lugar, parecia ter sua idade, quem sabe era da sua sala, mas percebendo que essa estava ocupada ele resolveu não incomodá-la, sentou ali perto em um local sombreado e olhando para cima observava as nuvens e quase de forma involuntária retira sua harpa da mochila e começa a dedilhar uma música.*

música:

*Sayo percebe alguém chegando, mas não levanta o rosto para ver quem era, até que começa a escutar uma musica belíssima, resolve parar de ler para ver de onde ela vinha, quando ela vê um moço tocando um instrumento que nunca vira, ela ficou encantada com aquele instrumento e com aquela musica, não voltou a ler, ficou olhando para o moço, escutando a musica que tanto a encantou, fazendo com que ela a envolvesse, encostou a cabeça na parede, com uma expressão serena, ficou sem falar nada até o momento que ele acabou de tocar. Aquela musica a deixou calma e por um momento esqueceu a sua vergonha e insegurança, falando com aquele moço logo quando ele acaba de tocar.*

- Que instrumento é esse?

*Quando ela percebe que puxou assunto com alguém que nunca viu começa a corar de vergonha.*

* UZahara aparece ali o mais rapido que consegue que vista e que brisa boa tinha aquele lugar, rapidamente ele escala uma das grande e fica de pé lá no alto, ele tinha bastante equilíbrio, provavelmente nunca cairia, elfos do tipo dele conseguem sincronia com a natureza, ele sentia tudo ao seu redor *

[ essa terra nao esta mais tao pura quanto antes fora...tem algo me preocupando]

* Uzahara estava sentindo naturezas sombrias, com certeza criaturas sombrias estavam a espreitar essa academia *

- Espero que a paz reine nesse lugar por um bom tempo...nao quero em envolver em nenhum problema

*Após terminar a música ele repara que a jovem que estava ali fala com ele, então quando ele olha pra ela a moça estava um pouco corada, não era difícil de perceber já que sua pele era branca, ainda mais com aquele tom azulado dando um contraste com o vermelho que tomava o rosto da jovem aos poucos. Então o rapaz sorri para a moça e diz.*

-É conhecida como lira ou harpa, tem um ótimo som não é?

*O rapaz faz uma pequena pausa e continua falando.*

-Meu nome é Nakajima Yutaro prazer em conhecê-la.

*Faz um leve sinal com a mão cumprimentado a moça.*

*Sayo ficou mais corada ao ver o moço sorrindo, não era algo muito normal alguém sorrir para ela, normalmente evitavam ela, com medo de sua cor incomum e suas marcas no rosto. Envergonhada e gaguejando ela responde o moço.*

- É... É sim... Mu..Muito linda... De onde vim não tem algo tão lindo como esse.

*Percebe que ele tinha se apresentado e se apresenta também, fazendo o mesmo com a mão cumprimentando-o, e pergunta mais sobre o instrumento, ela ficou muito curiosa e encantando com ele, a musica ainda ecoava pela cabeça dela.*

- So... Sou Harumi Sayo, prazer... Desculpe, mas... mas de onde você veio? Lá tem muito desse instrumento? É difícil tocar? Nunca vi algo assim, é lindo...

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